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domingo, 28 de outubro de 2012

A Morena fatal...


Esta semana escrevi sobre a "Loira Fatal", mas teve também uma morena, igualmente "fatal" que compartilho com vocês.
Estava em Porto Alegra na época, e fui convidado a ir numa festa, não curto e muita raramente vou a festas, a não ser aquelas que sou obrigado a ir. Começa pelo fato de não gostar de me arrumar, sabe? colocar roupas que não tem nada a ver comigo, minha manira de ser, vestir em resumo, não me sinto bem, muito menos a vontade.
Mas sei lá porque cargas d'água acabei indo.
Lá cheguei e conhecia apenas um ou dois, que foram os responsáveis pelo convite da bendita festa.
Bom já que estava lá, tentei então, a minha maneira entrar no clima.
Musica legal ao fundo, comes e bebes, comi coisas me tidas a "frescuretes" que até hoje não faço a minima ideia do que comi.
Meus amigos não podiam dar de babá comigo, afinal estavam acompanhados e eu jé era bem grandinho para me virar sozinho, ainda mais numa festa.
Estava na época com uns 25, 26 anos, e logo percebi uma morena, lá no canto do enorme ambiente em que a festa rolava.
De cara percebi que ela em encarava direto, diferente da loira fatal.
Ela deveria ter uns 50 anos, olhos castanhos claros, pele bronzeada, cor quase que de canela, mostrando entre o vestido, ser uma pele muito bem cuidada, aveludada como a gente costuma dizer.
Tentei não fixar muito o olhar, porque me conheço, de longe até sou valente, hoje muito mais quando se trata de "virtualmente".
Por um minuto perdi ela de vista. Olhei para o último lado em que a tinha visto, quando acompanhado de um perfume maravilhoso uma voz pra lá se sensual:
- Oi, tudo bem?
- Tu tu do...
- Não vem muito por aqui né?
- Na na ver er da da de não, é é é raro mes mesmo vir em festas, a a a ainda mais sa sa bados a noite.
= Logo vi que não era daqui, nunca tinha te visto...
- Po po pois é...
E assim começou um papo legal, na verdade hoje percebo que era na verdade mais uma entrevista que uma troca de informações, um bate papo.
E assim foi, a festa continuava rolando e acabamos ficando conversando. O lado ruim, quando se está com uma mulher que a gente não conhece, não dá pra encher o bucho, como costumeiramente faço nas festas em que vou. Tive que então, comer de forma mais "sociável e educada", aproveitar a festa e não tirar a diferença do preço na comilança.
As horas se passaram e era chegada a hora de ir embora, as pessoas estavam "rareando" e não queria ficar para lavar ou recolher a louça.
- Bo bom, vou nes nessa...
- Ta de carro?
- N n n não, vou de ônibus mes mesmo...
- Bem capaz, vem comigo que te levo, sem stress...
- N n na não...eu me me viro...
- Deixa de ser bobo, vamos, também to indo pra casa...
Não tive mais como sair fora.
Fomos até o estacionamento, e ela estava num Versailles, azul marinho escuro.
Entramos no carro e ela perguntou:
- Onde tu mora?
- Rua tal...
- Jura? Moro umas 8 quadras de onde moras, legal.
Pegamos o rumo e ela estava me levando pra minha casa, então eu disse:
- N n n não va va vai me de deixar em em casa né?
- Como assim não vou?
- B b bem capaz q q que vou de deixar tu ir so so sozinha pra casa a es esta hora!
- Muita gentileza sua, mas vou te largar em casa!
- Po po por fa fa favor, não me mesmo...insisti e ela acabou aceitando minha vontade.
Quando chegamos na frente do prédio em que ela morava, ela logo apertou o botão do controle remoto da garagem!
Gritei;
- Pe pe peraí!!! Me me me me me deixa na calçada!!!!
- Não, vamos subir tomar um café!!??
- Na na na não pos pos posso!!!
- Porque não? só um café?
Um suor frio corria da minha testa até meu calcanhar! Me coração disparava mais que um cavalo em cancha reta, a essas alturas eu já estava com a mão na maçaneta, se não parasse aquele carro eu pularia fora!
- Ricardo, um café?
- Na na na não... o o o outra ho ho hora pro pro prometo...
- Jura?
- Sim, jurei, acredito que não tenha cruzado apenas as minhas orelhas, pq as mesmas focavam visíveis aos olhos daquela mulher pra lá de sedutora, poderosa, daquelas que são independentes, seguras de si, sabem o que querem alem é claro de morar numa big de uma cobertura num dos bairros mais chiques de Porto Alegre.
Ela concordou em deixar eu abrir a porta, dei um tchau mais rápido que um êxtase de coelho, saindo quase me estrangulando no sinto de segurança do luxuoso carro.
Sai, dei uns 20 passos, e como no filme Expresso da Meia Noite, quando ela entrou na garagem do prédio, sai correndo,e na primeira esquina dei exatamente o mesmo pulo em que o ator do filme faz quando consegue fugir da prisão...
Confesso que na minha mente, as batidas do coração, como no filme e a musica da fuga, soaram em alto e bom som na minha mente....

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