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sábado, 27 de outubro de 2012

Feliz aniversário Mãe.

Hoje seria mais um dia de comemorar o aniversário da minha mãe Leila. Na verdade foi muito antes do prazo combinado, apenas 59 anos, vitima do cigarro, ela e meu pai, diga se de passagem. Mas o que posso dizer dela hoje? Quando acordo e lembro desta data?
Poderia dizer muitas coisas a respeito da minha mãe, que foi querida, atenciosa, amiga, companheira aos domingos de assistirmos juntos sem perder um domingo, Silvio Santos, J. Silvestre, Flávio Cavalcanti, Encontro com os Ar
tistas, Bolinha, Praça da Alegria e por ai vai, adorava cinema e televisão, e quem sabe meu gosto por programas de auditório, tenha pegado este gosto com ela, uma vez que em programas de auditório ela conheceu meu pai, que tinha o dele na Rádio Farroupilha.
Podeira dizer que era de certa forma uma sonhadora, mas não daqueles sonhos mais de consumo, e sim, de ser artista, adorava colecionar fotos de atores e atrizes norte americanas, essas fotos muitas autografadas em seus álbuns, temos até hoje.
Mas o que quero aqui hoje falar dela, era mesmo sendo uma pessoa fechada, tímida e na sua, pelo fato de ter perdido duas filhas em seus braços, é que mesmo assim, tinha uma enorme capacidade e cativar as pessoas, das mais humildes e simples, como os lixeiros (aqui nenhuma denotação pejorativa por favor, mas não sei como se chamam hoje esses trabalhadores que recolhem o lixo nas nossas casas), ela tinha a capacidade de tirar um sorriso dessas pessoas e sempre, trocava com eles algumas palavras, isso era quase que diariamente. Um pedreiro na construção de uma obra ao lado de nossa casa, uma caixa de supermercado, um pedinte na rua. Sim, ela sempre mais contida, atraia essas pessoas a umas trocas de palavras, gentilezas e sempre acabavam falando de como estava seus dias respectivamente. Assim era ao ser atendida numa mesa de restaurante, o garçom parecia que já a conhecia de muito tempo, o padeiro, o verdureiro e até o médico, o grande comerciante e assim por diante.
Sempre tinha essa coisa de atrair as pessoas e eles se sentiam bem com minha mãe.
Um dia, muito tempo depois que ela faleceu, fui a Ibirubá, cidade em que ela morou por muito tempo e estava eu tirando algumas fotografias da cidade, tinha um desfile dos 50 anos de emancipação, daí uma senhora se aproximou de mim e perguntou:
Tu não és daqui né? Respondi que infelizmente não, amaria ser nascido nesta terra, mas que tinha laços de amor profundos pro esta cidade. Perguntou então de quem era filho, e respondi de Leila Thomé e Ricardo Hoeper, da rádio. Ele me disse com um sorriso no rosto:
Sério? És filho da Leila? Como ela está? Infelizmente faleceu...
Olha, fui colega de colégio dela, e nunca esqueci, era uma mulher muito bonita, sempre admirava a beleza dela, sem falar na simpatia com as pessoas...que pena...Leila... saudades dela...
Fiquei feliz, mais uma vez minha mãe marcou por onde passou e que pessoas ainda que muitos anos depois lembravam dela...
Beijo Mammys, feliz aniversário e te vejo mais tarde.

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