Quero te dizer que por aqui, tá todo mundo te esperando, preparando um jantar e te convidando a fazer parte da família. Muitos vão saudá lo, com fogos de artifício, iluminando nos mais diversos lugares as noites de tua chegada.
Para muitos, és esperado como o que trará boas novas, resolverás velhos problemas e quem sabe até, antigas pendangas amorosas ou não, isso não importa.
Mas quero te avisar, e me cobre se estiver errado daqui 365 dias, de que na mesma felicidade que hoje te recebem a festejam, comemorarão muito a tua "morte" e terás uma despedida melancólica, e alem disso, te chamarão de velho, que tá mais do que na hora de partir.
É, podes não acreditar no que estou te dizendo, e pensar que não pode em assim tão pouco tempo, as pessoas mudarem tanto de opinião a teu respeito. Ah, digo mais, irão saudar quem sabe teu irmão, 2014, com muito mais festa, pompa e alegrias, já que teremos uma Copa do Mundo, isso ai, uma Copa neste brazil de tanto dinheiro sobrando...
É meu caro 2013, sinto muito em te dizer tudo isso mesmo antes de estares vivendo entre nós, mas acredite, a mesma alegria que hoje te receberão, logo logo comemorarão a tua partida...
Então...venhas, sejas bem vindo, mas nunca digas que não te avisei...
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
O que pesa mais?
No blá blá blá de fim de ano, sempre tem nas pessoas a vontade de perder peso, mas ai pergunto: Qual peso quer perder? De balança ou de consciência?
Vamos começar com o peso de balança. Sempre e mais nesta época, as pessoas querem perder peso, e ai sempre aparecem as mais variadas fórmulas mágicas para se perder peso. Vendem livros e mais livros a respeito e qq médico ou especialista no assunto ou na descoberta de um novo regime, ganha espaços diários em todas os veículos de comunicação.
Tá, mas o perder peso pra quem é afinal? Pra ti mesmo? Ou pra alguém? Bom pouco importa, afinal, com uns quilinhos a mais, sejas tu ou a quem queres impressionar ou conquistar, não podem ser uns quilos a mais motivos de afastar esta oportunidade do encontro e de se conhecerem. Bom, sempre gostei das mulheres mais gordinhas, podem ver todas as que namorei, kkkk, agora que elas me matam, mas sério, na boa, sempre foram mais gordinhas... Quando me me ti de tentar gostar de uma magrinha, me fu a 3x4! KKKKKKKKKKK Mas é verdade!!!! Tá, deixa pra lá, isso não vem agora ao caso, mas então lembre-se de que existem sim homens que gostam de gordinhas e não pode ser esse o motivo de não se permitir ou a gostar de si mesmo ou ser motivo de alguém, seja quem for de gostar de ti.
Mas quero é, já que estamos a poucas horas do ano novo, falar do outro peso, aquele não não se tem como medir, mas que todos nós já sentimos o peso de que ele representa.
Não me refiro aqui aqueles pesos na consciência tipo de "pecados" ou de coisas que fariam ser a gente posta a correr da uma igreja, nada disso. Quero falar de um outro peso e esse quando tirado de sobre nós é com certeza a melhor de todas as sensações.
Em primeiro lugar, quero dizer da minha admiração das pessoas que ou conseguem de livrar deles de forma rápida e tenham a coragem para isso. Além de admirar, penso quem sabe um dia poder ser assim e agir de fora igual.
Nas minha andanças por esse mundo e ter me relacionado com as mais diferentes pessoas, quero dizer que vi muitas delas conseguirem tirar grandes pesos de cima de si e de como é maravilhoso ver a felicidade no rosto, no olhar e na nova maneira desas pessoas viverem.
Muitas vezes nos primamos de tirar esses pesos, por, ou pq o que podem as outras pessoa pensarem, ou o que a pessoa, se for o caso, envolvida, poderia pensar e principalmente de como ela ficaria.
Vamos a um exemplo bem claro;
Quantas não são as pessoas que vivem seja em relacionamentos ou situações das mais variadas que não rompem com tudo por deixar de pesar em si em primeiro lugar e pensar mais nos outros??? Digo de carteirinha, que sempre, 100% das vezes quem perde de verdade somos nós mesmos.
Sempre acreditamos quem sabe que as coisas possam mudar e que como num passo de mágica, alguém ou alguma coisa fará por nós não é? Mas não é mesmo!
Acreditem, que por mais dolorosa que possa parecer qual for a situação, nada é mais importante que tu mesmo! (falo isso mas não faço ok?) eu não conta.
Agora nas poucas vezes em que resolvi ir as ganhas e dizer azar o do goleiro e tirar o peso enorme que carregava e não era mais para ser carregado, posso garantir que é uma sensação, maravilhosa e indescritível...a gente muitas vezes até parece ter renascido das cinzas ou das trevas, como queiram, e tudo, mas tudo mesmo começa ter outro sentido e significado. Começamos a rir sozinhos, a fazer coisas que até esquecemos que já tínhamos feito e de como era bom a a gente fazia muito bem, isso não tem preço.
Claro que não esquecemos simplesmente da outra ou das outras pessoas envolvidas em determinadas situações pelas quais buscamos a coragem de romper, afinal, todas tem sentimentos, e muitas vezes podem estar sofrendo. Mas e os nossos sentimentos? não contam? Não devem ser ouvidos e respeitados? Quem de nós que nunca errou? Quem não tem o direito de errar?
Viva, seja muito feliz se por acaso tenhas tido a coragem de romper barreiras ou preconceitos e ter se livrado de pesos ou culpas que estavam a cada dia sufocando teu corpo e tua alma. Feliz de quem tem esta coragem, o bom que não foram os primeiros e melhor ainda nãos serão os últimos...
Se em 2013 carregas algum tipo de peso, um conselho que posso te dar é que só a morte não tem volta e nada que uma boa água morna e sabão possa resolver ou limpar. Se começarás um ano novo já sem o peso de algumas ou muitas coisas, saiba que fico feliz em saber e sempre estarei torcendo e vibrando muito por ti e com tua felicidade, afinal, nunca podemos escolher de quem vamos gostar, essas coisas e por isso a vida é legal, não se decide num sim ou não, ela simplesmente acontece como num passe de mágica, mágica essa que nem os melhor dos mágicos saberia decifrar seus segredos...
2013, por acaso eu te conheço???
2013........
Senhor 2013, não lhe conheço, sei que daqui umas horas serás apresentado e querendo ou não, fará parte da minha vida e da vida de muita gente.
Os que vieram antes de ti, sempre dei as boas vindas sabe? Sério, sempre tentava estar de alto astral, fazer um monte de pedidos, dos mais variados, e de tantos pedidos e desejos, raramente se tornaram realidade na minha vida.
Olha 2013, saibas que não pedi nada assim de tão impossível e fosse assim querer demais ou além do que acreditava que mereceria. Sabe que nunca pedi dinheiro, nunca pedi pra ser rico, nunca pedi pra ganhar mais que quem quer que seja. Acreditava que meus pedidos eram simples, fáceis e que fosse assim, tipo um "direito" de qualquer ser humano, sabe, aquelas coisas que podemos chamar de básicas na vida...mas, nem isso...
Pedi pra casar...nada...
Pedi pra se feliz...nada...
Já pedi pra parar de sentir a dor da saudade das pessoas que já se foram...nada...
E desde 97, repito todos os anos, um pedido simples, que não machica ninguém, não faz mal a ninguém...não tiro nada de ninguém...que é apenas poder sair daqui...e sabe qual foi sempre a resposta dos teus irmãos anteriores? NADA!!! Ah, com um pequeno agravante, o fato de continuar aqui, já me corroeu e corrompeu, prostituiu meu corpo...e agora, já sem forças para lutar, está me corroendo a alma...
Não sei mesmo qual é o motivo de tanta diversão de teus irmãos, 97, 98, 99, 2000, 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11 e agora o que está pra bater as botas, 2012. Não sei sinceramente qual foi meu pecado de nem isso poder me ser agraciado.
Blá blá blá, claro que sei que existem bilhões de pessoas que gostariam de estar no meu lugar em situação bem pior que a minha, claro que sei, mas pqp, eu não posso ter o direito de ser feliz??? Ah, pq alguém neste mundão não é, então não tenho direito de reclamar???
Viu? Nada de mais, 3, 4 pedidos todos os anos, sempre os mesmos, e nem isso...
Então 2013, esta ano vou fazer diferente! Não quero nada, amanhã quando entrar e com certeza fará a facilidade de muitas pessoas,felizes delas, mas na minha vida, será a mesma bosta que foram os últimos e repetidos anos da minha vida.
Me reservarei o direito, afinal entrará na minha vida sem que fosse minha vontade, então de pedir pelo meu filho, sua saúde e sua felicidade.
Não quero nada não, cantam a plenos pulmões: "Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender"...vê se pode, cantam a séculos muito dinheiro no bolso e dizem que o dinheiro não traz felicidade... Cantam saúde pra dar e vender??? Viu, brasileiro tem uma coisinha sobrando e já quer faturar am cima de uma graça...e olha, neste governo de merda, se pudéssemos vender saúde, o porco governo sem dúvida cobraria imposto...
2013, não te conheço, nem sei de onde vens e muito menos quais tuas verdadeiras intenções..mas não tente me fazer de bobo, e com seu sorrisinho de número ímpar, achar que serás bem vindo na minha vida, pq não será, ou melhor, não vai feder e nem cheirar...entre faça o que quiser, afinal, se meu tesão por muita coisa já se foi, pq iria me preocupar com esse tipo de comemoração chata e pra lá de sem graça, onde enchem o c* de trago e acham que isso é a verdadeira felicidade né???
48 anos, sim, essa minha idade, 48 anos pela primeira vez, num fim de ano, não quero nada, não espero nada, e não sonharei mais nada, cansei de esperar, não tens ideia do que é viver desde 97, num lugar onde não quer, onde não tenha as mínimas condições físicas para isso. Não tenho nada a esconder de ninguém ora bolas, cansei de desde 97 não ter um armário pra colocar minhas roupas, uma pia de cozinha, uma pia de banheiro para poder escovar os dentes que não seja no chuveiro. Cansei de imaginar de como seriam as milhas milhares de miniaturas de super heróis e meus bonecos de coleção, expostos em uma estante...
Cansei de como eram as dezenas de peças de roupas que estão encaixotadas desde então, já nem sei se ainda prestam.
Cansei de viver apenas no meu quarto, onde lá tem minha televisão e assim completa minha mobília. Cansei de passar calor em não me dar o direito de um ar condicionado, pq não quero e nem vou, investir mais 1 centavo nesta casa nesta cidade que não queria mais estar aqui a muitos anos. Cansei de não ter um sofá pra ver um jogo de futebol. Cansei de levantar a noite com fome e não ter nada pra comer. Cansei de pedir uma pizza e essa ter que comer sem talher e no colo. Cansei te cantarolar as músicas de minhas centenas de cds que estão encaixotadas desde 97 e lá estão até hoje. Cansei de ver vitrines com tvs de LCD, hoje já são até de LED e sonhar em um dia ter uma na minha casa e poder curtir um dos meus passatempos preferidos que é ver um bom filme ou seriado de tv. Ah, sim, claro, sem esquecer dos milhares de dvds encaixotados dos desenhos do Batman e tantas outras centenas de series igualmente encaixotadas.
Cansei de ver meu home parado e criando pó em cima dele, que aliás nem sei se funciona mais.
Canse de buscar na memória as imagens de tantas fotografias igualmente encaixotadas desde então.
Cansei da saudade que sinto de poder quem sabe ouvir meus antigos programas de radio, todos gravados e igualmente encaixotados.
Cansei de ver as lembranças que meu filho fez pra mim, suas pinturas no colégio e não ter ainda as pendurado num lugar decente e que pudesse lembrar do seu amor e carinho na hora em que me deu. Sua xícara dos dias dos pais, será que um dia poderei tomar um café nela? Sim, pq água quente em casa, só se tomar do chuveiro...
Me ocorre as vezes nas madrugadas da vida, quando esta cidade mais uma vez tenta acabar comigo, quando paro em frente aos meus remédios...sabe, principalmente o da pressão, olho pra ele e me pergunto: Pra que tomar? Pra ir aonde? Chegar onde? Antigamente até era mais corajoso pra enfiar uma bala de revolver nos meus muolos, mas hoje, nem isso tenho mais coragem. Claro que sei que uma das missões do meu filho ter encarnado foi tentar me salvar desta m...de vida... Sei disso, sou grato e feliz por ele, estar e fazer parte da minha vida. Mas deixar de tomar meus remédios, até que teria tal coragem...e que exploda a tal de pressão alta...vamos ver os fogos e as estrelas de dentro pra fora...
Amo meu filho, sim, ele é minha vida...mas e meu cansaço? Minhas derrotas diárias que acabem comigo, que corroem de ódio por dentro de estar aqui? O ódio desta casa, das coisas, de tantos e tantos anos que perdi aqui e com tudo isso?
Vou contar uma coisa pra vocês, quando meu pai morreu, voltei a Gramado, onde morava no dezembro seguinte e comprei uma linda guirlanda de Natal, sabe, para lembrar dele no natal, e saber exatamente o sentimento em ter comprado tal enfeite. Bom isso foi em 2001, sabe quantas vezes a guirlanda saiu de dentro do saco plastico para minha porta??? Nenhuma... Está aqui, achei ela esses dias, cravada de pó, como se tivesse mais de 1000 anos... Ai quando penso que comprei em 2001, com um sonho apenas de sair daqui e vejo que 11 anos já se passaram...olho pra trás e na boa...perco o tesão...
Hoje, alias, hoje de novo, sai, daqui, fui até Montenegro. Conheço alguém lá? Claro que não, apenas sai pra sair mesmo daqui, ir a qq lugar... Ai, estava eu, estrada vazia e eu curtindo a paisagem, um som, andando a 70 por hoje...ai me estressei com um carro, uma chance se acertarem de onde era o carro???
Isso que eu digo, quando saio daqui, as coisas daqui não me deixam em paz...se eu contasse tudo que diariamente acontece comigo, diriam que seria mentira, impossível de acontecer...
Ah, sem essa por favor de pensamentos negativos que eu atraio tais coisas, na na ni na não..pq hoje como em vários dias, acordo em paz, de bem, feliz que vou sair e passar umas horas fora...e a cidade não me deixa sair, não me deixa ser feliz..não me larga, não me permite....posso descrever centenas de situações...
Não duvido que um dia não me transforme num cachorro de rua, e atenta ao primeiro chamado de quem quer que seja, desde que morem bem longe daqui, completando minha total prostituição, seria meu último degrau de amor próprio e a aceitação de minha total derrota nos anos de voda que me foram agraciados neste mundo.
Mas amigos do FB que fique aqui registrado, se um dia, eu bater as botas, por favor, não permitam que um único fio de cabelo meu seja enterrado aqui, e nem no Alto Taquari. Que levem minhas cinzas a lugares onde por alguns momentos foi feliz, me permiti a ser feliz, e me foi dado o direito de sonhar e ver de como a vida é realmente bela...posso pedir pelo menos isso? ou até isso pra mim seria pedir demais?
Aos que creem que coisas no ano novo possa mudar, então sejam feliz em 2013...
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Ser Amigo.
Ser amigo nas horas boas, ah isso é muito fácil, até eu numa época em que estava por cima, era cheio de "amigos".
Ser amigo nas horas difíceis e complicadas, é ai que o bicho pega!
Mas tu sabe que exatamente nestas horas é que passamos por isso e no fim das contas é um enorme presente?
Claro, porque nos momentos em que estamos com dificuldades e precisando de um ombro amigo, alguém que nos conforte, entenda e apoie, e os amigos somem, podem estar certos de que foi exatamente este o maior e melhor dos propósitos, poder fazer a diferença, sutil diferença entre amigos...e conhecidos...
Tenhas certeza de que serve, e muito para reorganizar as pessoas na nossa "lista" de preferencia.
Útil também para abrirmos espaços a mais pessoas na nossa vida, procurar novos ares, novas maneira de pensar, de ver as coisas e ver o mundo.
Podes acreditar que nos piores momentos que passamos, ao sair e vencer todos eles sejam quais forem é que o melhor é poder olhar para trás e ver quando tempo perdemos com a cia de pessoas que no oba oba era sempre parceiros pro que der e vier.
Amigos de verdade, temos sempre e em primeiro lugar na nossa família, jamais esqueça disso. Depois daquelas pessoas que podem nem sempre estar todos os dias e a toda hora juntos e grudados, mas sim, que no último momento do último encontro, deixou sempre que estarias fazendo parte da vida dele, por onde quer que estivesse indo seu destino e seus caminhos, mas que jamais deixou de pensar em ti e te abandonar.
Amigos são diferentes de conhecidos, por isso não creio muito não na canção do Roberto Carlos, "Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar", ninguém tem um milhão de amigos e pra falar a verdade, conheço poucos que enchem de amigos o numero dos dedos das mãos.
Amigo é sempre será aquele que nunca pedirá nada em troca, nunca terá portas fechadas e horário a ter receber, te ouvir te abraçar.
Amigo será sempre aquele que um dia tenha te dito, eu te amo, no mais sincero e verdadeiros de seus sentimentos.
Amigo não se "cria", amigos simplesmente existem por ai em algum lugar deste mundo, cabendo a nós apenas a percepção de encontrá-los.
E o mais importante: amigo, uma vez amigo, jamais deixará de ser...pode acreditar nisso.
Por isso aos meus amigos, um Bom Dia!
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
HISTÓRIAS DE NATAL VII.
Meu irmão passou este natal com a gente, 2012 e me lembrou de uma outra história de Natal que conto pra vocês.
Não lembro o ano, mas deve ter sido nos primeiro anos que estávamos morando aqui, já que este Natal, passamos nas dependências do meu avô, Victor, que tinha um lugar bem legal para esses encontros, e devo acreditar que junto estavam mais famílias de funcionários antigos, que eram tratados como pessoas da família.
Meu avô, sempre foi muito querido e super carinhoso com todos da família, mas em relação aos netos então, nossa, era mais ainda. Tinha uma certa dificuldade em demonstrar mais ainda o amor e carinho que ele tinha pela gente, mas compreensível, pq existia por parte dele, uma certa timidez nisso. Mas seu olhar, a maneira dele sempre falar com a gente, já dava pra sentir todo esse carinho.
Mas foi então que antes da gente começar os "rituais" da noite mágica, entrega de presentes e a mais famosa ceia do ano, ele chamou meu irmão Paulo e eu em particular, levando-nos até seu escritório, apenas nós três, sem falar nada.
Quando chegamos lá, ainda sem falar nada, pegou o telefone, e pediu, via telefonista, uma ligação a Ibirubá, onde lá morava meu pai, já que era separado da minha mãe.
Assim que completou a ligação, meu avô falou com meu pai, bateram um papo e depois de trocarem os votos de um bom Natal, passou o telefone para que nós dois pudéssemos conversar com nosso pai naquela noite de Natal.
Incrível mesmo esta percepção das coisas, do mundo a sua volta que meu avô tinha, por isso que sempre foi uma pessoa amada e muito querida por todas as pessoas que tiveram o prazer de conhecê-lo, foi maravilhoso, pois nos ajudou a aliviar aquele peso, ou angústia de em momentos assim estar afastado do nosso pai.
Voltamos para a festa com o coração mais leve e com o espírito de Natal muito mais presente naquela noite, e que eu possa ser a metade pro meu filho do que meu avô foi para mim ou qualquer um de seus netos.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
HISTÓRIAS DE NATAL VI.
Esta aconteceu no Natal de 1996. Minha mãe havia falecido a poucos dias, no dia 9 de novembro, e mesmo que já meio que de "sobre aviso" nunca é assim uma coisa tão simples a gente perder alguém tão importante na vida da gente, afinal, mãe é mãe não é mesmo?
Então cada irmão resolveu meio que se reorganizar nas suas idéias ou até mesmo tentar assimilar um golpe tão duro como esse, ainda mais, como disse, tão próximo a uma data tão especial e sempre muito festejada e confraternizada na nossa família.
Então quando me dei conta, estava em casa, sozinho e sem saber onde ir e nem o que fazer.
Quando começou a anoitecer, liguei para mais irmãos, desejando um feliz natal, a alguns amigos e demais familiares desejando os mesmos votos de feliz Natal.
Isso feito, o que vou fazer?
Sai de casa e fui caminhando na ideia de ir então até o cemitério, dar um oi, ou fazer uma pequena visita e oração a minha mãe.
Chegando lá, o lugar estava praticamente vazio. Muitas flores, enfeites de Natal, faziam homenagens a várias pessoas queridas das mais diversas famílias já partidas.
Ali estava eu então, em frente onde minha mãe estava enterrada. A ficha mais uma vez começava a cair que muita coisa mudaria, outras nunca mais seriam as mesmas e que a sensação do "nunca mais", apertava meu coração.
Feita uma oração e de certa forma uma conversa com ele, acabei me deitando sobre sua sepultura e ali fiquei. Anoiteceu, as estrelas vieram a tomar conta daquela noite estrelada e acabei mais uma vez podendo viajar nos mais diferentes e diversos lugares de meu passado, de muitos momentos, bons ou ruins e mais uma vez tentar entender o significado desta coisa toda louca e incompreensível chamada vida. Seus mistérios, os porquês te tantas coisas, perguntas e mais preguntas ainda a mim sem respostas, porque, porque e porque?
Quase uma hora da manhã, os fogos que anunciavam o dia 25 já estavam aos poucos ficando para trás...
Levanto, olho ao meu redor, me emociono com várias pessoas queridas que ali estavam, ou melhor, não estavam mais e apenas pedi, naquele Natal, que um dia pudesse mais uma vez, a cada um deles ter oportunidade de mais um abraço e poder dizer que os amo e de como sinto saudade de cada um deles.
Carta ao Papai Noel 2012
Querido Papai Noel, teve um tempo, lá bem no comecinho, que acreditava em ti de verdade, sabe, que era de verdade o senhor que trazia os presentes e os colocava embaixo da árvore de natal, se bem que lá em casa árvores nunca tinham, mas o senhor sabia que a festa seria na casa dos meus avós.
Teve noites que jurava ter te visto misturado a escuridão a noite, junto a uma mistura de medo e curiosidade. Na verdade nunca entendi pq sempre este mistério contigo, afinal, se tivesse se dado o trabalho de ter vindo até a minha casa, de tão longe e se é assim tão legal e bonzinho, pq se esconder? Porque não ficar pelo menos para um abraço? Sei, sei que sua noite é ocupadíssima, afinal, quantas são as crianças que igualmente o esperam na noite mágica né?
Mas ai o tempo passou, eu cresci e não me lembro muito bem, quem me contou que o senho não existia de verdade. Puxa vida, difícil de acreditar, teria sido essa minha primeira "perda" de alguém assim tão querido na minha vida?
Refeito de notícia tão triste e ruim, a vida segue e seguiu. Nestas minhas andanças por ai, no passar de tento tempo desde então, vivi e convivi de tudo um pouco.
Em alguns natais, fui bem comportado e não ganhei nada, jé em outros fui lembrado e agradecido sem merecer de verdade.
Mas hoje na véspera de natal, não sei de verdade se um dia já tive um pedido pra fazer. Não lembro de um desejo assim tão esperado que viesse a acontecer, não lembro não.
Então hoje resolvi escrever esta cartinha e pedir um presente de natal, posso?
Na verdade na verdade, não teria nada a pedir e sim muito, mas muito mesmo a agradecer, de verdade, e olha que não to me fazendo não. Tive e tenho uma família maravilhosa, meus pais foram legais, claro que não foram perfeitos, mas senti e recebi amor deles incondicional, isso tenho certeza. Meus avós??? Bah, sem comparação, foram anjos que tive aqui na terra, nossa que coisa boa. Tios? Primos? Tive com certeza os melhores... Namoradas? Bom, ai, umas que queria não tive, umas me quiseram não pude ser, mas as que conheci e que juntos pudemos ter convivido por uns tempos, anos, olha, pra ver de como foi bom, estamos até hoje juntos de certa maneira, tanto que algumas são amigas até hoje e até amigas aqui no FB!!! hahahaha, ops, ho ho ho...desculpe.
Quando fui ao inferno, naqueles anos terríveis onde minha vida não valia mais absolutamente nada, pude ver um outro lado deste mundo, e acredite, aprendi com meus erros e naqueles momentos de perdição, até esse, mesmo que dolorido aos meus familiares, foi um presentão, melhor ainda hoje livre de tanta coisa ruim, valeu mesmo a força.
Os presentes que recebi de materiais, lembro de muitos deles até hoje, mas se ainda os tenho? Com certeza a grande maioria não, ou se perderem, joguei fora ou até, nem era assim tão importantes e necessários como eu imaginava. Mas os que ganhei de forma espiritual e de saúde, nossa, que presentão e o melhor de tudo, nem precisou ser uma vez por ano, ganho ele todos os dias ao levantar...
Mas porque então estou aqui escrevendo esta cartinha pra ti, já que sei que não existe?
Bom, dizem os Maias, que o mundo terminou, mas quem sabe tenha terminado de certo modo, aspecto e de maneira de ser e de se viver. Quem sabe seja um recomeço de palavras, atitudes e comportamento? Quem sabe numa dessas o senhor venha de verdade com toda essa mudança?
Então vou deixar aqui meu pedido. Não quero e nem desejo muita coisa não, muitas sei que não sou mesmo merecedor de tanto e outras que não tenha ainda a capacidade de saber ter tais presentes. Mas se posso então fazer apenas hoje, um único pedido, pediria que olhasse pra mim com um pouquinho de atenção e que me desse o presente de poder me mudar daqui, desta cidade. Sabe não é pedir demais, mas sei onde me aperta o sapato, não aquele que coloquei na janela pro senhor colocar presente. Sei de onde me dói e como me dói ficar aqui, preso a um lugar que a muitos anos não quero estar. Nada é mais dolorido que estar preso onde não se sente bem e pior, tendo a certeza de onde de verdade estaria bem mais feliz. Pense nisso ok Papai Noel, já que sempre, na medida do possível tento ser um menino bem comportado...
Feliz Natal.
Pizza 4 sabores sem gosto nenhum.
Esta semana pedi uma pizza e a moça do outro lado perguntou quais os sabores. Pensei bem, fui até meus mais íntimos desejos da gula e fiz minha escolha, 4 sabores de minha preferência, sem dividir sabor com ninguém, todos meus preferidos. Combinado isso, me restava apenas esperar.
Não demorou muito e ela chegou. Linda, grande, maravilhosa, com um cheirinho de dar água na boca.
Não demorou muito, comecei a comer, ora um ora outro sabor e assim foi até a chegada da última garfada, tudo isso regado a uma Coca-Cola pra lá de gelada.
Assim que me levantei e fui até minha cama para deitar e assistir televisão, algo aconteceu, numa espécie de questionamentos daqueles que as vezes de uma hora pra outra vem me visitar.
Os pensamentos, na verdade questionamentos foram mais ou menos os seguintes:
Tava boa a pizza? Sim, respondi a mim mesmo, tava maravilhosa. Ok, meu pensamento aceitou minha resposta. Ele então fez apenas mais uma perguntinha: E ai, qual sabor gostou mais?
Foi então que me dei conta de que, não lembrava de nenhum dos 4 sabores pedidos. Me dei conta de que não havia saboreado sequer uma única fatia. Assim que ela chegou, me pus a comer, sem mastigar, olhando para o próximo pedaço sem lembrar do que estava, com pouquíssimas mastigadas dentro da minha boca.
Foi então que me dei conta que a pizza poderia ter 20, 30 sabores, ou ter apenas uma camada única de queijo, no fim, o gosto seria absolutamente o mesmo.
Percebi então que minha vida, quem sabe, seja uma enorme pizza, e que não tenha quem sabe aproveitado as coisas, momentos e pessoas como deveria ter aproveitado.
Me dei conta de que muitos foram os momentos com pessoas queridas que não estive ali, 100% na sintonia de estar ali, de curtir única e exclusivamente aquele momento, de não ter dado 100% da minha atenção aquela oportunidade de estar ouvindo coisas, perguntando coisas, aprendendo coisas e vivenciando coisas.
Caiu a ficha de que muitas vezes estava em determinado lugar, querendo estar em outro, e assim, não ter aproveitado com maior e melhor qualidade o momento de oportunidade.
Quantas foram as pizzas, big mac, sorvetes, e por ai vai, de que de verdade tenha sentido o gosto? Arrepiei quando me fiz esta pergunta.
Foi então, que quem sabe tenha descoberto, ainda que não tarde demais, de que quem sabe aproveite mais, dos simples aos mais fantásticos momentos. Sabe, quando pegar uma estrada por exemplo, não apenas tenha em mente o meu destino final, e sim, veja, aproveite, desfrute da paisagem que percorro até lá, que sinta o vento bater no meu rosto, que ouça a melodia daquela canção e que a complete com o por do sol a minha frente.
Ao chegar em me destino, que me permita saborear cada abraço de olá, que saudades. Que ao chegar viva intensamente aquela oportunidade única, e que deixe entrar o carinho igualmente recebido.
Me dei conta de que muitos e muitos momentos vividos na minha vida, com meus pais, avós e tios, que hoje já se foram, nos mais variados lugares e ocasiões, poderia sim ter sido muito melhor aproveitados. Quantas foram as vezes que devo ter deixado de dizer alguma coisa que realmente tivesse sentindo? Perguntado alguma coisa a mais e assim ter podido saber de como era antigamente e quando eu era criança? Quantas foram as vezes que eu deixei de estar ali, em troca de ir a hoje nem lembro mais?
Desde a pizza desta semana, tenho tentado fazer as coisas um pouco diferente, nas minhas 4 viagens já feitas desde então, vi de como é bem melhor e muito mais bonito as estradas por onde andei. Como é bacana entrar a comer um pastel e tomar café, e sentir as pessoas que estão perto de mim, sem esquecer de sentir o gosto, seja bom ou ruim daquele pastel que nem sempre é assim tão confiável.
Vi as estradas em horizontes bem mais distantes, vi a lua e as estrelas bem mais nítidas, vi cores que julgava nem existirem e ouvi quem sabe o mais importante e espetacular de tudo: ouvi a voz de meus sentimentos e desejos, de sonhos e saudades.
Depois da pizza de 4 sabores, a primeira viagem foi uma sensação jamais sentida, tanto que chorei por mais de horas como alguém que está descobrindo o mundo. Chorei pq muitas coisas via quem sabe quase que diariamente, mas não as enxergava. Percebi com isso também, por tantas coisas maravilhosas de que a vida é curta, sim, curtíssima demais e de como perdi anos e anos de minha vida.
Que ainda seja possível colocar em dia tanta coisa, que em 48 anos, não conhecia ou simplesmente deixai para trás.
Viver com tantas pessoas amadas que não vivem mais é impossível eu sei, mas que suas lembranças mantenham se vivas dentro de mim.
Quem sabe tenha chegado a hora e tenha aprendido a sentir o sabor de uma simples pizza ou de tantas e tantas outras coisas dos mais variados sabores.
Uma pizza de 4 sabores, que poderia ter mais de 100, que ao final não teve ou não lembrei de que gosto tinha me ensinou que o fim do mundo, ou quem sabe a mudança dos novos tempos, pode ter, pra mim pelo menos, ter começado no seu último pedaço que agora não lembro o sabor.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
HISTÓRIAS DE NATAL V.
Meus pais se separaram, aliás, nem sei se um dia ficaram juntos de verdade, kkkk, e sempre no Natal era o tal dilema: E agora? Passo onde o Natal? Com o Pai ou com a Mãe?
Tá certo que a grande maioria das vezes, passei com a Mãe, afinal era o encontro de toda família, oportunidade de ver todos mundo junto, a Vó fazia uma ceia maravilhosa e tinha a companhia de meus primos etc.
Mas uma vez, quando tinha meus 17 anos, isso em 1980, 1981, resolvi que iria passar o Natal com meu Pai, que na época, morava em Ibirubá, RS e morava numa pensão, Pensão Refatti, que lembro com muito carinho e saudades de todos que lá conheci e que cuidaram bem do meu Pai, Dona Olga, Seu Refatti e todos demais que trabalhavam lá.
Quando dei a notícia pra minha Mãe, já me olhou meio que atravessado, sabem como é, mas estava decidido, afinal, pensei no meu Pai e de que estaria sozinho e quem sabe seria uma noite legal e diferente, passar o Natal com ele o que depois da separação não tinha feito.
Muito bem, malas prontas, embarquei do Ouro e Prata, lembrem-se que estou em 1980, sem essa de lugar marcado, sem essa de não poder viajar de pé, sem essa de estrada asfaltada até lá e de apenas 2h45min de viagem, nada disso, viajei 6h de pé e num ônibus saltando gente pelo ladrão, claro né? nem pensar em ar condicionado e banheiro nos ônibus.
Superada a viagem pra lá de cansativa, chego e pego meu Pai de "surpresa"!
Ficou feliz, claro, e eu confesso que feliz, mas com "dois corações" de ter deixado aquela tradicional festa de Natal da família.
Bom, lembro que ele ainda tinha um programa de rádio a apresentar na noite de 24 de dezembro, coisa até as 22h.
Nos restou sair de lá e irmos onde? Até a pensão, lá um jantar igual ao servido nas últimas 364 noites, e sem nem uma vela vermelha acesa pra lembrar que hoje é Natal.
Jantamos, e ai? Ai? Fomos ao quarto em que ele morava, onde tinha duas camas de solteiro, um armário e uma tv, preto e branco e que só pegava a RBS.
Um deitado ali, e outro aqui, uma tv no meio, ligada numa programação que antecedia a Missa do Galo...
Lá pelas tantas, resolvi ligar pra família e dar um oi e Feliz Natal, fui até um orelhão próximo e liguei. Pude ouvir a barulheira daquele montão de gente reunida, o cheirinho da peru e demais acompanhamentos, dos doces e o barulhinho de "thisss" unde mais uma Coca-Cola gelada estava sendo aberta e louquinha pra ser degustada, tinha aos montes sempre...
Por um momento, sim queria estar a bordo da USS Enterprise e poder usar o "Transporter Room" e poder dar um pulinho lá, mas como ainda na época não fazia parte de Frota Estrelar, fiquei só na vontade e no desejo...
Não digo hoje que me arrependo, mas sei lá, se repetiria tal escolha, pq acredito que até meu Pai, ficou sem jeito por não ter acomodações e nem ter como fazer diferente, mas no fundo pra ele, tenho certeza que fez muito bem.
"Recomposto" do "baque" do telefonema, voltei a pensão e lá ficamos meu velho e eu, assistindo a Missa do Galo, nas palavras do Papa João Paulo II dando as boas novas aos católicos e cristãos do mundo todo...
Na foto, eu na Pensão Refatti. A janela acima é a do quarto dele.
Tá certo que a grande maioria das vezes, passei com a Mãe, afinal era o encontro de toda família, oportunidade de ver todos mundo junto, a Vó fazia uma ceia maravilhosa e tinha a companhia de meus primos etc.
Mas uma vez, quando tinha meus 17 anos, isso em 1980, 1981, resolvi que iria passar o Natal com meu Pai, que na época, morava em Ibirubá, RS e morava numa pensão, Pensão Refatti, que lembro com muito carinho e saudades de todos que lá conheci e que cuidaram bem do meu Pai, Dona Olga, Seu Refatti e todos demais que trabalhavam lá.
Quando dei a notícia pra minha Mãe, já me olhou meio que atravessado, sabem como é, mas estava decidido, afinal, pensei no meu Pai e de que estaria sozinho e quem sabe seria uma noite legal e diferente, passar o Natal com ele o que depois da separação não tinha feito.
Muito bem, malas prontas, embarquei do Ouro e Prata, lembrem-se que estou em 1980, sem essa de lugar marcado, sem essa de não poder viajar de pé, sem essa de estrada asfaltada até lá e de apenas 2h45min de viagem, nada disso, viajei 6h de pé e num ônibus saltando gente pelo ladrão, claro né? nem pensar em ar condicionado e banheiro nos ônibus.
Superada a viagem pra lá de cansativa, chego e pego meu Pai de "surpresa"!
Ficou feliz, claro, e eu confesso que feliz, mas com "dois corações" de ter deixado aquela tradicional festa de Natal da família.
Bom, lembro que ele ainda tinha um programa de rádio a apresentar na noite de 24 de dezembro, coisa até as 22h.
Nos restou sair de lá e irmos onde? Até a pensão, lá um jantar igual ao servido nas últimas 364 noites, e sem nem uma vela vermelha acesa pra lembrar que hoje é Natal.
Jantamos, e ai? Ai? Fomos ao quarto em que ele morava, onde tinha duas camas de solteiro, um armário e uma tv, preto e branco e que só pegava a RBS.
Um deitado ali, e outro aqui, uma tv no meio, ligada numa programação que antecedia a Missa do Galo...
Lá pelas tantas, resolvi ligar pra família e dar um oi e Feliz Natal, fui até um orelhão próximo e liguei. Pude ouvir a barulheira daquele montão de gente reunida, o cheirinho da peru e demais acompanhamentos, dos doces e o barulhinho de "thisss" unde mais uma Coca-Cola gelada estava sendo aberta e louquinha pra ser degustada, tinha aos montes sempre...
Por um momento, sim queria estar a bordo da USS Enterprise e poder usar o "Transporter Room" e poder dar um pulinho lá, mas como ainda na época não fazia parte de Frota Estrelar, fiquei só na vontade e no desejo...
Não digo hoje que me arrependo, mas sei lá, se repetiria tal escolha, pq acredito que até meu Pai, ficou sem jeito por não ter acomodações e nem ter como fazer diferente, mas no fundo pra ele, tenho certeza que fez muito bem.
"Recomposto" do "baque" do telefonema, voltei a pensão e lá ficamos meu velho e eu, assistindo a Missa do Galo, nas palavras do Papa João Paulo II dando as boas novas aos católicos e cristãos do mundo todo...
Na foto, eu na Pensão Refatti. A janela acima é a do quarto dele.
HISTÓRIAS DE NATAL IV.
Todos os anos, como já disse, na grande maioria, meus avós, pais da minha mãe, eram de certa forma o elo de ligação da família e no Natal, com certeza era quase uma "intimação" a gente passar o Natal lá com toda família reunida.
Hoje a história de Natal que divido com vocês é a seguinte.
Em 99% das vezes, chegado final de ano, meu irmão Paulo e eu, nunca tínhamos guardado uma grana pensando em como passar as férias na praia e coisas do tipo. Mesmo trabalhando, o 13, já tinha ido pras cucúias, e sempre não tínhamos um pt tostão pra ir a praia. Mas acontece que meu avô Victor, nos reservava um grande momento na noite de Natal, que eram nada mais e nada menos que seus "envelopes" de Natal. Sim, meu vô dava a todos os netos, um envelope de Natal, que posso garantir a vocês que era mais esperado que a extração da Loteria Federal de Natal. Acreditem que além é claro das palavras carinhosas que meu avô escrevia a cada um dos seus netos, tinha umas boas notas de Cruzeiros, Cruzados, Cruzados Novos e Real dentro dos mais aguardados envelopes. Nossa, quantas e quantas férias e praias esse envelope nos salvou e levou...
Depois que meu avô faleceu, minha vó, ficou com essa "tradição" familiar, mas a véia era mais "ruim" de negócio, e não era assim tão mão aberta como meu avô, mas mesmo assim os envelopes era igualmente esperados. E acreditem, tinham envelopes até para nossa mãe, e tios, filhos do meu avô, quer dizer, ninguém ficava na mão kkk
Mas ai, minha vó também nos deixou, e ai? Como ficamos? Não se pode assim "quebrar" e acabar com uma "tradição" de tantos e tantos anos familiar...
Mas como Deus sempre foi maravilhoso comigo e com minha família, os tais envelopes não ficaram sem aparecer nos Natais seguintes... Hoje queridos amigos, minha mana Deborah, é a que mantém viva essa tão maravilhosa tradição familiar... Que assim seja!!! Feliz Natal....
Hoje a história de Natal que divido com vocês é a seguinte.
Em 99% das vezes, chegado final de ano, meu irmão Paulo e eu, nunca tínhamos guardado uma grana pensando em como passar as férias na praia e coisas do tipo. Mesmo trabalhando, o 13, já tinha ido pras cucúias, e sempre não tínhamos um pt tostão pra ir a praia. Mas acontece que meu avô Victor, nos reservava um grande momento na noite de Natal, que eram nada mais e nada menos que seus "envelopes" de Natal. Sim, meu vô dava a todos os netos, um envelope de Natal, que posso garantir a vocês que era mais esperado que a extração da Loteria Federal de Natal. Acreditem que além é claro das palavras carinhosas que meu avô escrevia a cada um dos seus netos, tinha umas boas notas de Cruzeiros, Cruzados, Cruzados Novos e Real dentro dos mais aguardados envelopes. Nossa, quantas e quantas férias e praias esse envelope nos salvou e levou...
Depois que meu avô faleceu, minha vó, ficou com essa "tradição" familiar, mas a véia era mais "ruim" de negócio, e não era assim tão mão aberta como meu avô, mas mesmo assim os envelopes era igualmente esperados. E acreditem, tinham envelopes até para nossa mãe, e tios, filhos do meu avô, quer dizer, ninguém ficava na mão kkk
Mas ai, minha vó também nos deixou, e ai? Como ficamos? Não se pode assim "quebrar" e acabar com uma "tradição" de tantos e tantos anos familiar...
Mas como Deus sempre foi maravilhoso comigo e com minha família, os tais envelopes não ficaram sem aparecer nos Natais seguintes... Hoje queridos amigos, minha mana Deborah, é a que mantém viva essa tão maravilhosa tradição familiar... Que assim seja!!! Feliz Natal....
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
HISTÓRIAS DE NATAL III
Natal, de 1976, desta vez, a família toda resolveu se reunir na casa do meu Tio Jaime, irmão da minha mãe Leila, mas igualmente com todos demais tios e claro, meus queridos avós.
Mas neste natal em especial, foi convidado uma família a mais, família essa de um antigo funcionário da empresa do meu avô e quase parte da família, praticamente, pelos muitos anos de serviços pres
Mas neste natal em especial, foi convidado uma família a mais, família essa de um antigo funcionário da empresa do meu avô e quase parte da família, praticamente, pelos muitos anos de serviços pres
tados.
Sem problema nenhum, afinal, conhecíamos tento ele e sus esposa desde criança, e seus filhos igualmente, seja de estudar junto, no mesmo colégio ou da igreja, éramos da mesma religião e comunidade.
Muito bem, logo após a culto de natal, minha família toda ia sempre na apresentação natalina da igreja na noite de 24, e isso ninguém abria mão, principalmente meus avós, não víamos a hora, meu irmão e eu, de chegarmos logo em casa a abrir os presentes que o bom velhinho teria nos deixado embaixo do pinheirinho de natal.
Quase sempre meu tio Jaime tomava a iniciativa de ser encarregado de "divulgar" os donos dos presentes em voz alta, se bem que nem precisaria ser tão alta, afinal a "atenção" prestada não poderia ser maior.
Mas foi então, que depois de um tempo que parecia uma eternidade, foi chamado o nome do meu irmão Paulo Hoeper, e meu tio segurava um pacote retangular, duro, o que era sempre um ótimo sinal, afinal, diminuíam consideravelmente as chances de ser um presente "mole", por nós apelidado, ou seja, cueca, pijamas ou meias.
Meu irmão com seu pacote nas mãos, foi logo ajudado pelo irmão mais velho, eu claro, a tirar logo aquele pacote que parecia ter sido fechado com o mais poderoso dos cadeados, mas com a ajuda e sendo aberto a 4 mãos, logo apareceu e foi revelado seu conteúdo: Um RÁDIO IMPORTADO PHILLIPS, HOLANDÊS, e com uma "inovação" tecnológica diga de poucos felizardos naquela época: Tinha duas faixas AM e FM. Lembrem se amigos, que FM começou em 1975, e foi aqui no Rio Grande do Sul a primeira rádio FM do Brasil a Itaí FM!
Pode parecer coisa pouca, mas não era não, afinal, minha mãe nunca teve folgada de grana a poder nos proporcionar um presente mais caro, e estamos em 1976!!! Rádio FM que mal e mal começava a entrar e ser conhecido no nosso país. Nada de produção nacional, nem existia, tanto que o rádio era importado, então imagina o custo do presente, sorte do meu irmão.
Mas tão logo ele tirou o rádio de dentro da caixa e deu a primeira ligada, um dos filhos da família convidada, ele, mais velho do que meu irmão e eu tirou das mãos do meu irmão e disse:
- Deixa que eu sei como funciona...
Pegou o rádio ligado, sem estar em nenhuma estação sintonizada e puxou a antena ao máximo, não contente comentou:
- Olha só, essa antena é tipo "giroscópica" que podes colocar em todas as direções...
Engano seu...e que engano...
Na segunda girada em 360 graus da antena, ficou com a mesma na mão... Sim, arrancou, quebrou, literalmente estragou o rádio com menos de 30 segundos de uso, sem ter podido ter a oportunidade lá de sua linha de produção na Holanda, ter viajado em navio de contêiner ter chagado a alfandega do Brasil, ter indo a uma loja até ser comprado pela minha mãe. Sim, pobre rádio não conseguiu sequer tocar uma única nota, um único boa noite do locutor de seja de que rádio fosse... Estava o Fulano, com o rádio numa mão, e a antena em outra.
Sem dizer nada, devolveu as mãos do meu irmão, o que tinha ido em um único volume, devolveu em dois, virando se e indo a mesa se servir de mais um pedaço de peru!
Meu irmão e eu nos olhamos, para não deixar mais amigos aqui tristes nesta época em que nos aproximamos do natal, não vou comentar os olhar da minha mãe...
Arrumar depois do natal???
Lembrem se, rádio importado, de raríssimas unidades ainda a venda, e nem pensar de loja ou assistência técnica ter outra antena de reposição...
O rádio, durou anos e anos a fio, AM pegava que era uma maravilha...mas FM, lembro até hoje que meu irmão e eu quando usava, tínhamos que ter sempre junto um pedaço de fio de cobre, para encostar no que antes era o suporte de uma antena e assim poder ouvir pela Rádio Itaí FM o VARIG A DONA DA NOITE...
Não achei a foto do rádio, mas esta que ilustro esta história, é de um rádio que meu irmão teve um igual, anos mais tarde, afinal, meu irmão e eu, não ficamos sem um rádio a mão nem por menos de 2 horas...
Sem problema nenhum, afinal, conhecíamos tento ele e sus esposa desde criança, e seus filhos igualmente, seja de estudar junto, no mesmo colégio ou da igreja, éramos da mesma religião e comunidade.
Muito bem, logo após a culto de natal, minha família toda ia sempre na apresentação natalina da igreja na noite de 24, e isso ninguém abria mão, principalmente meus avós, não víamos a hora, meu irmão e eu, de chegarmos logo em casa a abrir os presentes que o bom velhinho teria nos deixado embaixo do pinheirinho de natal.
Quase sempre meu tio Jaime tomava a iniciativa de ser encarregado de "divulgar" os donos dos presentes em voz alta, se bem que nem precisaria ser tão alta, afinal a "atenção" prestada não poderia ser maior.
Mas foi então, que depois de um tempo que parecia uma eternidade, foi chamado o nome do meu irmão Paulo Hoeper, e meu tio segurava um pacote retangular, duro, o que era sempre um ótimo sinal, afinal, diminuíam consideravelmente as chances de ser um presente "mole", por nós apelidado, ou seja, cueca, pijamas ou meias.
Meu irmão com seu pacote nas mãos, foi logo ajudado pelo irmão mais velho, eu claro, a tirar logo aquele pacote que parecia ter sido fechado com o mais poderoso dos cadeados, mas com a ajuda e sendo aberto a 4 mãos, logo apareceu e foi revelado seu conteúdo: Um RÁDIO IMPORTADO PHILLIPS, HOLANDÊS, e com uma "inovação" tecnológica diga de poucos felizardos naquela época: Tinha duas faixas AM e FM. Lembrem se amigos, que FM começou em 1975, e foi aqui no Rio Grande do Sul a primeira rádio FM do Brasil a Itaí FM!
Pode parecer coisa pouca, mas não era não, afinal, minha mãe nunca teve folgada de grana a poder nos proporcionar um presente mais caro, e estamos em 1976!!! Rádio FM que mal e mal começava a entrar e ser conhecido no nosso país. Nada de produção nacional, nem existia, tanto que o rádio era importado, então imagina o custo do presente, sorte do meu irmão.
Mas tão logo ele tirou o rádio de dentro da caixa e deu a primeira ligada, um dos filhos da família convidada, ele, mais velho do que meu irmão e eu tirou das mãos do meu irmão e disse:
- Deixa que eu sei como funciona...
Pegou o rádio ligado, sem estar em nenhuma estação sintonizada e puxou a antena ao máximo, não contente comentou:
- Olha só, essa antena é tipo "giroscópica" que podes colocar em todas as direções...
Engano seu...e que engano...
Na segunda girada em 360 graus da antena, ficou com a mesma na mão... Sim, arrancou, quebrou, literalmente estragou o rádio com menos de 30 segundos de uso, sem ter podido ter a oportunidade lá de sua linha de produção na Holanda, ter viajado em navio de contêiner ter chagado a alfandega do Brasil, ter indo a uma loja até ser comprado pela minha mãe. Sim, pobre rádio não conseguiu sequer tocar uma única nota, um único boa noite do locutor de seja de que rádio fosse... Estava o Fulano, com o rádio numa mão, e a antena em outra.
Sem dizer nada, devolveu as mãos do meu irmão, o que tinha ido em um único volume, devolveu em dois, virando se e indo a mesa se servir de mais um pedaço de peru!
Meu irmão e eu nos olhamos, para não deixar mais amigos aqui tristes nesta época em que nos aproximamos do natal, não vou comentar os olhar da minha mãe...
Arrumar depois do natal???
Lembrem se, rádio importado, de raríssimas unidades ainda a venda, e nem pensar de loja ou assistência técnica ter outra antena de reposição...
O rádio, durou anos e anos a fio, AM pegava que era uma maravilha...mas FM, lembro até hoje que meu irmão e eu quando usava, tínhamos que ter sempre junto um pedaço de fio de cobre, para encostar no que antes era o suporte de uma antena e assim poder ouvir pela Rádio Itaí FM o VARIG A DONA DA NOITE...
Não achei a foto do rádio, mas esta que ilustro esta história, é de um rádio que meu irmão teve um igual, anos mais tarde, afinal, meu irmão e eu, não ficamos sem um rádio a mão nem por menos de 2 horas...
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
HISTÓRIAS DE NATAL II
Essa aconteceu em Porto Alegre, 1973.
Morávamos no bairro Navegantes e bem próximo existia a famosa loja: MARINHA MAGAZINE, na São Pedro.
Foi então que numa noite o grande evento da loja seria: A CHEGADA DO PAPAI NOEL, COM SEU TRENÓ, e que as crianças poderiam ter a oportunidade de dar uma volta com ele e tudo mais.
Morávamos no bairro Navegantes e bem próximo existia a famosa loja: MARINHA MAGAZINE, na São Pedro.
Foi então que numa noite o grande evento da loja seria: A CHEGADA DO PAPAI NOEL, COM SEU TRENÓ, e que as crianças poderiam ter a oportunidade de dar uma volta com ele e tudo mais.
Não deu outra, meu irmão Paulo, e eu, começamos a encher o saco da mãe, para irmos e ter esta "oportunidade única"!
Minha mãe nunca foi muito chegada nessas coisas, mas topou mesmo assim. Com ela, meu avô, Victor, resolveu vir junto pra não deixar a mãe sozinha com dois capetas.
As horas não passavam até a noite...o tempo parecia ter parado, era uma eternidade...
Mas a noite chegou, com ela um calorão e nada disso tirava nossas expectativas de logo logo, ver o Papai Noel em carne e osso e seu trenó!
Cada quadra caminhada, era um passo a menos na direção deste sonho. As quadras pareciam ter aumentado de tamanho, mas estávamos quase chegando, era uma questão de metros...
Dobramos a esquina, da Presidente Roosevelt e São Pedro.... Não tinha uma fila apenas...era simplesmente "milhões" de crianças se aglomerando em uma enorme fila que não se via o final...
Minha mãe quase tentou ensaiar um "vamos embora, ou quem sabe outros dia", mas sem chance! Era hoje, era agora, Papai Noel e seu trenó estava ali, diante dos nossos olhos...
Depois de caminhar mais um montão, chegamos ao final da fila, e bota fila, uma fila de "respeito".
Assim ficamos horas vendo o Papai Noel indo e vindo, levando de 6, a 8 crianças por vez..mas a fila parecia não se mexer.
O passeio era tipo uma volta de 3 a 4 quadras em direção ao Rio Guaíba, quem conhece a rua que estou me referindo sabe, já que pro lado da fila, existe a Av. Farrapos e por lá não teria como.
O tempo ia passando, mas no sentido de ficar cada vez mais tarde e nada de chegar a nossa vez.
Era quase 10 horas da noite e nada..mas pelo menos dava pra começar a ver as crianças felizes em sua oportunidade de estarem ali andando de trenó com o Papai Noel.
Mais um tempão na fila, e nada de chegar a nossa vez, caraca, de onde saíram tantas crianças lá no 4 distrito???
Quase 11 horas da noite, agora já podíamos sentir o cheiro do cavalo, ouvir seus passos na calçada, era só esperar mais um pouquinho.
Umas três "levadas" de crianças antes da nossa vez, não iam mais de 6 a 8 crianças e e sim de 20 em 20. O cavalo já não aguentava mais um passo, sua língua mais parecia uma gravata vermelha, seu olhos estavam esbugalhados, o Papai Noel, já sem aquela carinha "simpática" e amigável, mais olhava pro relógio que ouvia os pedidos das crianças de o que elas queriam de natal.
As 4 ou 5 quadras, de passeio se transformaram em uma quadra que praticamente dava oma volta em circulo, até o primeiro retorno.
Chegou a nossa vez, meu irmão e eu fomos os primeiros da nova "leva" e por consequência, focamos sentados no chão do trenó, um monte de crianças por cima de nós e mais alguns.
Começa nossa volta de trenó, não vi nada pra fora, a não ser a BUNDA suada o Papai Noel e o rabo do cavalo balançando de um lado para o outro. Se olhasse pra cima, minha visão seria um monte de crianças espremidas em cima de mim, juro, nem o céu, nem a lua e as estrelas poderia ver.
Quando me dei conta, não deu tempo nem de sentir o peso das crianças assim como eu, em cima de mim, já tinha terminado o passeio.
No final, nem um tchau Papai Noel me deu, e muito menos tava afim de ouvir meu desejo de brinquedos para a noite de Natal.
No caminho de volta, foi a primeira vez que me passou pela cabeça de que Papai Noel de fato não existia!
Minha mãe nunca foi muito chegada nessas coisas, mas topou mesmo assim. Com ela, meu avô, Victor, resolveu vir junto pra não deixar a mãe sozinha com dois capetas.
As horas não passavam até a noite...o tempo parecia ter parado, era uma eternidade...
Mas a noite chegou, com ela um calorão e nada disso tirava nossas expectativas de logo logo, ver o Papai Noel em carne e osso e seu trenó!
Cada quadra caminhada, era um passo a menos na direção deste sonho. As quadras pareciam ter aumentado de tamanho, mas estávamos quase chegando, era uma questão de metros...
Dobramos a esquina, da Presidente Roosevelt e São Pedro.... Não tinha uma fila apenas...era simplesmente "milhões" de crianças se aglomerando em uma enorme fila que não se via o final...
Minha mãe quase tentou ensaiar um "vamos embora, ou quem sabe outros dia", mas sem chance! Era hoje, era agora, Papai Noel e seu trenó estava ali, diante dos nossos olhos...
Depois de caminhar mais um montão, chegamos ao final da fila, e bota fila, uma fila de "respeito".
Assim ficamos horas vendo o Papai Noel indo e vindo, levando de 6, a 8 crianças por vez..mas a fila parecia não se mexer.
O passeio era tipo uma volta de 3 a 4 quadras em direção ao Rio Guaíba, quem conhece a rua que estou me referindo sabe, já que pro lado da fila, existe a Av. Farrapos e por lá não teria como.
O tempo ia passando, mas no sentido de ficar cada vez mais tarde e nada de chegar a nossa vez.
Era quase 10 horas da noite e nada..mas pelo menos dava pra começar a ver as crianças felizes em sua oportunidade de estarem ali andando de trenó com o Papai Noel.
Mais um tempão na fila, e nada de chegar a nossa vez, caraca, de onde saíram tantas crianças lá no 4 distrito???
Quase 11 horas da noite, agora já podíamos sentir o cheiro do cavalo, ouvir seus passos na calçada, era só esperar mais um pouquinho.
Umas três "levadas" de crianças antes da nossa vez, não iam mais de 6 a 8 crianças e e sim de 20 em 20. O cavalo já não aguentava mais um passo, sua língua mais parecia uma gravata vermelha, seu olhos estavam esbugalhados, o Papai Noel, já sem aquela carinha "simpática" e amigável, mais olhava pro relógio que ouvia os pedidos das crianças de o que elas queriam de natal.
As 4 ou 5 quadras, de passeio se transformaram em uma quadra que praticamente dava oma volta em circulo, até o primeiro retorno.
Chegou a nossa vez, meu irmão e eu fomos os primeiros da nova "leva" e por consequência, focamos sentados no chão do trenó, um monte de crianças por cima de nós e mais alguns.
Começa nossa volta de trenó, não vi nada pra fora, a não ser a BUNDA suada o Papai Noel e o rabo do cavalo balançando de um lado para o outro. Se olhasse pra cima, minha visão seria um monte de crianças espremidas em cima de mim, juro, nem o céu, nem a lua e as estrelas poderia ver.
Quando me dei conta, não deu tempo nem de sentir o peso das crianças assim como eu, em cima de mim, já tinha terminado o passeio.
No final, nem um tchau Papai Noel me deu, e muito menos tava afim de ouvir meu desejo de brinquedos para a noite de Natal.
No caminho de volta, foi a primeira vez que me passou pela cabeça de que Papai Noel de fato não existia!
HISTÓRIAS DE NATAL I
Nesta época algumas coisas já aconteceram na minha vida e muitas delas, emocionantes, outras engraçadas, tristes e por ai vai, então quero dividir algumas com vocês, já que esta sempre foi pra mim, a melhor época do ano, hoje já não tanto, mas mesmo assim, vamos lá.
Era dia 24 de dezembro, de 1984, estava caminhando pelas ruas da cidade, Lajeado, para curtir o movimento das lojas, ver ainda as últimas vitrines enfeitadas com temas e decorações de natal, e a cada passo, já tentava imaginar de como seria a noite sempre legal e maravilhosa na casa dos meus avós, onde sempre todos nos reuníamos para confraternizar a noite de natal.
Tudo estava indo maravilhosamente bem, eu de paz comigo mesmo, durante o mês feito meu tradicional "balanço" do ano que estava terminando e já com muitas das minhas visitas a amigos e parentes, alem de viagens em dia.
Mas foi ai que vi uma cena que até hoje me marcou e lembro como se fosse hoje. Na rua, em minha direção, vinha uma mulher, seus 40 e poucos anos, cara de quem morava no interior, pela maneira de vestir e que não lembrava dela pela cidade, estava de óculos escuros, fora de moda, e vinha com lágrimas correndo pelo rosto, carregando um pequeno caixão, branco, indo em direção ao hospital.
Não faço ideia, em relação a ela, de quem seria o caixão, filha, neta, sobrinha...mas pude sentir a dor em cada passo dela pela rua centra de comércio da cidade.
Se fosse hoje, era digital, com certeza ganharia um "prêmio" jornalistico pela foto, pois ela em primeiro plano e ao fundo a "vida" continuando e as pessoas cada uma preocupada assim como eu estava com a nossa noite de natal, alegre, feliz e com toda família reunida, uma ali, e quem sabe milhões pelo estado, país pu mundo, sem motivos quem sabe, nenhum a comemorar...
Mesmo sendo uma cena triste, agradeci por te-la visto, afinal, que presente maior nos é dado do que a vida? a família? e a união de todos os nossos?
Na noite, por alguns flaches, me vinha a imagem na mente, mas ali, com toda a felicidade da "noite feliz", lembrei sempre de agradecer por estar ali, com todas as maravilhosas bençãos de Deus.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Vivo gago na Vivo!
Bom Dia galera! Bueno, antes de sair, quero mais uma vez compartilhar com os amigos o que me aconteceu ontem a noite, que já postei, via celular, mas agora quero dividir com mais calma.
Meus amigos, sabem que sou gago, e que principalmente no telefone, sou 3x mais gago. Nunca tive problema nenhum com isso, sempre levei na boa, pq minha personalidade, sem modéstia, se superava este particular. Hoje, dou rizadas quando conto coisas que me aconteceram pelos anos, seja nos tempos de colégio, namoro, rádio minha gagueira como companhia.
Mas ontem a noite, juro que até agora não sei o que senti, e sinto, porque fui pego totalmente se surpresa, e olha que sempre tento estar um passo a frente. Liguei na madrugada, pelos fato de ter em meu celular, uma "mensagem de voz" que odeio por três motivos: Não sei e não quero aprender como se faz pra ouvir, não pedi e fica aparecendo aquele sinalzinho no visor do celular e como bom virginiano, aquilo me deixa desconcentrado, me deixa perturbado, não gosto de coisas que não deveriam estar em determinados lugares.
Muito bem liguei pra Vivo e a moça:
- Boa Noite?
- Boa Noite.
- Com quem estou falando?
Ai, trancou, não conseguia dizer meu nome, depois de alguns segundos, comacei a "patinar" kkkk um Ricardo.
Ele começou a cair na gargalhada e disse;
- Nossa, esqueceu o próprio nome?
- Não, gaguejando, respondi que era gago.
- Qua qua qua qua... Serio??? qua qua qua...
Ai entra meu segundo estágio de minha gagueira, que somado a quando estou irritado, literalmente não sai nem som e nem palavra nenhuma...
Quanto mais ela falava alo, alo alo...mais não conseguia falar...
- Em que posso te ajudar?
Recomposto e concentrado, pedi o que queria que fosse feito com o fim de minha caixa postal. Ai, ela muito gentil ainda me disse que em minha linha tinha mais um "penduricalhos" que igualmente pedi que fossem tirados de minha linha.
Ao final, pediu que desse uma nota pelo atendimento, que foi a seguinte: (Isso que ela ainda me disse: Moço peço gentilmente que fique na linha e avalie meu atendimento pq é importante pra mim. E assim fiz, quando perguntando se minhas exigências foram atendidas, respondi que sim, e dei 10 pela minha solicitação. Na seguinte pergunta sobre o atendimento de quem me atendeu, dei nota 7.
Depois de desligar o telefone, e assim como até agora, juro, não sei o que senti ontem, ou melhor hoje de madrugada. Deitado na cama, não sabia ser se estava brabo, com raiva, indignado, surpreso, incrédulo, não sei... Como disse, nunca tive neuras com isso mas não gosto de ser pego de surpresa, deve ter sido isso o que mais me incomodou kkkkk
Bom, vamos em frente, gago dias mais dias menos, mas sempre tentando me fazer entender hahahahaha.
Boa tarde galera!!!
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
O Valdir era Negão?
Durante minha vida escolar, tive alguns colegas negros e hoje quero falar sobre quem sabe o que mais tive, tivemos, contato e por mais tempo, que foi o nosso colega, Valdir.
De um tempo pra cá, não sei se só no Brasil ou no mundo todo, no meu ponto de vista, algumas coisas estão ou equivocadas ou mel intencionadas mesmo.
Valdir era um cara de família humilde, assim como tantos outros colegas, no tempo em que estudei em colégio estadual, que de imediato fazia parte da nossa turma. Jogava um bolão no futebol fato esse que sempre na hora de escolhermos os times pra jogar, ele era um dos preferidos e sempre escolhido por primeiro.
Mais tarde, fora da escola, montei, sim eu montei, um time de futebol de salão, lembro até hoje que as cores eram, azul e preto, e que os distintivos foram os da associação da empresa da minha família.
Valdir não tinha condições de comprar a camiseta e calção, e os demais jogadores não se importaram nenhum pouco em dar um pouco mais afim de esse pudesse ser usado no uniforme do Valdir. Mas até então, em nenhum momento, o sentimento de "pena" estava presente em qualquer um de nós, apenas a parceria e amizade em prol de alguém estivesse com um pouco mais dificuldade do que nós.
Valdir sempre foi caladão, mas nunca nos deixava sem resposta, sem um bom dia e nunca deixamos o Valdir de fora de qualquer coisa por ser negro.
Olha que estou me referindo aos anos 75, 76, 77...muito antes de toda essa rapidez de informação e facilidade de informações.
Valdir era Valdir, nosso colega, nosso parceiro e estava na mesma sala de aula de todos, então era da NOSSA turma.
Hoje, juro que não sei o que se passa com o mundo, com as pessoas, e me refiro agora especificamente em relação aos negros. Puxa vida, porque todo um nhé nhé nhém, em cima deles?
Tenho uma opinião muito própria sobre isso e outros assuntos parecidos que só pode ser ou coisa de alguém que estava afim mesmo de avacalhar a coisa, e usa meios camuflados e perversos de fazer a coisa ou não deixar no esquecimento, acirrando a lembrança de antigas discriminações que ocorreram sei lá a quantos séculos passados. Só pode! Porque Valdir era o Valdir, eu o Ricardo, o Mauro o Mauro, o André o André, o Aldo o Aldo, a Carla a Carla, a Adriana a Adriana, a Cláudia a Cláudia e assim por diante.
Um dia, na aula de educação física, o uniforme era: camiseta branca, calção preto, meias pretas e tênis preto. Valdir foi sem meia, e o professor na hora de conferir o uniforme, vê se pode, hoje um professor tenta fazer isso apanha do aluno pobrezinho, na hora que viu que Valdir estava sem meia tentou fazer uma brincadeira:
- Sei meia Valdir? Bom, também não precisa né?
Isso mexeu com toda a classe, repito, por uma questão apenas de RESPEITO, não pela cor de sua pele, e sim todos nós não gostamos da brincadeira pela condição FINANCEIRA de que Valdir e sua família estavam passando e não saímos em defesa dele por ele ser negro, ele por sua cor não precisa, não devia e não deve nada a quem quer que seja, muito menos nós da mesma classe e escola. Não, em nenhum momento passou nossa defesa em favor dele por "lutarmos contra o racismo", nada, absolutamente nada disso, e podem perguntar a qualquer um de nossa turma que lembre deste fato.
Pode ser, quem sabe, que na época, trazíamos de casa, pequenas coisas a mais em nossas "pastas" de aula, como educação, respeito, vergonha na cara, honestidade, caráter...sabe, coisa que nossos avós e pais nos passavam desde crianças.
Ninguém precisava aprender na escola de que todos somos iguais, todos somos da mesma cor, e que todos temos sim os mesmos direitos, até então em sala de aula éramos todos iguais, isso era nos passado não de forma "teórica", posta no quadro negro, como matéria, apenas e tão simplesmente nas atitudes e maneira de conviver em grupo. Não se precisava tocar nesta tecla, isso vinha de casa, isso estava em cada um de nós.
Hoje, quanto mais se fala neste assunto, mais parece que as coisas tomam outro rumo, pelos mais variados motivos que agora não to afim de escrever, porque seria longo demais. Alguém por acaso acha, que não tivemos colegas gays??? Sim, tivemos, e como no caso do Valdir, era igualmente nosso colega, claro que assim como ele era bem mais reservado, igualmente não tocávamos nos assunto, sexo na época era bem mais complicado de se falar abertamente, mas em nenhum momento fora deixado de lado em qualquer atividade ou proporção de amizade como no caso do Valdir.
Já disse aqui e vou repetir: Quanto mais este Serginho Groissman, falar em bulling, mais esta merda vai tomar conta das escola e acirrar ânimos e rivalidades. Eu que sempre fui gago, acha que não brincaram comigo? me deram apelidos? Ric Ric Pedalada??? Morri? Matei? Roubei? Fugi? Meus colegas gordinhos, Baleia fora D'Agua, Rolha de Poço... apelidos que não vingaram, porque em determinado momento quem os deu, ou caiu na real da piada sem graça e pior, não vingou, a turma não levou adiante e a vida segui em frente pra todo mundo.
Numa sala de aula assim como no exército, as coisas tomam seus rumos ao natural, o grupo se encarrega de arrumar as coisas, não precisamo de escolas, governos, Ongs porcaria nenhuma que nos diga de como devemos ser educados, respeitosos e ter bem formada na mente de que todos somos iguai pra tudo. Não temos como ser divididos sejam em cotas, reservas, preferencias...nada! Já sabíamos disso no jardim da infância, e hoje parece que todos que citei, devem tratar as pessoas como debil mentais e imbecis!
Não quero e não preciso de governo nenhum pra me dizer o que é certo ou errado, isso trouxe de casa, do berço, não me tratem como um idiota. No caso da palmada, nunca precisei dar no meu filho, mas acham que não daria se fosse preciso? Ora, não teria governo nenhum neste mundo e nem em outro que entraria na MINHA casa e me dissesse de como deveria educar o meu filho!!! Era só o que me faltaria nesta vida, um governo porco e corrupto tentar educar, a não ser a sua maneira, meu filho.
Não sou o dono da verdade, mas quero crer que sei os motivos e os porquês de tudos essas coisas, e campanhas a favor de negros, gays etc...mas isso seria para um outro dia, hoje apenas me lembrei de como vivo, vivemos, muitos amigos e eu, em relação ao Valdir e tantos outros colegas negros, assim como o Antônio, que fui gamado na irma dele e a Maria Conceição, a Ceição, que até hoje guardo sua alegria sempre naqueles dentes brancos lindos, num sorriso contagiante nossa querida e verdadeira amizade.
Quanto ao Valdir, vi ele a uns 15 dias, esta completamente igual, sem um fio de cabelo branco, uma ruga na pele, dentes brancos que chagam a brilhar. Ainda calado, conseguimos bater um rápido papo na calçada e ele o que mais me deixou "indignado", sem um quilinho a mais!!!! O saco!!!! kkkk
Juro, durante toda minha vida não tinha percebido que o Valdir era "negão", ele era e sempre foi apenas meu colega Valdir.
Em tempo, Valdir nunca precisou de ninguém e de nenhum de nós para o "defender", pelos simples fato de que nada o diferenciava de qualquer um de nós!!!
terça-feira, 13 de novembro de 2012
A Luz do Porto Seguro...
Sempre quando saía de casa, minha mãe deixava sempre a luz da sacada ligada, isso sempre foi assim sem a gente nunca ter conversado sobre este assunto.
Hoje, pensando e lembrando sobre isso, creio que no fundo a intenção dela, era de como num farol para marinheiros e seus navios, saberem ao ver a luz iluminando na noite escura, o caminho de volta.
Mas vou além. Acredito que tanto no farol dos marinheiros, como na simples luz deixada ligada na sacada de casa, existe um "além mais", sutil, mas que com toda certeza, entendida, mais profundamente no subconsciente, de marinheiros e meu, de que a luz, significa além de nos guiar na escuridão, a certeza de que ali é nosso porto seguro, nosso esteio, nosso amparo seja nas dificuldades do mar ou em qualquer dificuldade que um de nós, pudéssemos estar passando nas noites longe de casa.
Hoje, pensando e lembrando sobre isso, creio que no fundo a intenção dela, era de como num farol para marinheiros e seus navios, saberem ao ver a luz iluminando na noite escura, o caminho de volta.
Mas vou além. Acredito que tanto no farol dos marinheiros, como na simples luz deixada ligada na sacada de casa, existe um "além mais", sutil, mas que com toda certeza, entendida, mais profundamente no subconsciente, de marinheiros e meu, de que a luz, significa além de nos guiar na escuridão, a certeza de que ali é nosso porto seguro, nosso esteio, nosso amparo seja nas dificuldades do mar ou em qualquer dificuldade que um de nós, pudéssemos estar passando nas noites longe de casa.
Quando voltava, e via de longe a única luz acesa no prédio em que morava, na noite escura, sabia que estava perto, que ali encontraria sempre a porta aberta, e sempre o amor e carinho de mãe, a maneira dela, com certeza.
Ali nunca seria abandonado, por pior que fosse a escuridão da noite, por pior que fosse a tempestade, por mais difícil que pudesse ser o caminho de volta, aquela luz significava que ali que eu deveria voltar sempre.
Isso por muitos e muitos anos aconteceu na nossa casa enquanto minha mãe estava viva.
Lembro que quando ela se foi, na primeira noite em que voltava pra casa, aquela luz estava apagada... Não tinha mais aquele porto seguro em minhas "navegações", e por isso, a dor de mais uma etapa da vida, que teria então que aprender, e de que estava ao mar por minha conta, sozinho. Claro que tenho tios, primos, irmãos maravilhosos, mas aquela luz, brilhante e única de centenas de madrugadas, não estava mais ali, o porto seguro estava vazio, e cabe agora a navegar com muito mais cuidado e responsabilidade.
Navegar é preciso, já dizia o ditado, mas que a luz do farol aos navegantes faz falta, isso faz...
Não sei ao certo, por onde ainda irei navegar, mas quem sabe um dia veja a luz de um novo farol, capaz de atrair esse velho marinheiro e quem sabe junto desta luz em mais uma noite escura, poder encontrar a paz...
Boa Noite a todos os marinheiros e marinheiras que navegam por mares bravos ou mais calmos, mas que tenham sempre a paixão por uma maravilhosa aventura em alto mar....
Ali nunca seria abandonado, por pior que fosse a escuridão da noite, por pior que fosse a tempestade, por mais difícil que pudesse ser o caminho de volta, aquela luz significava que ali que eu deveria voltar sempre.
Isso por muitos e muitos anos aconteceu na nossa casa enquanto minha mãe estava viva.
Lembro que quando ela se foi, na primeira noite em que voltava pra casa, aquela luz estava apagada... Não tinha mais aquele porto seguro em minhas "navegações", e por isso, a dor de mais uma etapa da vida, que teria então que aprender, e de que estava ao mar por minha conta, sozinho. Claro que tenho tios, primos, irmãos maravilhosos, mas aquela luz, brilhante e única de centenas de madrugadas, não estava mais ali, o porto seguro estava vazio, e cabe agora a navegar com muito mais cuidado e responsabilidade.
Navegar é preciso, já dizia o ditado, mas que a luz do farol aos navegantes faz falta, isso faz...
Não sei ao certo, por onde ainda irei navegar, mas quem sabe um dia veja a luz de um novo farol, capaz de atrair esse velho marinheiro e quem sabe junto desta luz em mais uma noite escura, poder encontrar a paz...
Boa Noite a todos os marinheiros e marinheiras que navegam por mares bravos ou mais calmos, mas que tenham sempre a paixão por uma maravilhosa aventura em alto mar....
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Segredos de computador.
Tenho em meu computador, segredos não revelados, e que muitas vezes me da arrepios, kkkk, de imaginar: E se eu morresse hoje? Como ficaria se alguém entrasse no meu computador???
Por isso, mesmo que foi de brincadeira, já conversei sobre esse assunto com meu irmão, de que ele devia entrar na minha casa e destruir, se dó e sem piedade meu computador. Quebrar tudo e pra garantir botar fogo do demônio...não deixar bits sobre bits....
Não seria apen
Por isso, mesmo que foi de brincadeira, já conversei sobre esse assunto com meu irmão, de que ele devia entrar na minha casa e destruir, se dó e sem piedade meu computador. Quebrar tudo e pra garantir botar fogo do demônio...não deixar bits sobre bits....
Não seria apen
as pelos segredos em sim, é que quem sabe muitos deles não seriam entendidos, ou pior, entendidos de outra forma, de outra maneira. Muitos não passariam de brincadeiras. mas como explicar depois de morto? Pode alguém me dizer:
- Ah mas as pessoas te conhecendo, saberiam que isso é e aquilo não é!!!
Aham, sei, e por acaso alguém me conhece de verdade? Vocês estão cetos disso??? Posso perguntar????
Não, melhor mesmo seria não correr o risco de estar ali, sendo velado, com meu uniforme de Star Trek, disso não abro mão, e pessoas iram ao meu velório só pra ver o cara daquele montão de segredos hahahaha, não prefiro pelo menos no sepultamento e cremação, ser lembrando como o "Ricardo conhecido"!
Pode alguém falar o seguinte:
- Ah, eu não tenho segredos, minha vida é um livro aberto... Aham, duvido, ninguém é livre de segredos e de um lado escondido nas 24 horas do dia e nos 365 dias do ano. Me refiro a segredos dos mais simples e bobinhos aos mais complicados, mais sombrios, mais ocultos, sabe, tipo caixa preta!
Mas o pior é que muitos destes segredos, poderiam ser mal interpretados, não entendidos, não se sabendo ao certo do que realmente se tratava tal descoberta dentro do computador do falecido.
Dentro de todos esses segredos, com certeza, penso eu, não seria deixado em nenhum momento de ser quem sou, nada disso, será? kkk, não sério, continuaria sendo o pai do meu filho, irmão dos meus irmãos, filho dos meus pais e por ai vai.
Mas de todos os segredos no meu computador, pelo menos um deles é legal. Um deles estampa minha tela sempre que o coloco a funcionar. Está ali, lindo e maravilhoso, meu maior e mais bonito segredo, esse sim levarei junto comigo, este em especial não me importaria de ser revelado ao mundo, a tudo e a todos. Esse é uma das coisas mais lindas e felizes que me aconteceram na vida.
Segredos, sejam eles de quem forem revelados ou não, acima de tudo devem ser respeitados e preservados. Nossa passagem por esta vida, assim como deve ter sido em outras, não é apenas ao acaso, sem significado nenhum sem motivo que não seja exatamente programado e assim escrito.
Tenho sim, alguns segredos, uns mais, outros menos obscuros, mas de todos esse é sem divida o que mai ilumina a minha vida, de certo modo faz entender minha passagem por esta vida. Este segredo não se tornou segredo porque resolvi, pronto, tornar isso um segredo. Isso me foi revelado, me foi apresentando e por consequência dada a grata, linda e maravilhosa oportunidade de poder aprender seu significado, sua intensidade na minha vida e me mostrar que estava errado quando julgava certas coisas, pessoas e sentimentos de acordo com meu estado de espírito.
Meu maior segredo, o mais bonito, o mais impostante e significativo, esta aqui, bem na minha frente, na tela do meu computador, e todos os dias em que ainda viver, terei pelo menos mais uma vez a oportunidade de poder ver, lembrar, sonhar e agradecer de pelo menos ter descoberto ele, senão tarde de mais, pelo menos ter tido a chance única na vida de me sentir mais próximo a quem realmente eu deveria ter sido e ser.
Segredos...o que seriam na nós sem poder tê-los...
Guarde bem o seu...
Esta mensagem se autodestruirá em 5 segundos...
- Ah mas as pessoas te conhecendo, saberiam que isso é e aquilo não é!!!
Aham, sei, e por acaso alguém me conhece de verdade? Vocês estão cetos disso??? Posso perguntar????
Não, melhor mesmo seria não correr o risco de estar ali, sendo velado, com meu uniforme de Star Trek, disso não abro mão, e pessoas iram ao meu velório só pra ver o cara daquele montão de segredos hahahaha, não prefiro pelo menos no sepultamento e cremação, ser lembrando como o "Ricardo conhecido"!
Pode alguém falar o seguinte:
- Ah, eu não tenho segredos, minha vida é um livro aberto... Aham, duvido, ninguém é livre de segredos e de um lado escondido nas 24 horas do dia e nos 365 dias do ano. Me refiro a segredos dos mais simples e bobinhos aos mais complicados, mais sombrios, mais ocultos, sabe, tipo caixa preta!
Mas o pior é que muitos destes segredos, poderiam ser mal interpretados, não entendidos, não se sabendo ao certo do que realmente se tratava tal descoberta dentro do computador do falecido.
Dentro de todos esses segredos, com certeza, penso eu, não seria deixado em nenhum momento de ser quem sou, nada disso, será? kkk, não sério, continuaria sendo o pai do meu filho, irmão dos meus irmãos, filho dos meus pais e por ai vai.
Mas de todos os segredos no meu computador, pelo menos um deles é legal. Um deles estampa minha tela sempre que o coloco a funcionar. Está ali, lindo e maravilhoso, meu maior e mais bonito segredo, esse sim levarei junto comigo, este em especial não me importaria de ser revelado ao mundo, a tudo e a todos. Esse é uma das coisas mais lindas e felizes que me aconteceram na vida.
Segredos, sejam eles de quem forem revelados ou não, acima de tudo devem ser respeitados e preservados. Nossa passagem por esta vida, assim como deve ter sido em outras, não é apenas ao acaso, sem significado nenhum sem motivo que não seja exatamente programado e assim escrito.
Tenho sim, alguns segredos, uns mais, outros menos obscuros, mas de todos esse é sem divida o que mai ilumina a minha vida, de certo modo faz entender minha passagem por esta vida. Este segredo não se tornou segredo porque resolvi, pronto, tornar isso um segredo. Isso me foi revelado, me foi apresentando e por consequência dada a grata, linda e maravilhosa oportunidade de poder aprender seu significado, sua intensidade na minha vida e me mostrar que estava errado quando julgava certas coisas, pessoas e sentimentos de acordo com meu estado de espírito.
Meu maior segredo, o mais bonito, o mais impostante e significativo, esta aqui, bem na minha frente, na tela do meu computador, e todos os dias em que ainda viver, terei pelo menos mais uma vez a oportunidade de poder ver, lembrar, sonhar e agradecer de pelo menos ter descoberto ele, senão tarde de mais, pelo menos ter tido a chance única na vida de me sentir mais próximo a quem realmente eu deveria ter sido e ser.
Segredos...o que seriam na nós sem poder tê-los...
Guarde bem o seu...
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Minha primeira vez na Zona...
Mal e mal com 30 anos no lombo, na época morava e POA e vinha nas sextas a Lajeado, numa dessas vindas teve um encontro com amigos de longa data já previamente combinado de que a noite seria uma criança.
Então, banho tomado, roupa legal e galera toda reunida nos bares da cidade pra colocar as fofocas em dia e dar boas risadas.
Eram ramos os momentos de reunir toda a turma, ainda mais numa sexta feira.
Mas lá pelas tantas, alguns amigos mais "embalados" aos goles das cervejas, eis que uma voz de dentro do grupo ecoa como um som que mostrasse o caminho da felicidade total, do encerramento daquela noite maravilhosa.
Vamos na Styllus!!!!
Styllus era a "zona, cabaré, puteiro, mas socialmente chamado na cidade de boate" mais refinada e estilo Gruta Azul, Madrigal de POA, sabe de funções iguais as de beira de estrada, mas com outro nome.
Foi um SIM sonoro, alto e nem precisou de segundo turno para ser posta em votação a vontade daquele povo...
Eu, junto, não poderia abandonar o grupo e fui junto. Seria minha primeira vez num lugar assim, então que fosse em turma!
E nos mandamos pra lá. Tudo mundo inquieto no carro, loucos pra chegar, uns mais afoitos, outros nem tanto, e nesta mistura de sentimentos a respeito da continuidade noturna, a cada quadra que o carro avançava, minha curiosidade e expectativa a respeito aumentava, mas sempre com aquele frio na espinha, claro.
Assim que chagamos na portaria, dois armários com maleiro e tudo, aguardavam a dar as "boas vindas" aos clientes, deixando bem claro que se fedesse, o pau comeria e na boa, sem chance de quem quer que seja se dar bem, até porque, lá dentro tinham mais "organizadores de mais afoitos", cada um com uma mão que com certeza poderia ser usada como martelo!
Perguntei ao meu irmão, que estava junto, como funcionava a coisa. Me respondeu dizendo, nada de especial, a gente vai ver uns shows, quem sabe tomar as cervejinhas que vinham de "brinde" depois da entrada salgada e que seria só não tocar em nada, pq nada a partir da entrada era de graça. Portanto que mantivesse minhas mãos nos bolsos que não teria erro.
E começou o show, mulheres fazendo danças sensuais, streeptease, cantores e suas musicas características de boemia, e vários apertos de mãos e abraços de amigos que vinham chegando e se encontrando por lá.
Mas em um determinado momento, fiquei meio de lado, já que não estava bebendo e neste descuido, uma linda morena sentou-se ao meu lado. Era uma mulher realmente bonita, cabelos negros lisos e compridos, uma boca carnuda e com um batom que a deixava super sensual. Como sua pele estava bronzeada, a roupa branca de rendas que a cobria, deixava ainda mais bela a atraente.
Conversa vai, conversa vem, me disse que tinha uma filha no interior do Paraná, que a tinha deixado com sua mãe e que na verdade estava ali por um tempo, já que queria largar esta vida, arrumar uma grana afim de ajudar sua filha blá blá blá...
Quando perguntou de mim, não sei mentir, e fui logo dando minha folha corrida, quem era, onde morava onde trabalhava estado civil etc...
A conversa ia muito bem, até que ela disse:
- To com sede, posso pedir uma Keep Coller?
Calculando o preço do supermercado, coloquei mais 100% em cima, e pensei: Ah, numa boa, uma vez na vida e outra na morte, gastar uns 100 contos tá legal, o papo tá legal ela é bonita e acho que ta gostando de mim...Mandei vir duas logo.
Quando o garçom trouxe o baldinho com as duas Coolers dentro, olhei pro lado e meu irmão com meus amigos desesperados acenando negativamente aquele meu gesto de cavalheiro... Não precisava saber e entender de leitura labial, pelo que estavam tentando me dizer, tinha feito merda...
Bom, tomamos as Coolers, e vieram até minha mesa dizendo que estavam indo embora. Como estava de carona, disse, ok, vou junto, só vou pagar aqui e já vou, me esperem lá fora.
Quando veio a conta, juro, achei que tinha lido errado, que havia um engano! Dos 100 que calculava, deu 400 contos de reis! Quase enfartei, lembrando de quantos e quantos brinquedos poderia comprar para as minha coleções inacabadas...
Confesso que errei 4 cheques no sem preenchimento, a cada nova folha, não acreditava no valor que estava pagando por duas Coolers que no supermercado não dava 5 pila!
Bom, o cara, de 2 metros lá do balcão já me encarava, parece que tem "faro" de quando tem problema.
Bom na quinta filha de cheque, acertei o valor e dei ao garçom.
Ela, me acompanhou até quase a saída, já então de mãos dadas, caminhando bem pertinho de mim e na hora da despedida, trocamos uns beijos, ela me perguntou se tinha que ir mesmo. Disse que sim, ainda mais pq já não tinha mais 1 pila na carteira e muito menos no bando, segunda feira seria aquela corrida até o gerente pra me quebrar este galho.
Ela disse que tinha gostado de mim, eu era diferente, mesmo ela sendo garota de programa, não a "abusei" a tratei como uma dama, conversei sobre coisas variadas, assuntos legais e em nenhum momento tinha sido "desrespeitoso" com ela.
- Gostei de ti Ricardo, sério, disse ela. Tem telefone? Eu quero poder te conhecer melhor...
Dei meu numero do meu trabalho de POA e mais uns beijos e disse que tinha que ir.
Na saída, meus amigos e meu irmão, loucos de curiosidade pra saber o quanto eu tinha marchado. Falei dos 400 paus e deram risada. Disse a eles que não tinha entendido de porque tão caro! Me explicaram que ao pagar as duas Keep Cooler, tinha já na verdade pago o "passe" dela, que em outras palavras a casa, já tinha ganho a parte dela e que ela agora estava "liberada" a me cobrar, no caso de um programa comigo o que bem entendesse, isso era com ela, e que esse passe pago, poderia ou ficar com ela, nos quartos na própria boate, pagaria separado ou se a levasse pra minha casa ou motel, era por minha conta e dela, a casa não tinha mais nada a ver com a relação dela e eles naquela noite.
Bom, entendi como funcionava essas coisas das casas de luz vermelha de uma maneira um tanto dolorida, no bolso pelo menos, quem sabe poderia ser bem pior!
Na segunda feira no meu trabalho, o telefone tocou, era ela. Dizendo que estava com saudades, vontade de me ver etc...
Ainda me mandou mais umas cartas, tenho todas essas guardadas até hoje e mais uns cartões que me mandou.
Priscilla, era seu nome de "guerra", ela foi minha primeira companhia nas boates da vida...
Voltei lá mais umas vezes, apenas pra bater papo, mas sem essa de Keep Cooler, mesmo duas garrafinhas, dá uma ressaca e uma dor de cabeça que vou te contar.
Ela queria abandonar a noite, se a gente começasse um relacionamento, mas não bateu, sério, não por ser, e seria uma prostituta, juro a vocês, não rolou porque não bateu mais que uma amizade de minha parte, um carinho, como sou com todas pessoas que conheço e sinto que são legais. Não rolou pq não bateu mesmo, bonita ela era com certeza...
Mai tarde conversando com meu irmão sobre ela, disse que ela era super legal, bom papo, querida mesmo, parecia que não combinava mesmo como uma mulher da noite, que tinha uma filha no interior do paraná...e meu irmão:
- Mano, todas as mulheres da noite são do interior do Paraná e todas tem um filho que deixaram com a mãe cuidar e que um dia vão largar com agrana que conseguirem pra dar o melhor aos seus filhos...
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Encontros ou desencontros pela internet II.
Encontros pela Internet II...
Sim, vou começar contando o segundo encontro que tive com uma mulher que conheci num chat de bate papo.
Certo dia, entrei num site de bate papo, geralmente o UOL e comecei a conversar com uma mulher que se intitulava: "Mulher Madura 50".
Como pelo nick, tratava-se de uma mulher não tão jovem, acreditando então que poderia ser um papo legal, começamos a conversar.
Conv
Sim, vou começar contando o segundo encontro que tive com uma mulher que conheci num chat de bate papo.
Certo dia, entrei num site de bate papo, geralmente o UOL e comecei a conversar com uma mulher que se intitulava: "Mulher Madura 50".
Como pelo nick, tratava-se de uma mulher não tão jovem, acreditando então que poderia ser um papo legal, começamos a conversar.
Conv
Conversa vai, conversa vem lá pelas tantas começam as perguntas mais pessoais e por consequência, sentindo que se trata de alguém legal, vamos então dando os passos seguintes a uma maior identificação.
Troca de emails e por seguinte, nomes verdadeiros, no que trabalhamos e finalmente fotos.
Recebi as fotos dela, era realmente como se descreveu, uma mulher muito bonita, 1.70m, peso não faço ideia mesmo, não sei calcular esse tipo de coisa. Me disse, e depois conferi via Google, que era mesmo uma professora de pós graduação de uma faculdade respeitável aqui do RS.
Mais umas trocas de curiosidades, gosta de que? curte o que? faz o que finais de semana etc...
E assim foi, por uns meses troca de emails e vez que outra telefonemas.
Até que ela queria que saísse do virtual e que a gente fosse se ver, conhecer pessoalmente.
Pedi um tempo, estava ressabiado pelo meu primeiro encontro que precisava pensar mais um pouco.
Mais uns meses e ele querendo e convidando por um café e resolvi então que nos encontraríamos no Iguatemi em Poa.
Era de 23 de dezembro, lembro que fui a Porto Alegre e antes passei na casa da minha ex noiva, aproveitando pra desejar um feliz natal, visitar etc, que é testemunha que teria um encontro com alguém da internet. Minha ex, me encheu de conselhos e mandou ter cuidado, kkkk
Sai e me fui então ao Iguatemi.
Marcamos numa cafeteria, que ontem vi que não existe mais por lá, era no andar térreo bem no final onde geralmente era e será montado a casa do Papai Noel.
Estava eu lá, sentadinho quando a vi de longe. Realmente era como nas fotos, sem essa de fotos de 10, 15 anos atrás. tanto que dava pra reconhecer de longe.
Nos apresentamos, três beijinhos e começamos o bate papo.
Até então tudo bem, sem muitas surpresas, era a mesma mulher dos emails, msn etc...
Mas lá pelas tantas, ela começou a falar de sexo ai a coisa começou a esquentar!
Ainda indo devagar no assunto, ela ia que ia se abrindo a respeito do assunto e dizendo a cada nova linha, coisas que fariam "Joe "Buttman" Stagliano" ficar com a cara da cor da roupa do chapeuzinho vermelho...
Começou a me dar um fio na espinha e com o canto dos olhos comecei a procuras os "seguranças" do shopping para não perde-los de vista se a coisa ficasse russa.
Tentava sempre mudar um pouco o foco do assunto, mas não conseguia por 3, máximo 4 linhas de palavras e seus pontos finais, não mais que isso...
Foi então que ela lascou, uma "preferencia" e tara sexual sua...
Engoli em seco e apontando o dedo disse olha só aquilo lá!!!
Ela virou o rosto pra ver ao que eu apontara, e quando se virou de volta a mesa, tenho certeza de que ela não conseguiu mais me ver...
Troca de emails e por seguinte, nomes verdadeiros, no que trabalhamos e finalmente fotos.
Recebi as fotos dela, era realmente como se descreveu, uma mulher muito bonita, 1.70m, peso não faço ideia mesmo, não sei calcular esse tipo de coisa. Me disse, e depois conferi via Google, que era mesmo uma professora de pós graduação de uma faculdade respeitável aqui do RS.
Mais umas trocas de curiosidades, gosta de que? curte o que? faz o que finais de semana etc...
E assim foi, por uns meses troca de emails e vez que outra telefonemas.
Até que ela queria que saísse do virtual e que a gente fosse se ver, conhecer pessoalmente.
Pedi um tempo, estava ressabiado pelo meu primeiro encontro que precisava pensar mais um pouco.
Mais uns meses e ele querendo e convidando por um café e resolvi então que nos encontraríamos no Iguatemi em Poa.
Era de 23 de dezembro, lembro que fui a Porto Alegre e antes passei na casa da minha ex noiva, aproveitando pra desejar um feliz natal, visitar etc, que é testemunha que teria um encontro com alguém da internet. Minha ex, me encheu de conselhos e mandou ter cuidado, kkkk
Sai e me fui então ao Iguatemi.
Marcamos numa cafeteria, que ontem vi que não existe mais por lá, era no andar térreo bem no final onde geralmente era e será montado a casa do Papai Noel.
Estava eu lá, sentadinho quando a vi de longe. Realmente era como nas fotos, sem essa de fotos de 10, 15 anos atrás. tanto que dava pra reconhecer de longe.
Nos apresentamos, três beijinhos e começamos o bate papo.
Até então tudo bem, sem muitas surpresas, era a mesma mulher dos emails, msn etc...
Mas lá pelas tantas, ela começou a falar de sexo ai a coisa começou a esquentar!
Ainda indo devagar no assunto, ela ia que ia se abrindo a respeito do assunto e dizendo a cada nova linha, coisas que fariam "Joe "Buttman" Stagliano" ficar com a cara da cor da roupa do chapeuzinho vermelho...
Começou a me dar um fio na espinha e com o canto dos olhos comecei a procuras os "seguranças" do shopping para não perde-los de vista se a coisa ficasse russa.
Tentava sempre mudar um pouco o foco do assunto, mas não conseguia por 3, máximo 4 linhas de palavras e seus pontos finais, não mais que isso...
Foi então que ela lascou, uma "preferencia" e tara sexual sua...
Engoli em seco e apontando o dedo disse olha só aquilo lá!!!
Ela virou o rosto pra ver ao que eu apontara, e quando se virou de volta a mesa, tenho certeza de que ela não conseguiu mais me ver...
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Sady Baby Produções.
Em Lajeado, resolveu aparecer, "Sady Produções", que nada mais era do que uma apresentação, no antigo Cine Teatro Alvorada, de sexo explícito!
Na época, bem diferente de hoje em dia, foi uma loucura, bilheteria lotada, filas, vieram tarados de toda região, e claro que como novidade, não perderia tal oportunidade e lá fui comprar meu ingresso.
Um amigo resolveu ir junto e tudo certo para a apresentação na noite do dia seguinte.
A noite chegou, as filas, bem, aliás, bota bem diferente das tradicionais filas das sessões de cinema, obrigatórias de todos os domingos a noite, era realmente um acontecimento.
Na fila, das duas uma: ou turma bem descontraída ou pessoas no maior silêncio, pelos mais variados motivos com certeza, desde vergonha, medo de ser visto etc.
Meu amigo e eu, já dentro do cinema, era só esperar a "apresentação". Por via das dúvidas, levei o binóculo militar, antigo do meu avô, vai que desse vontade de ver a coisa mais de perto e que não houvesse "enganação" né? Paguei, quero nota!
Mas vi que na primeira fila, tinha umas poltronas sobrando e convidei meu amigo para trocarmos de lugar, ele não quis, deixei meu binóculo com ele e resolvi ir sozinho então.
Era uma poltrona bem no meio do palco, parece que "reservada" pelo Capeta e ali acabei me acomodando.
Apagam-se as luzes, no palco abrem-se as cortinas e aparece um cenário, que com certeza não poderia ser diferente, senão uma cama de casal dois bidês e um tapete vermelho, simples e direto ao assunto.
Entram os atores e de cara, aplausos a "atriz" com certeza uma mulher que não era de se jogar fora, dava com certeza um ótimo caldo.
Começa então a história e seu espetacular enredo, que era nada mais nada menos que uma mulher casada, sozinha em casa, um marido que não a tratava como deveria, deixava faltar as "coisas" em casa e bateu na porta um entregador de gás. Lógico que um cara, saradão, boa pinta e ela solitária e carente, abria seu coração, e mais tardes outras coisas também ao seu mais novo melhor amigo.
Começa então a ação, propriamente dita...
Festa e festa...rala e rola...aiii uiii que começavam baixinhos e logo iam aumentando de acordo com a "performa-se" do amante garanhão.
Lá pelas tantas da uma pausa...
Ela ouve um barulho e diz ser seu marido que estava chegando. O amante, sai correndo por um lado e ela vai de encontro a platéia e adivinhem no colo de quem ela sentou? Nua, totalmente nua??? Uma chance???
Sim, aquele mulherão, numa, já com alguns momentos de uso, estava ali, sentada na minha perna esquerda em agarrando o pescoço, afim de que eu, entrasse no "clima" da peça e a ajudasse na desculpa que teria que dar ao marido que não demorou muito entrou em cena.
Ele olhando a plateia veio, igualmente nu na minha direção... Cada passo que ele dava, não tinha essa de ficar "balançando" não, aquilo vinha como um míssil na minha direção, na verdade desconfio que tinha até fuso horário entro o começo e fim daquela coisa.
Ela continuava agarrada no meu pescoço e aproveitei a ajudar a moça tão carente a confortando com um braço na sua cintura.
Ele, marido, gritando:
- Amor!!! Amor!!! Onde tu estás??? To com saudades!!!
- Aqui amor, aqui, mais pra tua direita...
E ele vinha vindo na minha direção, a cada passo, o que acreditava ser descomunal, na verdade faria um jumento criar vergonha de ser jumento e ter tal fama...
Foi então que ele parou na minha frente, aquilo o tal e Kid Bengala, ator prono brazuca famoso, entregaria sua coroa de rei...
- Ahá!!! Tu ta aqui!!! Vem cá, quem é esse que ta contigo no teu colo?
Ela, virando-se pre mim perguntou;
- Teu nome amor?
- Ricardo.
- Esse é o Ricardo um amigo meu...
- A é? amigo, e tu pelada no colo dele??? O que tu acha que devo fazer contigo? me perguntou parado bem a minha frente e um cinema lotado olhando pra mim alem do canhão de luz.
Foi então que levantei os braços, como antigamente nos filmes de faroeste, quando o bandido se rendia e disse em alto e bom som:
- Olha o que tu vai fazer eu não sei, e nem faço ideia, mas por favor, aponta esse negócio pro outro lado, porque tu é capaz de machucar alguém com isso ai!!!
( Na foto o Sady Baby, de verdade, diretor e responsável por tal apresentação).
SADY PLAUTH
(54 anos)
Ator, Produtor, Diretor e Roteirista
* Erechim, RS (30/03/1954)
+ Chapecó, SC (16/08/2008)
Possui em seu currículo 28 produções do gênero, boa parte delas produzida no final da era da pornochanchada.
Em Novembro de 2005 chamou a atenção da mídia quando a paternidade de uma moça de 17 anos foi questionada entre ele e o cantor Ademir Rodrigues (mais conhecido como Ovelha), também popular no final da década de 80. Desde então, Sady tem feito aparições pontuais na mídia, em possível tentativa de autopromoção.
Voltou a filmar em 2008, depois de quase 20 anos longe das câmeras, tendo terminado dois filmes: "Tesão dos Crentes" e o polêmico "A Filha do Diretor", onde uma das atrizes era sua filha. Os filmes foram apreendidos pela Polícia Federal porque supostamente algumas atrizes eram menores de idade.
Supostamente se suicidou no dia 16 de agosto de 2008, saltando da ponte do Rio Uruguai. Porém seu corpo não foi encontrado.
(54 anos)
Ator, Produtor, Diretor e Roteirista
* Erechim, RS (30/03/1954)
+ Chapecó, SC (16/08/2008)
Possui em seu currículo 28 produções do gênero, boa parte delas produzida no final da era da pornochanchada.
Em Novembro de 2005 chamou a atenção da mídia quando a paternidade de uma moça de 17 anos foi questionada entre ele e o cantor Ademir Rodrigues (mais conhecido como Ovelha), também popular no final da década de 80. Desde então, Sady tem feito aparições pontuais na mídia, em possível tentativa de autopromoção.
Voltou a filmar em 2008, depois de quase 20 anos longe das câmeras, tendo terminado dois filmes: "Tesão dos Crentes" e o polêmico "A Filha do Diretor", onde uma das atrizes era sua filha. Os filmes foram apreendidos pela Polícia Federal porque supostamente algumas atrizes eram menores de idade.
Supostamente se suicidou no dia 16 de agosto de 2008, saltando da ponte do Rio Uruguai. Porém seu corpo não foi encontrado.
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