Morávamos no bairro Navegantes e bem próximo existia a famosa loja: MARINHA MAGAZINE, na São Pedro.
Foi então que numa noite o grande evento da loja seria: A CHEGADA DO PAPAI NOEL, COM SEU TRENÓ, e que as crianças poderiam ter a oportunidade de dar uma volta com ele e tudo mais.
Não deu outra, meu irmão Paulo, e eu, começamos a encher o saco da mãe, para irmos e ter esta "oportunidade única"!
Minha mãe nunca foi muito chegada nessas coisas, mas topou mesmo assim. Com ela, meu avô, Victor, resolveu vir junto pra não deixar a mãe sozinha com dois capetas.
As horas não passavam até a noite...o tempo parecia ter parado, era uma eternidade...
Mas a noite chegou, com ela um calorão e nada disso tirava nossas expectativas de logo logo, ver o Papai Noel em carne e osso e seu trenó!
Cada quadra caminhada, era um passo a menos na direção deste sonho. As quadras pareciam ter aumentado de tamanho, mas estávamos quase chegando, era uma questão de metros...
Dobramos a esquina, da Presidente Roosevelt e São Pedro.... Não tinha uma fila apenas...era simplesmente "milhões" de crianças se aglomerando em uma enorme fila que não se via o final...
Minha mãe quase tentou ensaiar um "vamos embora, ou quem sabe outros dia", mas sem chance! Era hoje, era agora, Papai Noel e seu trenó estava ali, diante dos nossos olhos...
Depois de caminhar mais um montão, chegamos ao final da fila, e bota fila, uma fila de "respeito".
Assim ficamos horas vendo o Papai Noel indo e vindo, levando de 6, a 8 crianças por vez..mas a fila parecia não se mexer.
O passeio era tipo uma volta de 3 a 4 quadras em direção ao Rio Guaíba, quem conhece a rua que estou me referindo sabe, já que pro lado da fila, existe a Av. Farrapos e por lá não teria como.
O tempo ia passando, mas no sentido de ficar cada vez mais tarde e nada de chegar a nossa vez.
Era quase 10 horas da noite e nada..mas pelo menos dava pra começar a ver as crianças felizes em sua oportunidade de estarem ali andando de trenó com o Papai Noel.
Mais um tempão na fila, e nada de chegar a nossa vez, caraca, de onde saíram tantas crianças lá no 4 distrito???
Quase 11 horas da noite, agora já podíamos sentir o cheiro do cavalo, ouvir seus passos na calçada, era só esperar mais um pouquinho.
Umas três "levadas" de crianças antes da nossa vez, não iam mais de 6 a 8 crianças e e sim de 20 em 20. O cavalo já não aguentava mais um passo, sua língua mais parecia uma gravata vermelha, seu olhos estavam esbugalhados, o Papai Noel, já sem aquela carinha "simpática" e amigável, mais olhava pro relógio que ouvia os pedidos das crianças de o que elas queriam de natal.
As 4 ou 5 quadras, de passeio se transformaram em uma quadra que praticamente dava oma volta em circulo, até o primeiro retorno.
Chegou a nossa vez, meu irmão e eu fomos os primeiros da nova "leva" e por consequência, focamos sentados no chão do trenó, um monte de crianças por cima de nós e mais alguns.
Começa nossa volta de trenó, não vi nada pra fora, a não ser a BUNDA suada o Papai Noel e o rabo do cavalo balançando de um lado para o outro. Se olhasse pra cima, minha visão seria um monte de crianças espremidas em cima de mim, juro, nem o céu, nem a lua e as estrelas poderia ver.
Quando me dei conta, não deu tempo nem de sentir o peso das crianças assim como eu, em cima de mim, já tinha terminado o passeio.
No final, nem um tchau Papai Noel me deu, e muito menos tava afim de ouvir meu desejo de brinquedos para a noite de Natal.
No caminho de volta, foi a primeira vez que me passou pela cabeça de que Papai Noel de fato não existia!
Minha mãe nunca foi muito chegada nessas coisas, mas topou mesmo assim. Com ela, meu avô, Victor, resolveu vir junto pra não deixar a mãe sozinha com dois capetas.
As horas não passavam até a noite...o tempo parecia ter parado, era uma eternidade...
Mas a noite chegou, com ela um calorão e nada disso tirava nossas expectativas de logo logo, ver o Papai Noel em carne e osso e seu trenó!
Cada quadra caminhada, era um passo a menos na direção deste sonho. As quadras pareciam ter aumentado de tamanho, mas estávamos quase chegando, era uma questão de metros...
Dobramos a esquina, da Presidente Roosevelt e São Pedro.... Não tinha uma fila apenas...era simplesmente "milhões" de crianças se aglomerando em uma enorme fila que não se via o final...
Minha mãe quase tentou ensaiar um "vamos embora, ou quem sabe outros dia", mas sem chance! Era hoje, era agora, Papai Noel e seu trenó estava ali, diante dos nossos olhos...
Depois de caminhar mais um montão, chegamos ao final da fila, e bota fila, uma fila de "respeito".
Assim ficamos horas vendo o Papai Noel indo e vindo, levando de 6, a 8 crianças por vez..mas a fila parecia não se mexer.
O passeio era tipo uma volta de 3 a 4 quadras em direção ao Rio Guaíba, quem conhece a rua que estou me referindo sabe, já que pro lado da fila, existe a Av. Farrapos e por lá não teria como.
O tempo ia passando, mas no sentido de ficar cada vez mais tarde e nada de chegar a nossa vez.
Era quase 10 horas da noite e nada..mas pelo menos dava pra começar a ver as crianças felizes em sua oportunidade de estarem ali andando de trenó com o Papai Noel.
Mais um tempão na fila, e nada de chegar a nossa vez, caraca, de onde saíram tantas crianças lá no 4 distrito???
Quase 11 horas da noite, agora já podíamos sentir o cheiro do cavalo, ouvir seus passos na calçada, era só esperar mais um pouquinho.
Umas três "levadas" de crianças antes da nossa vez, não iam mais de 6 a 8 crianças e e sim de 20 em 20. O cavalo já não aguentava mais um passo, sua língua mais parecia uma gravata vermelha, seu olhos estavam esbugalhados, o Papai Noel, já sem aquela carinha "simpática" e amigável, mais olhava pro relógio que ouvia os pedidos das crianças de o que elas queriam de natal.
As 4 ou 5 quadras, de passeio se transformaram em uma quadra que praticamente dava oma volta em circulo, até o primeiro retorno.
Chegou a nossa vez, meu irmão e eu fomos os primeiros da nova "leva" e por consequência, focamos sentados no chão do trenó, um monte de crianças por cima de nós e mais alguns.
Começa nossa volta de trenó, não vi nada pra fora, a não ser a BUNDA suada o Papai Noel e o rabo do cavalo balançando de um lado para o outro. Se olhasse pra cima, minha visão seria um monte de crianças espremidas em cima de mim, juro, nem o céu, nem a lua e as estrelas poderia ver.
Quando me dei conta, não deu tempo nem de sentir o peso das crianças assim como eu, em cima de mim, já tinha terminado o passeio.
No final, nem um tchau Papai Noel me deu, e muito menos tava afim de ouvir meu desejo de brinquedos para a noite de Natal.
No caminho de volta, foi a primeira vez que me passou pela cabeça de que Papai Noel de fato não existia!
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