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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

HISTÓRIAS DE NATAL VI.


Esta aconteceu no Natal de 1996. Minha mãe havia falecido a poucos dias, no dia 9 de novembro, e mesmo que já meio que de "sobre aviso" nunca é assim uma coisa tão simples a gente perder alguém tão importante na vida da gente, afinal, mãe é mãe não é mesmo?
Então cada irmão resolveu meio que se reorganizar nas suas idéias ou até mesmo tentar assimilar um golpe tão duro como esse, ainda mais, como disse, tão próximo a uma data tão especial e sempre muito festejada e confraternizada na nossa família.
Então quando me dei conta, estava em casa, sozinho e sem saber onde ir e nem o que fazer.
Quando começou a anoitecer, liguei para mais irmãos, desejando um feliz natal, a alguns amigos e demais familiares desejando os mesmos votos de feliz Natal.
Isso feito, o que vou fazer?
Sai de casa e fui caminhando na ideia de ir então até o cemitério, dar um oi, ou fazer uma pequena visita e oração a minha mãe.
Chegando lá, o lugar estava praticamente vazio. Muitas flores, enfeites de Natal, faziam homenagens a várias pessoas queridas das mais diversas famílias já partidas.
Ali estava eu então, em frente onde minha mãe estava enterrada. A ficha mais uma vez começava a cair que muita coisa mudaria, outras nunca mais seriam as mesmas e que a sensação do "nunca mais", apertava meu coração.
Feita uma oração e de certa forma uma conversa com ele, acabei me deitando sobre sua sepultura e ali fiquei. Anoiteceu, as estrelas vieram a tomar conta daquela noite estrelada e acabei mais uma vez podendo viajar nos mais diferentes e diversos lugares de meu passado, de muitos momentos, bons ou ruins e mais uma vez tentar entender o significado desta coisa toda louca e incompreensível chamada vida. Seus mistérios, os porquês te tantas coisas, perguntas e mais preguntas ainda a mim sem respostas, porque, porque e porque?
Quase uma hora da manhã, os fogos que anunciavam o dia 25 já estavam aos poucos ficando para trás...
Levanto, olho ao meu redor, me emociono com várias pessoas queridas que ali estavam, ou melhor, não estavam mais e apenas pedi, naquele Natal, que um dia pudesse mais uma vez, a cada um deles ter oportunidade de mais um abraço e poder dizer que os amo e de como sinto saudade de cada um deles.


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