HISTÓRIAS DE NATAL VII.

Meu irmão passou este natal com a gente, 2012 e me lembrou de uma outra história de Natal que conto pra vocês.
Não lembro o ano, mas deve ter sido nos primeiro anos que estávamos morando aqui, já que este Natal, passamos nas dependências do meu avô, Victor, que tinha um lugar bem legal para esses encontros, e devo acreditar que junto estavam mais famílias de funcionários antigos, que eram tratados como pessoas da família.
Meu avô, sempre foi muito querido e super carinhoso com todos da família, mas em relação aos netos então, nossa, era mais ainda. Tinha uma certa dificuldade em demonstrar mais ainda o amor e carinho que ele tinha pela gente, mas compreensível, pq existia por parte dele, uma certa timidez nisso. Mas seu olhar, a maneira dele sempre falar com a gente, já dava pra sentir todo esse carinho.
Mas foi então que antes da gente começar os "rituais" da noite mágica, entrega de presentes e a mais famosa ceia do ano, ele chamou meu irmão Paulo e eu em particular, levando-nos até seu escritório, apenas nós três, sem falar nada.
Quando chegamos lá, ainda sem falar nada, pegou o telefone, e pediu, via telefonista, uma ligação a Ibirubá, onde lá morava meu pai, já que era separado da minha mãe.
Assim que completou a ligação, meu avô falou com meu pai, bateram um papo e depois de trocarem os votos de um bom Natal, passou o telefone para que nós dois pudéssemos conversar com nosso pai naquela noite de Natal.
Incrível mesmo esta percepção das coisas, do mundo a sua volta que meu avô tinha, por isso que sempre foi uma pessoa amada e muito querida por todas as pessoas que tiveram o prazer de conhecê-lo, foi maravilhoso, pois nos ajudou a aliviar aquele peso, ou angústia de em momentos assim estar afastado do nosso pai.
Voltamos para a festa com o coração mais leve e com o espírito de Natal muito mais presente naquela noite, e que eu possa ser a metade pro meu filho do que meu avô foi para mim ou qualquer um de seus netos.
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