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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sady Baby Produções.




Em Lajeado, resolveu aparecer, "Sady Produções", que nada mais era do que uma apresentação, no antigo Cine Teatro Alvorada, de sexo explícito!
Na época, bem diferente de hoje em dia, foi uma loucura, bilheteria lotada, filas, vieram tarados de toda região, e claro que como novidade, não perderia tal oportunidade e lá fui comprar meu ingresso.
Um amigo resolveu ir junto e tudo certo para a apresentação na noite do dia seguinte.
A noite chegou, as filas, bem, aliás, bota bem diferente das tradicionais filas das sessões de cinema, obrigatórias de todos os domingos a noite, era realmente um acontecimento.
Na fila, das duas uma: ou turma bem descontraída ou pessoas no maior silêncio, pelos mais variados motivos com certeza, desde vergonha, medo de ser visto etc.
Meu amigo e eu, já dentro do cinema, era só esperar a "apresentação". Por via das dúvidas, levei o binóculo militar, antigo do meu avô, vai que desse vontade de ver a coisa mais de perto e que não houvesse "enganação" né? Paguei, quero nota!
Mas vi que na primeira fila, tinha umas poltronas sobrando e convidei meu amigo para trocarmos de lugar, ele não quis, deixei meu binóculo com ele e resolvi ir sozinho então.
Era uma poltrona bem no meio do palco, parece que "reservada" pelo Capeta e ali acabei me acomodando.
Apagam-se as luzes, no palco abrem-se as cortinas e aparece um cenário, que com certeza não poderia ser diferente, senão uma cama de casal  dois bidês e um tapete vermelho, simples e direto ao assunto.
Entram os atores e de cara, aplausos a "atriz" com certeza uma mulher que não era de se jogar fora, dava com certeza um ótimo caldo.
Começa então a história e seu espetacular enredo, que era nada mais nada menos que uma mulher casada, sozinha em casa, um marido que não a tratava como deveria, deixava faltar as "coisas" em casa e bateu na porta um entregador de gás. Lógico que um cara, saradão, boa pinta e ela solitária e carente, abria seu coração, e mais tardes outras coisas também ao seu mais novo melhor amigo.
Começa então a ação, propriamente dita...
Festa e festa...rala e rola...aiii uiii que começavam baixinhos e logo iam aumentando de acordo com a "performa-se" do amante garanhão.
Lá pelas tantas da uma pausa...
Ela ouve um barulho e diz ser seu marido que estava chegando. O amante, sai correndo por um lado e ela vai de encontro a platéia e adivinhem no colo de quem ela sentou? Nua, totalmente nua??? Uma chance???
Sim, aquele mulherão, numa, já com alguns momentos de uso, estava ali, sentada na minha perna esquerda em agarrando o pescoço, afim de que eu, entrasse no "clima" da peça e a ajudasse na desculpa que teria que dar ao marido que não demorou muito entrou em cena.
Ele olhando a plateia veio, igualmente nu na minha direção... Cada passo que ele dava, não tinha essa de ficar "balançando" não, aquilo vinha como um míssil na minha direção, na verdade desconfio que tinha até fuso horário entro o começo e fim daquela coisa.
Ela continuava agarrada no meu pescoço e aproveitei a ajudar a moça tão carente a confortando com um braço na sua  cintura.
Ele, marido, gritando:
- Amor!!! Amor!!! Onde tu estás??? To com saudades!!!
- Aqui amor, aqui, mais pra tua direita...
E ele vinha vindo na minha direção, a cada passo, o que acreditava ser descomunal, na verdade faria um jumento criar vergonha de ser jumento e ter tal fama...
Foi então que ele parou na minha frente, aquilo o tal e Kid Bengala, ator prono brazuca famoso, entregaria sua coroa de rei...
- Ahá!!! Tu ta aqui!!! Vem cá, quem é esse que ta contigo no teu colo?
Ela, virando-se pre mim perguntou;
- Teu nome amor?
- Ricardo.
- Esse é o Ricardo um amigo meu...
- A é? amigo, e tu pelada no colo dele??? O que tu acha que devo fazer contigo? me perguntou parado bem a minha frente e um cinema lotado olhando pra mim alem do canhão de luz.
Foi então que levantei os braços, como antigamente nos filmes de faroeste, quando o bandido se rendia e disse em alto e bom som:
- Olha o que tu vai fazer eu não sei, e nem faço ideia, mas por favor, aponta esse negócio pro outro lado, porque tu é capaz de machucar alguém com isso ai!!!

( Na foto o Sady Baby, de verdade, diretor e responsável por tal apresentação).

SADY PLAUTH
(54 anos)
Ator, Produtor, Diretor e Roteirista

* Erechim, RS (30/03/1954)

+ Chapecó, SC (16/08/2008)

Possui em seu currículo 28 produções do gênero, boa parte delas produzida no final da era da pornochanchada.

Em Novembro de 2005 chamou a atenção da mídia quando a paternidade de uma moça de 17 anos foi questionada entre ele e o cantor Ademir Rodrigues (mais conhecido como Ovelha), também popular no final da década de 80. Desde então, Sady tem feito aparições pontuais na mídia, em possível tentativa de autopromoção.

Voltou a filmar em 2008, depois de quase 20 anos longe das câmeras, tendo terminado dois filmes: "Tesão dos Crentes" e o polêmico "A Filha do Diretor", onde uma das atrizes era sua filha. Os filmes foram apreendidos pela Polícia Federal porque supostamente algumas atrizes eram menores de idade.

Supostamente se suicidou no dia 16 de agosto de 2008, saltando da ponte do Rio Uruguai. Porém seu corpo não foi encontrado.






Não existe idade que pode nos separar de nossos sonhos.


Teve uma época que entrei em tudo que foi site de "namoro". Não tinha um em que não tinha meu perfil que eu não conhecesse.
Fiz perfis tanto aqui nos do Brasil, como até em outros lugares do mundo. Foi um tempo legal, pude trocar idéias e papos bem legais, algumas amizades mantenho até hoje e outras não que tenham terminado, simplesmente cada um tomou seu rumo, quase sempre pela distancia que nos separava.
Mas num desdes sites, aconteceu uma coisa no mínimo interessante.
Na madrugada navegando por um desses sites, encontrei a mãe de um amigo. Posso garantir a vocês que era uma mulher muito elegante, de uma sensualidade cativante, justamente pela maneira discreta em que ela sempre se portava quando visitava este amigo.
Era uma mulher loira, cabelos curtos, mãe de um casal de filhos, ele no caso meu amigo e mais a irmã menor.
Confesso que ao ler seu "depoimento" e na maneira como se descrevia no site, descobri uma mulher, ansiosa e na busca de seus sonhos, seus desejos, de um grande amor, já que a vida, com seu marido, quis o destino que assim não fossem "felizes para sempre".
Li atentamente cada palavra, a maneira de como ela se declarava, fiquei encantado com aquela mulher. Consegui extrair ela, da condição de mãe do meu amigo, de dona de casa, responsável por tantas coisas que faziam parte de seu cotidiano.
Depois que ler, ver suas fotos ali colocadas, percebi, que neste site, cada pessoa que visitava o perfil de outra, dava ao dono do perfil um relatório de quem, das pessoas que viram seu perfil.
por consequência ela então ao entrar no site, saberia que tinha visto, lido seu perfil visto suas fotografias.
Passados uns dias, ao entrar no site, vi que realmente ela tinha visitado meu perfil. Assim como eu, tinha lido de minhas buscas, meus desejos da mulher ao qual estaria eu a procura. Existe uma parte em que a gente escreve livremente de como somos, o que queremos, nos descrevemos na verdade, e como procuro ser na maioria das vezes, escrevo sempre o que sinto e penso.
Na próxima visita que fiz ao meu amigo, ela estava lá. Nos olhamos sem dizer uma palavra, mas com certeza pude sentir nos seus olhos quem sabe o que ela igualmente tenha visto nos meus:
Não era apenas uma mãe, dona de casa, e sim muito mais do que isso, uma mulher, jovem, cheia de sonhos, vida, cheia de desejos como qualquer outra mulher.
Quem sabe ela tenha então visto em mim, não mais apenas um jovem, amigo do seu filho, e sim, um homem, que procura o que na verdade todos nós, cada um a sua maneira procura, um amor, um alguém, e nessa procura quem sabe um dia tornrmos uma pessoa só.

domingo, 28 de outubro de 2012

Pai.

Pai.
Não tenho lá assim tantas coisas a te dizer que não tenha dito enquanto estivemos juntos. Claro, se fosse possível, gostaria ter ter tido mais tempo pra bater aqueles papos até altas madrugadas, nem sempre a gente concordando, mas sempre que possível, junto de ótimas gargalhadas, alias, me fazer rir daquele jeito, só tu mesmo.
Mas seria injusto de minha parte de eu, por mim, quisesse ter a tu
a companhia por mais tempo, uma vez que tua saúde, super debilitada, te dava mais dor do que prazer e alegria de viver.
Sim, claro, que gostaria de ter te dado a oportunidade de conhecer teu neto, sim, tive um filho kkkk, Hoeper legítimo, kkk, mas tenho certeza mais que absoluta de que onde estiver, sabes e conheces muito bem teu neto.
Não, acho que não deixamos assuntos pendentes não. Sempre que a gente se encontrava, colocávamos todos em dia e ainda sobrava pra deixar muitos outros alinhavados para uma próxima.
Foi legal, curto demais talvez, poderia ter ficado mais um tempinho, afinal foi muito jovem para os dias de hoje...e não é que aquele cigarro fez mal mesmo??? kkk
Meu amigo, meu velho, meu confidente, meu pai, um grande e forte abraço, espiritual, coisas que adorava me dizer e tentar fazer entender o "além", então estas sim abraçado em mais este dia dos Pais que não estevas de corpo por aqui.
Saudades sim, tristeza, nenhum pouco, só tu pra conseguir transmitir este sentimento na gente e ainda nos fazer rir de coisas tuas até hoje entre nós irmãos.
Tu foi o cara, é o cara, e que bom que sendo tudo isso, foi meu Pai!
beijo carinhoso, como sempre te dei e recebi até teus últimos dias...
te amo, sempre.
Até logo mais.

A Morena fatal...


Esta semana escrevi sobre a "Loira Fatal", mas teve também uma morena, igualmente "fatal" que compartilho com vocês.
Estava em Porto Alegra na época, e fui convidado a ir numa festa, não curto e muita raramente vou a festas, a não ser aquelas que sou obrigado a ir. Começa pelo fato de não gostar de me arrumar, sabe? colocar roupas que não tem nada a ver comigo, minha manira de ser, vestir em resumo, não me sinto bem, muito menos a vontade.
Mas sei lá porque cargas d'água acabei indo.
Lá cheguei e conhecia apenas um ou dois, que foram os responsáveis pelo convite da bendita festa.
Bom já que estava lá, tentei então, a minha maneira entrar no clima.
Musica legal ao fundo, comes e bebes, comi coisas me tidas a "frescuretes" que até hoje não faço a minima ideia do que comi.
Meus amigos não podiam dar de babá comigo, afinal estavam acompanhados e eu jé era bem grandinho para me virar sozinho, ainda mais numa festa.
Estava na época com uns 25, 26 anos, e logo percebi uma morena, lá no canto do enorme ambiente em que a festa rolava.
De cara percebi que ela em encarava direto, diferente da loira fatal.
Ela deveria ter uns 50 anos, olhos castanhos claros, pele bronzeada, cor quase que de canela, mostrando entre o vestido, ser uma pele muito bem cuidada, aveludada como a gente costuma dizer.
Tentei não fixar muito o olhar, porque me conheço, de longe até sou valente, hoje muito mais quando se trata de "virtualmente".
Por um minuto perdi ela de vista. Olhei para o último lado em que a tinha visto, quando acompanhado de um perfume maravilhoso uma voz pra lá se sensual:
- Oi, tudo bem?
- Tu tu do...
- Não vem muito por aqui né?
- Na na ver er da da de não, é é é raro mes mesmo vir em festas, a a a ainda mais sa sa bados a noite.
= Logo vi que não era daqui, nunca tinha te visto...
- Po po pois é...
E assim começou um papo legal, na verdade hoje percebo que era na verdade mais uma entrevista que uma troca de informações, um bate papo.
E assim foi, a festa continuava rolando e acabamos ficando conversando. O lado ruim, quando se está com uma mulher que a gente não conhece, não dá pra encher o bucho, como costumeiramente faço nas festas em que vou. Tive que então, comer de forma mais "sociável e educada", aproveitar a festa e não tirar a diferença do preço na comilança.
As horas se passaram e era chegada a hora de ir embora, as pessoas estavam "rareando" e não queria ficar para lavar ou recolher a louça.
- Bo bom, vou nes nessa...
- Ta de carro?
- N n n não, vou de ônibus mes mesmo...
- Bem capaz, vem comigo que te levo, sem stress...
- N n na não...eu me me viro...
- Deixa de ser bobo, vamos, também to indo pra casa...
Não tive mais como sair fora.
Fomos até o estacionamento, e ela estava num Versailles, azul marinho escuro.
Entramos no carro e ela perguntou:
- Onde tu mora?
- Rua tal...
- Jura? Moro umas 8 quadras de onde moras, legal.
Pegamos o rumo e ela estava me levando pra minha casa, então eu disse:
- N n n não va va vai me de deixar em em casa né?
- Como assim não vou?
- B b bem capaz q q que vou de deixar tu ir so so sozinha pra casa a es esta hora!
- Muita gentileza sua, mas vou te largar em casa!
- Po po por fa fa favor, não me mesmo...insisti e ela acabou aceitando minha vontade.
Quando chegamos na frente do prédio em que ela morava, ela logo apertou o botão do controle remoto da garagem!
Gritei;
- Pe pe peraí!!! Me me me me me deixa na calçada!!!!
- Não, vamos subir tomar um café!!??
- Na na na não pos pos posso!!!
- Porque não? só um café?
Um suor frio corria da minha testa até meu calcanhar! Me coração disparava mais que um cavalo em cancha reta, a essas alturas eu já estava com a mão na maçaneta, se não parasse aquele carro eu pularia fora!
- Ricardo, um café?
- Na na na não... o o o outra ho ho hora pro pro prometo...
- Jura?
- Sim, jurei, acredito que não tenha cruzado apenas as minhas orelhas, pq as mesmas focavam visíveis aos olhos daquela mulher pra lá de sedutora, poderosa, daquelas que são independentes, seguras de si, sabem o que querem alem é claro de morar numa big de uma cobertura num dos bairros mais chiques de Porto Alegre.
Ela concordou em deixar eu abrir a porta, dei um tchau mais rápido que um êxtase de coelho, saindo quase me estrangulando no sinto de segurança do luxuoso carro.
Sai, dei uns 20 passos, e como no filme Expresso da Meia Noite, quando ela entrou na garagem do prédio, sai correndo,e na primeira esquina dei exatamente o mesmo pulo em que o ator do filme faz quando consegue fugir da prisão...
Confesso que na minha mente, as batidas do coração, como no filme e a musica da fuga, soaram em alto e bom som na minha mente....

Tudo pelo segundo grau!


Estava terminado o terceiro ano do segundo grau! Na verdade não aguentava mais ir ao colégio, tinha passado mais tempo lá do que fora dele. Rodei mais de 7 vezes e não aguentava mais, e terminar o "segundo grau" tinha se tornado uma questão de honra!
Mas era chagado o último bimestre. Todas as matérias estevam quase que na mão, mas BIOLOGIA tava me complicando a coisa, e não tava afim de repetir mais um ano por uma matéria, e em pensar que hoje, existem "intelectuais no assunto, doutores e entendidos" que pregam que a criança não deve rodar!!! Tenha a Santa Paciência né??? Não que ficaria magoado e tristinho se fosse comigo, mas fala sério!
Mas na Biologia em sia, não era assim o maior problema, Na verdade o professor, era daqueles que, como vou explicar, dava uma coisa em aula e na prova, era capaz de perguntar qualquer coisa saca? Afinal dava as aulas até que legal, mas na prova iria cair da página 80 a 378, tipo assim.
Estava com um cutuco que iria levar ferro!
Ai lembrei que ele era apaixonado por uma colega, tarado por ele na verdade, que tinha um peitões muito antes da moda do silicone.
Quando ele entrou, começou a preparar o clima para a fatídica prova.
Claro que junto ao meu pavor, não tinha estudado merda nenhuma, na verdade não tive tempo....
Ai falei em voz alta, afim de arrumar um "coro" pedindo que a prova fosse feita em dupla ou com pesquisa!
- Não seu Ricardo, o senhor deveria ter estudado, se preparado e não ter deixado para conseguir média no último bimestre.
Eu tava ferrado.
Olhei antão por lado, para a Clara, e disse a ela:
- Vem cá, vem comigo até o corredor, preciso falar contigo.
Pedimos licença e saímos da sala...
Lá fora fui direto ao assunto:
- Seguinte Clarinha, o professor é taradão por ti, vai ter que me quebrar essa, com licença...
Abri a blusa dela, e ela:
- Ta maluco? Bebeu?
- Não, vai no banheiro e tira o sutiã!
- Pra que?
- Vai, tira lá, que vou resolver nosso problema.
Ela foi, voltando com uma camisa de botão, lembro até hoje, dessas tipo cowboys americanos, flanela.
Pedi licença, e abri mais um botão, Podia ver os enormes peitos dela e quase pedi ela em casamento ali no corredor, mas não tinha tempo.
- Agora tu vai lá e se debruça na mesa do professor e pede dengosa pra ele fazer em dupla, olha bem nos olhos dele, fala devagar, voz baixinha, como se quisesse fazer um a espécie de pacto, secreto.  Conheço esse tipo de homem, ela vai pensar que estaria fazendo este favor só pra ti, criando uma cumplicidade pecaminosa, já que a esposa dele é um dragão de tão feia, deixa ele sonhar pelo menos por uma noite que vocês tem uma história... deixa rolar um clima.
Ela igualmente não estava lá essas coisas na matéria e topou.
- Vai dar certo Ricardo?
- O que? Quer saber mais de homem do que eu? Aposto uma coca-cola.
Assim foi, voltamos a sala, fui pro meu lugar, sempre lá na turma do fundão, até pq sempre fui dos mais velhos na sala.
Vi quando ela se debruçou sobre a mesa, a visão dela pro trás já era um sonho que valaria qq um do céu ao inferno num voo direto sem escala no purgatório.
Vi, os olhos dele brilhavam, e quando ele estava excitado com ele, sei que a voz dele mudava e ele abria e fachava os dedinhos da mão de forma descontrolada, como quem quisesse agarra-la sem ter a necessária coragem para tanto...
Foi então que ele levantou-se de sia mesa e em alto e bom tom:
- Pessoal, assim ó, foram legais durante o ano que "eu" resolvi deixar vocês fazerem esta última prova "em dupla e com pequisa"!!!
Claro que não fiz a prova com a Clara, não queria logo ser o responsável por tira-la de seus mais secretos mas nem por isso imperceptíveis desejos por ela.

Da série, ser gago é no mínimo hilário.


Vinha eu, recém chegado de Porto Alegre, para uma, mais uma cidade nova, Lajeado, onde teria que começar tudo novamente, amizades com vizinhos, escolas e quem sabe uma namoradinha, já que na última escola, em Porto Alegre, tinha, quem sabe deixado meu "grande amor" de infância, conto uma pequena, mas marcante historinha que passei com ela, duas na verdade.
Achei ela aqui no FB, mandei uma mensagem pra ela, dizendo que estava infinitamente feliz de tê-la encontrado e ter assim podido saber um pouco dela pelo que li no perfil e muito tempo antes, quando "a pesquisava" no Google.
Mas não tive resposta, nem de uma ou duas letras...nada.
Tudo bem, faz parte, as pessoas mudam, aliás, sempre muitas coisas mudam, sejam sentimentos, prioridades, medos, sonhos e claro, nossa aparência.
Mas então estava eu aqui, em Lajeado, mais uma vez para recomeçar do zero. Minha família resolveu trazer os negócios, empesa familiar para cá. Uma cidade mais tranquila e de mais oportunidades empresariais, e de qualidade de vida.
Lá estava eu, novamente um estranho no ninho, tendo que conquistar as amizades novamente.
E assim foi feito. Logo de cara conheci pessoas especiais, tanto que até hoje, destes primeiros, são amigos até os dias atuais.
Compartilhamos coisas boas juntos, compartilhamos perdas, seja de nossos pais, amigos em comum e tudo que faz parte da vida, da nossa existência pelas bandas deste mundão de Deus.
Em determinada época, estava na "moda" o "adivinha quem é"? Que nada mais era que ir por trás, geralmente da menina em que a gente estava tentando se aproximar, chamar atenção e de certo modo ser "notado".
Era a desculpa perfeita para poder "tocar" na mulher que invadia nossos sonhos, nossa imaginação de quem sabe um namoro que pudesse durar uma eternidade como num conto de fadas, e juntos sermos felizes para sempre...
Bem diferente de hoje, pelo menos eu, sempre imaginei que casaria com a primeira namorada. Nunca me passava pela cabeça de que seria possível namorar mais de uma até o casamento.
Certa manha, de sol, em plena primavera, cheiro de flores no ar, tudo parecendo mais leve, mais feliz, uma época ideal para se conquistar a mulher amada, eis que vejo ela, a colega da outra sala, a mulher dos meus sonhos, a mãe dos meus filhos, do nossos filhos. Ela estava lá, linda, vestida de uniforme da escola, poderia até ser igual a roupa de todas as outras meninas, mas não era, no corpo dela, junto de seu belo e lindo sorriso não era igual não, era como se a melhor grife, do melhor estilista do mundo que a presenteava com meu melhor modelo.
Hora do recreio, o sol brilhava sobre seus cachos dourados, como se ela fosse o reflexo mais lindo do brilho do sol.
Ela estava ali, a poucos metros da minha frente...
Fui contagiado pelo clima, pelo sol, pelo cheiro das flores, e uma enorme coragem me incendiou o corpo num todos, me fazendo levantar de onde estava e por trás dela ir em sua direção.
A cada passo de aproximação, sentia seu perfume invadir meu nariz, perfume esse contagiando meu corpo todo, como num convite para que deixasse minha vergonha e timidez de lado e sem medos e pudores me declarasse todo meus mais secretos e verdadeiros sentimentos de infinita admiração fossem liberados e entregues a ela por completo, sem mais precisar guardá-los só pra mim.
Mais uns passos, estava quase ao alcance de meus braços trêmulos.
Não tinha mais como recuar, ou era chegada a hora ou jamais teria tal oportunidade novamente.
A menos de um metro dela, meus braços a abraçam, minhas mãos cobrem-lhe os olhos....meu coração dispara...iria eu enfartar? ali, na frente de minha maior paixão?
- A a a a a a a a a a aaaaaaaaa di di di di di di di di di vi vi vi nha que que quem é???

Boca fechada não entra mosca, já dizia minha avó.


Todos sabem que sou apaixonado por bar, barecos, budegas e botecos. Gosto é do clima, quanto mais antigo melhor.
Gosto daqueles que dão a impressão ou que pararam no tempo, ou que simplesmente ao entrar, voltamos literalmente no tempo.
Sim, bares onde o bodegueiro usa caneta bic atrás da orelha, tem propagandas antigas, as de cerveja com cartazes mostrando belas mulheres e o preço escrito a mão, nem sempre com traços assim tão precisos.
Botecos em que se ouve o barulho quase que ensurdecedor da velha geladeira que a portas são parecidas como as de caixas fortes, tipo cofre mesmo e que quase sempre não fecham na primeira tentativa, coisa essa que o próprio já está careca de saber que ela não iria fechar mesmo de primeira e que nada de mandar chamar alguém para ver se pode dar um jeito nisso.
Bareco em que as opções culinárias sejam verdadeiramente para pessoas de estomago forte, que adoram arriscar a vida e que se sobreviver a isso, com certeza irá por consequência voltar, mas pensará mais de uma vez se repetirá aquele pastel, que faria qualquer leão, o Rei da Selva mudar de hábitos alimentares e tornar-se um vegetariano ferrenho.
Então num bar destes estava eu, já conhecia o dono do estabelecimento, e sentei-me a mesa.
Logo mais ao fundo, tinha um senhor, digamos que já passados dos 65 anos. Logo que entrei, ele fixou o olhar em mim, e não tirou mais o olhar sobre o cara aqui. Tentava disfarçar e quando voltava a olhar o tiozinho, lá estava ele, com seu olhar fixo em mim. Estava quieto, tomando uma cerveja.
Já começo a ficar nervoso com essas coisas, quando alguém me encara, principalmente se for homem, tenho verdadeiro pânico na verdade.
O atendente nada de vir até minha mesa me servir.
O tempo parecia durar uma eternidade, o tio firme com olhar fixo em mim, como se fosse um predador afim que calcular, estudar sua presa, seus movimentos e esperando um melhor momento para "atacar"!
Não tinha ideia de que ou de qual ataque eu pudesse ser a vítima.
Eu já não tinha mais como fazer, e pior, ele com certeza tinha percebido que eu estava "vulnerável", estava totalmente desnorteado, desorientado e não tinha mais como sair daquela situação sem um fato novo.
Então o dono apareceu na minha mesa, eu estava salvo, não estava mais sozinho, tinha alguém comigo, agora eu estava "grandão", pensei:
"Vem, quero ver agora que to aqui com meu amigo"!!!
- E ai Ricardo, tudo bem?
- Tudo, tudo beleza, vem cá, discretamente, me diz uma coisa, ta vendo aquele tio lá no fundo do bar?
- Sim, to.
- Ele não para de me encarar desde que entrei aqui, não tira os olhos de mim,  é gay né?
- Se é não sei, é meu tio, veio me visitar...
- Me dá uma coca-cola....

sábado, 27 de outubro de 2012

Ser gago não é mole não.


Meus amigos sabem que sou gago.
Sim sou gago, melhorei muito com uma dica que meu pai sempre me dava quando as palavras teimavam em não querer sair:
- Meu filho, tu pensa mais rápido do que a tua língua tem capacidade de se articular, então, calma, tenta manter a calma e não queria falar tudo de imediato, vai aos poucos que vais perceber que a coisa vai melhorando.
E assim tenho tentando me manter, mas existem casos para o meu tipo de gagueira, que em determinadas situação não tem como, a gagueira é inevitável.
Por exemplo: Telefone: Se eu ligar pra quem quer que seja, não sai nada, uma palavra sem gaguejar, ainda mais de celular que meu é de cartão e nunca tenho crédito, então sem essa de falar devagar!!! Hahahahaha. Agora quando recebo uma ligação é bem mais fácil pq assim me encontro da "defensiva" tendo que responder mais que perguntar ai fica bem mai fácil.
Quando to nervoso ou atacado, bom ai não sai nada mesmo, muitas vezes até desito de falar.
Então, imaginem a quantidade de momentos que passei, desde os mais engraçados até os mais complicados, por uma séride fatores. Então vamos lá, vou contar uma das centenas de situações de eu e minha gagueira.
Tive uma colega de aula, que era na verdade aquela menina "inatingível" para um cara como eu, sabe, areia mesmo demais por meu caminhãozinho, nem, fazendo duas viagens daria certo.
Mas passado um tempo, comecei tentando conquistar sua amizade, deixando bem claro que apenas ela, ter a tenção dela já estava muito bom, ne verdade maravilhoso pra mim.
O nome dela é Adriana. Ai entra outra particularidade de minha gagueira. Nomes ou frases com duas vogais juntas, por exemplo: O ônibus passa aqui? Entenderam? Dois ós juntos pra falar é um porre!
Então estava eu começando timidamente ter a amizade e atenção da Adriana, e tudo corria bem.
Mas então depois de mais de 10 anos, recebemos um telefone, sim, aqui no RS um telefone levava quase 10 anos pra gente conseguir. Lembro que foi uma festa em casa, uma emoção do tamanho quem sabe da pisada do primeiro homem a lua!!!
Então agora com esta maravilha dos tempos modernos, seria ótimo poder conversar com ela, sabe, trocar ideias, papos e perguntar como será que ela tinha passado o dia ou estivesse precisando e alguma coisa, tudo perfeito!
Criei coragem, não sei de onde tirei, e resolvi ligar, depois de pesquisar o nime na lista telefônica, olha só que momento.
Liguei e a mãe dela atendeu.
- Alô quem fala?
Tenho mais um probleminha com minha gagueira, quando é assim muita "pressão" chego ao ponto de não conseguir dizer uma palavra sequer, um tipo de som, nada, fico totalmente mudo, em stand by!
- Alô, tem alguém aí?
Sem conseguir emitir nem um latido, ela desligou!
Tu tu tu tu tu tuuuuu
Caraca, minha já paupérrima estima tava mais por baixo que tapete de porão!
O que fazer?
Ligar de novo? Não, seria arriscado demais, já pensou outro "apagão"?
Resolvi deixar para um outro dia.
Esse novo dia chegou, vamos lá. ou vai ou racha!
- Alô quem fala?
- É é é é é é é é é é é é o Ri ri ri ri ri cardo...a a a a a a mi mi mi mi mi go da A a a a a a a a a dri a a a a na, ela está?
- Sim, ela esta, vou chama -la,  educada e muito gentil a mãe dela me respondeu.
Ai conversamos por um tempo, eu gaguejando e por outro lado suando feito um camelo!
Novas ligações vieram depois, mas quando ela já ficou sabendo quem eu era, as demais foram assim:
- Alô quem é?
- Aaaaaaaaaaaaaaaa, (ficando só no aaaaaaaaaaa)
- Oi Ricardo, só um pouquinho que já vou chamar a Adriana.

Natal entre a Cruz e a Espada.

Novamente estávamos chegando em dezembro, e com ele vem o tal Natal, aquela data que foi boa e hoje pra mim é um pesadelo.
Digo isso porque de certa forma, mexe com a gente, em todos os sentidos, principalmente os emocionais.
Pelo menos pra mim, as emoções etão a flor da pele, mexe comigo num todos, mas principalmente a deprê resolve sempre dar alem do ar de sua graça, que na verdade não tem graça nenhuma, como vem sempre a me mostrar que por mais que eu a esteja "enganando" 
ela e quem sabe até eu, sei que um dia ela vai me derrotar.
Até hoje tenho feito esforços além das minha condições físicas e mentais, alem de espirituais de mante-la afastada de mim e de meu corpo e mente, mas não é fácil não. Só quem tem sabe o tamanho esforço que se faz, que nos esgota demais quando vencemos não a guerra e sim apenas mais uma pequena batalha.
Mas vamos então contar de um outro Natal.
Neste tinha resolvido que simplesmente pegaria meu carro e iria a uma cidade qualquer, uma que me fizesse sentir bem, e lá, encontraria um hotel, me hospedaria e tentaria curtir a cidade, procurando quem sabe um lugar legal, que fizesse um jantar especial e se desse sorte, pudesse fazer alguma amizade, jogar conversa fora e conhecer pessoas diferentes.
Cidade escolhida, la fui eu. (Aqui não cito a cidade pq gostei dela e não quero que ela seja vinculada e este meu Natal).
Hotel legal, muito bem instalado, o negócio agora seria tentar descobrir se em algum lugar na noite, teria um restaurante como estava procurando.
Achei, sim, tinha um lugar que seria feita um ceia especial de Natal, como se cada um que estivesse lá, estivesse na sua casa, peru, arroz a grega, farofa, sei lá mais o que se come no Natal, mas estava tudo saindo perfeitamente como planejado. Não tinha como dar errado.
Feliz, já com uma mesa reservada, escolhi uma mais no canto para poder ver todos que estivesses lá e era perto da janela, podendo assim igualmente o movimento das pessoas na rua.
Tinha acertado na loteria, minha caixa de Lexotan ficaria por mais um ano fechada, eu era um cara de sorte!
Comecei então a caminhar pelas ruas da cidade e ver a movimentação das pessoas se organizando para a ceia de Natal. Era bacana ver os olhos das crianças brilhando na certeza de que o Bom Velhinho iria dar o ar de sua graça e por consequência quem sabe deixar aquele presente tão aguardado e sonhado.
Lembrei de que igualmente quem sabe, tive os mesmos olhos brilhantes dos que cruzavam por mim nas ruas daquela cidade até então diferente pra mim, passar esta data em especial.
Supermercados cheios, cheios de Ricardos, quem sabe, que deixam sempre as coisas para a última hora. Carrinhos cheios de coisas boas, as que ainda estavam nas prateleiras é claro e que já não tivessem esgotado. Tudo faz parte, no final das contas, com ou sem stress, as festas de fim de ano, por mais complicadas que sejam sempre é e serão as melhores festas do mundo.
Mas a tarde começou a se despedir e com ela os poucos raios de sol iam dando adeus, anunciando a chagada da noite, com ela a lua e com ela vieram os brilhos das casas enfeitadas de Natal. Luzes brilhando e piscando, dando o ritmo a cada brilho do Natal que sem demora se aproxima.
Caminhando pela cidade, casas de portas abertas, pessoas arrumadas, crianças brincando a frente de suas casas, cheirinho de Natal, de coisa boa no ar.
Sem ouvir o som nas ruas, dentro de mim, o som de músicas de Natal invadiam minha mente, e completava a perfeita noite que agora estava mais do que presente.
A cada novo passo, meu coração batia de forma diferente, junto de uma sensação que me apertava o pescoço, me deixando totalmente sem ar. Não queria mais estar ali. Na verdade não saberia dizer onde gostaria de estar, mas estava na beleza e perfeição da noite, sendo massacrado pelos mais variados e diferentes sentimentos, desde a saudade de meus pais, avós, amigos e muitas pessoas queridas que já se foram.
Eu estava ali, sozinho, sem ninguém a poder dar um abraço e desejar um feliz Natal.
Nada, ninguém. Eu, num lugar estranho, cheio de gente estranha e uma dor no peito da saudade cruel de como aqueles noites foram as coisas mais felizes da minha vida e que hoje nada mais disso existe.
Fui rapidamente ao hotel. Lá numa espécie de "esperança" abri a gaveta do criando mudo, na esperança de quem sabe alguém tivesse esquecido um revólver e com ele o que precisaria a estourar meus miolos.
Nada disso, encontrei ao invés disso uma Bíblia, dessas que os Gideões Internacionais, deixam em hotéis. Confesso que na hora tive que achar graça, ri porque como sou comediante stand up, isso sim que é tema de um show.
Nunca fui de ler, mas li algumas linhas e fui tomar banho.
Quando saí, já tinha passado a sufoco maior, era já noite por inteiro e fui até o restaurante e lá um verdadeiro jantar 5 estrelas.
Comi, pensei na vida e voltei ao hotel caminhando, afinal, já era passada da meia noite e mais uma noite dessas só daqui 364 dias.

Um fora de Natal.


O primeiro de mais uns...
Como estamos chegando ao fim do ano, vou resolvi contar una "natais" não tanto convencionais, que esse amigo aqui passou.
Vou começar por um, que fugiu completamente da minha "maneira de ser".
Antes quero dizer que sempre adorei o Natal, sabe, todas as coisas, o pacote, que vem junto com toda essa festa, esta época.
Começava sempre com o final de ano, que mesmo passando ou rodando, valia todas as coisas que faziam parte do clima. Seja de passar direto, passar nas aulas de recuperação, ou como muitas vezes, rodar mesmo, ver o resultado afixado no corredor das escolas com a nota marca em vermelho.
Houve uma época em que as escolas aqui de Lajeado, brigavam por mim. O Castelinho queria que eu fosse estudar no Mellinho, o Mellinho no Manuel Bandeira, o Manuel Bandeira, no Alberto Torres, esse por sua vez queria me ver estudando no João de Deus em Cruzeiro do Sul....
Mas fora isso, tinha junto as lojas, todas enfeitadas, as vitrines com brinquedos, todos eles parecendo estarem olhando pra mim como um filhote de cachorro numa pet shop.
Depois o cheiro que a gente sentia no ar, sabe, aquelas árvores, verdes, de rua, que tem uma florzinha bem pequenininha, amarelinha que dá o "cheirinho de natal"... essas que a prefeitura aqui de Lajeado adora colocar abaixo, por é, essa mesmo.
Depois o ficar na espera do dia 24, na noite, ficar toda família reunida, juntos, comendo bem, quase sempre as comemorações era na casa dos meus avós. Era divertido demais, e claro, o presente do Vô Victor, um cartão sempre muito bem recheado.
Tudo era bom demais, adorava, amava isso na verdade, tanto que contava os dias para tudo isso se repetir.
Na minha casa, não tínhamos pinheirinho e enfeites, sei lá, meus pais não eram muito adeptos dessas coisas. Por isso a casa da vó era uma festa!
Gostava tanto de natal, que tenho dezenas de cds de Natal, 90% importados, já que o Brasil não tem essa cultura de músicas natalinas, fora a que sempre bate o cartão que é a Simone, "Então é natal.......alegria também...."
Tive um programa de Natal na última rádio em que trabalhei, a Germânia de Teutônia, aliás é a rádio oficial do Natal na região, sem modéstia, apelido esse que criei quando anunciava o programa de Natal da mesma que vinha logo após o meu.
Então é isso, adorava, amava mesmo de verdade o Natal...
Mas depois que meus avós morreram, meus pais logo depois, foram  de forma intercalada, Vô, Mãe, Pai e Vó, perdeu se assim, o que ligava a família de certa forma nesta festa, faz parte, a vida é assim, segue e cada um acaba tomando seu rumo, com os seus e parentes dos seus cônjuges.
Como eu nessa não me "organizei" para construir a minha família, acabei aos poucos perdendo toda a alegria do Natal.
Mas vamos lá, vou contar um deles.
Logo no início do mês de dezembro, começo a pensar onde vou passar o natal, anoite de 24 para 25. Se eu pudesse, com certeza tomaria duas caixas de Lexotan e acordaria só no dia 26, seria ótimo, acontece que Lexotan não faz mais efeito neste cara aqui, to curtido disso daí.
Então tentava sempre pensar onde iria passar a fatídica noite. Foi então que encontrei uma amiga, de muito tempo. Trocamos as novidades e logo surgiu o papo de Natal, onde vai passar etc.
Ela me disse que estaria sozinho, o filho passaria na casa da noiva e eu disse que igualmente estaria sozinho.
Ai dei a ideia: quem sabe a gente descobre um hotel, numa praia em que na noite farão um jantar de Natal, tipo pros hóspedes que estejam lá e seja uma espécie de "tradição" deste hotel?
Ela topou na hora! Ok, disse que iria atras deste hotel e que estaria combinado.
Me fui pra internet e achei um hotel, pacote de Natal, festas, jantares, piscina, tudo perfeito.
Estava então com meu "Natal" salvo, não seria igual a uns que já passei, conto em outros relatos.
Ai tava tudo combinado. Então na noite do dia 23, liguei pra ela, e ai? tudo certo?
Bah Ricardo, não vai dar pra ir, deu zebra?
Zebra? Como assim?
Me deu uma desculpa que não colou, depois mais tarde ela me confessou o que tinha de fato acontecido.
Mas então, o que eu iria fazer?
Recorri a velha agenda telefônica e comecei na letra A até a Z.
Em cada ligação, vários tipos de receptividade, entre elas:
- Ah é tu seu filho da puta? Não morreu?
- Ricardo quem? Da onde te conheço?
- O que? Tu sozinho? Bem feito!
- Passar o Natal contigo? Tá sozinho é? Toma porco!
- Bah Ricardo, se tivesse me falado antes, seria parceira, agora é muito em cima da hora.
- Ricardo, não dá, eu casei, não te contei?
- E a fulana? Ué, te deixou? Tomá! Te falei!!!
- Ta precisando de grana?
- Tu tá brincando né?
- Viu, falava mal da minha família...
- Pega uma puta!
- Tadinho, mas to viajando com a família.
- Deixe seu recado na caixa de mensagens.
- Fora de área..
Pela agenda não tava funcionando.
Recorri a internet:
Sites de relacionamentos, salas de bate papo, classificados, e nada...
Logo na manhã do dia 24, comecei novamente a minha interminável busca de uma companhia que quisesse passar o Natal comigo.
Nada, nada e nada...
Fiquei o dia inteiro na internet...quando me dei conta, eram 22 h. Bom desisti. O negócio seria pegar o carro e dar umas voltas, achar onde tivesse um lugar pra comer alguma coisa.
A essas alturas, o dinheiro do adiantamento do hotel tinha ido pras cucúias.
Daí me dei conta: tinha 8 reais no bolso, um carro a zero de gasolina e postos de gasolina fechados.
Mesmo assim saí de casa, achei um bareco que o dono me disse que ficaria mais uns 30 min. Foi ali que comi meu cachorro quente de Natal, sem beber nada, pq sobrara 3 reais, que achei um posto de gasolina aberto e mandei colocar os 3 pila.
Deu para sair do posto, vir até a cidade e dar uma volta inteirinha no centro da cidade e poder ver famílias e mais famílias comemorando a melhor e mais tradicional festa
de qualquer família, seja aqui ou no mundo todo.
De volta pra casa, a certeza de que realmente meus Natais nunca mais serão os mesmos.

Dias das Mães e eu no Rádio.

Um ano, estava trabalhando numa radio, e era semana do dias das mães, como essa que estamos vivendo. La pelas tantas, enjoado de ouvir anúncios do tipo: Neste dia das mães, a presenteie com um fogão novo a pilot
ar, um liquidificador novo, uma maquina de lavar roupas a poupas suas delicadas mãos, sabe coisas do tipo e assim que entrei no ar começando dizendo o seguinte:
Que deveríamos repensar de como presentear as nossas mães, afinal ela é antes de mãe, uma mulher, e por isso quem sabe presêntea-la com um presente a mãe/mulher, que não precisa ser "caro", mas sim de verdade, com sentimento ao reconhecimento dela e sem esquecer que como mulher, todas tem suas vaidades, e não deixaram se ser assim pq hoje são mães. Vamos lá, deixe de lado maquinas de lavar, fogões, panelas de pressão. e vamos quem sabe aos perfumes, um almoço num lugar legal, uma roupa, uma joia, vamos homenagear nossas mães como mulher, dando a ela um presente duplo: o material, que faremos bem a estima dela, e a mulher que existe nela e que a gente muitas vezes esquece...
Bueno, não preciso dizer que em pouco tempo, agradeço a audiência hahahaha, donos de lojas de eletrodomésticos e por ai, ligaram pra radio e pediram pra falar com o dono KKKKK Foi bom, ele me chamou pro canto e me colocou o assunto dos telefonemas...
Ok, entendi o lado dele, mas meu recado já estava dado... Nos outros anos me antecipei, felando deste assunto bem antes kkkkk Valeu apena.... Bom Dia!!!

Injustiça a um amigo.

Peço licença para hoje alem de desabar, acalentar minha alma, minha dor, meu choro, minha solidão.
Sei que muitos não vão entender o que se passa, passou e quem sabe até entender muitas coisas que aqui escrevo, mas pr
eciso por pra fora, deixar dito, registrado, para um dia quem sabe poder encontrar a paz.
Hoje foi o Culto de despedida do nosso Pastor Paulo, esteve aqui por 20 anos.
Teve entre tantas “missões”, começar por uma não menos difícil, a de substituir o que o antecedeu, Pastor Lotário Sander, que igualmente depois de muitos anos, saiu, ou teve que sair, pelas mesmas pessoas que conseguiram afastar o Pastor Paulo.
Bom, os detalhes mão vem mais ao caso, afinal, aconteceu, ele hoje se despediu e com certeza fará um trabalho igualmente bonito e competente na nova comunidade na cidade de Canoas, o bom é que é pertinho, vamos manter contato e quem sabe não me mude pra lá, afim de fazer com ele este novo trabalho??? Nunca se sabe...

Mas o que quero dizer aqui, é de como foi linda, emocionante e triste também sua despedida de nosso convívio hoje...
Foi um Culto onde ele na pregação, fez um sermão de deixar saudade, alias seus sermões são excelentes, inteligentes e olha, pregar como o senhor, não é assim pra qualquer um...

Feito o Sermão, começaram as homenagens de despedida.

Todos os departamentos foram se aproximando e cada um deles, entre as homenagens e carinhos, o reconhecimento por tudo que fizestes por cada um dele, de nós na verdade.

Até então, tinha sido possível conter as lagrimas, mas a cada novo abraço, ai não deu mesmo pra segurar, sim Pastor Paulo, podes chorar sim, és nosso Pastor, mas és de carne, osso e de muito sentimento...

Na minha hora de falar, antes de mais nada, prometi que não iria chorar, e olha que quase consegui, em 97% do que quis te dizer consegui dizer sem chorar, mas não vale, olhei pra ti e estavas com seu rosto invadido por lágrimas que igualmente chamaram as minhas, portanto, não foi minha culpa de ter chorado no final kkkk

Sim, estava ali, na minha frente, meu Pastor, com quem convivi 20 anos da minha vida. Estava ali meu Pastor que me ouviu, batizou meu filho, aceitou a mãe dele na Congregação, com amor, carinho, portas abertas e a Palavra de Deus sempre colocando ela certa, no momento certo...obrigado Pastor Paulo.

Mas o mais lindo, e contraditoriamente triste, ainda estava por vir...

Na sua despedida a frente da Igreja, lagrimas, choros de pessoas de todas as idades, crianças, jovens, adultos e vovôs e vovós...

Me contive ao ver, pessoas humildes, humildes de bens, de por circunstâncias da vida as fazes sem sentirem assim, mas que com certeza aos olhos de Deus, são quem sabe as mais dignas de receber as bênçãos do Senhor e a salvação. Vi vovós e vovôs, de cabelos brancos, branquinhos não segurando suas lagrimas, suas emoções, como se um filho estivesse partindo... Pessoas calejadas da vida, as quais tiveram já muitas perdas, pele já com as marcas dos passados anos, olhos que nem por isso deixaram de transmitir a pureza verdadeira de cada lágrima corrida. Isso sim me emocionou demais, ver este sofrimento, um sofrimento que poderia ser evitado, sim, mas ai seria outros 500, que como disse não quero aqui e nem agora tocar no assunto. Posso apenas garantir que essas pessoas um dia terão de prestar contas, não a ti Pastor Paulo, mas a Deus, esse mesmo Deus que elas dizem crer, acreditar, seguir e ter em suas vidas e em seus corações. Bom, cada um sabe de si, seus atos, não vou julgar, porque não quero ser julgado, por isso cada um sabe de si e que viva de bem ou mal com sua paz.

Mas não pode deixar de observar, que muitas das mãos que o apunhalaram, foram as mesas que o abraçaram, como pode? Juro que alem de não acreditar, muitas vezes aumenta ainda mais minha descrença com o ser humano, já tive serias dificuldades em me relacionar com pessoas da minha espécie, não foi fácil, não é na verdade eu ter bons relacionamentos com meu semelhante, mas nestas horas quase vem de volta aquele ódio todo que tive a uns anos pelas pessoas...

Bom, na verdade a dor ainda existe e vai existir em mim, como te disse hoje Pastor Paulo: Irmãos a gente não tem a oportunidade de escolher, mas AMIGOS, isso sim temos a oportunidade de ao encontrar, selar este relacionamento na hora boa, ah isso é fácil, mas então vemos na nossa amizade, nos momentos de dificuldade também, isso, nos momentos difíceis que passei onde poucos, não acreditavam mais em mim, Fora minha família, raros, não encho duas mãos, das pessoas que mantiveram a esperança na minha recuperação, na minha volta por cima. Sim, abro pra vocês amigos do FB, que em uma época da minha vida, fiquei, não por culpa de ninguém e sim de mim, mesmo, sem mais nada a perder, entregue ao “deus dará”, e sim, magoei muitas pessoas, errei toda minha cota para esta vida, trouxe desgraça a minha família, preocupação, muita, mas muita preocupação e desgosto aos meus pais, irmão, queridos avós, tios, primos, amigos... Neste momento onde minha vida e um saco de merda, o saco seria bem mais lucrativo e bem menos danoso, tu, Pastor Paulo esteve comigo, me ajudou, salvou, me deu mais uma chance de ter a palavra de Deus na minha vida, isso tem preço? Não, por isso, serei fiel a ti e nossa amizade até o fim da minha vida, assim sou e sempre serei, fiel e eterno de gratidão soa meus amigos, que tenham a mim ou a qualquer uma pessoa que ame feito o bem. (Aqui destaco a Luciane, mãe do meu filho, que NUNCA me abandonou, e olha que ela me pegou com a passagem de ida ao Inferno, agradeço demais a Nara Becker, minha eterna querida amiga, a Família Stefanello, que nunca deixou de ajudar meu pai, o tratar com mais um irmão da família e do Seu Olavo. A Gilda, mulher do meu pai, que não o abandonou até o fim dos seus dias, sempre atenciosa e prestativa, zelosa por ele sempre. Irmãos Dé, Di e Paulo, tios sempre todos queridos naqueles momentos, e meus queridos avós Sylvia e Victor, nunca desistiram de mim...)
Sim queridos amigos, desci ao inferno, conheci o diabo, e o próprio, me apresentou um montão de gente, que hoje...simplesmente sumiram, pq o Pastor Paulo me resgatou e trouxe ao convívio de pessoas que não tem o diabo como parceiro assim como eu tive.

Agora aqui em casa, sim, escrevendo isso, sim, me permito a chorar, enxugar as lagrimas a cada nova linha, dói, dói demais.
Todos nós temos perdas, inevitáveis, mas a pior das dores é as que a gente poderia, ou não precisaria estará passando por ela, assim, como, repito, aquelas dezenas de cabecinhas brancas choraram de dor, uma dor que muitas vezes julguei não existir mais...
Se eu tenho em minha vida um único Ditado, que levo a sério é o de que “Os Incomodados que se Retirem”, por isso vou com muita calma, repensar meu lugar na comunidade de Lajeado, na Igreja Luterana como um todo, porque o que a direção nacional fez com este homem, nunca vi nada parecido...
Vou me permitir a pensar sobre isso:

Entre os apócrifos rejeitados, está o de Tomé afirmando que Jesus ensinou: “Se cortares uma madeira eu estarei lá; se levantares uma pedra estarei lá”.
Ou seja, padres, pastores, igrejas não importam, desde que você tenha fé e deseje encontrar Deus.
A Bíblia mesmo diz que a fé é mais forte do que muralhas, ou seja, tendo fé, não é necessário uma igreja.
“O reino de Deus está dentro de ti e à tua volta, não em construções de madeira e pedra”

Bom, falei demais, mas era preciso, precisava por pra fora, sou assim, emotivo, emocional, sentimento puro, nos bons e nos maus também, não sou perfeito, nunca fui e nem teria graça ser assim não é?

Tenham todos um abençoado domingo, logo mais vou me encontrar com minha mana Di, Carlos, meu afilhado Otaviano, sim, momentos em família é que fazem a vida valer a pena pela graça de mais um dia...

Vida Longa e próspera aprendi com o Sr. Spock, e desejo nesta próxima semana galera!

O Dia dos pais não foi feito pra mim.

Domingo se comemora, ou simplesmente lembramos de nossos pais, estejam eles vivos, mortos, sumidos ou em um asilo qualquer, mas a data foi criada quero crer mais afim de se faturar mesmo, afinal, tudo são negócios e a economia não pode parar.

Mas quero dizer aos meus amigos com os quais divido uma parte da minha vida e sentimentos aqui no FB, de que não sou um bom pai e nem sei se sou de verdade e por isso domingo não é meu dia.

Mas va
mos começar do começo, de que na verdade já comecei não sendo um bom filho.
Claro que não fui sempre ruim na maioria dos anos em que tive meu pai ainda vivo. Sim, tive bons momentos com ele, nos divertimos, ele até hoje foi a pessoa que mais me fez rir de verdade, ai ponto de me deixar passar mal com suas tiradas e sem contar com seu tom sarcástico e ácido sobre as mais diversas e variadas situações, acredito ser esse uma das mais iguais características que tenha herdado dele.
Mas fomos sim bons companheiros de papo, filosofias, teorias, previsões sobre o futuro da humanidade. Fomos companheiros de longas noites, estendendo se até as madrugadas das mais variadas mesas e cores de bar. Nem sempre o final desta noite terminava bem, mas igualmente fazia parte de um aprendizado, ou simplesmente conhecimentos de nossas mais secretas amarguras, sonhos, desejos, frustrações, sendo essas sido realizadas ou não, vividas ou não, declaradas ou não.
Nestas longas e incontáveis noites em bares, é que tenha aprendido que este lugar, BAR, tem lá sua magia, nele encontramos as mais variadas pessoas, cada um com sua história, seus problemas, seus conflitos, sua solidão...que se acaba ao entrar o primeiro novo cliente a fazer o seu pedido e resolver sentar por um momento.

Mas quando faço um balanço de que como convivi com meu pai e as coisas que fiz de errado com ele, injustas muitas vezes, é que vejo que não fui um bom filho, por isso não tenha aprendido este tipo de relacionamento pai e filho.
Hoje ele não se encontra mais aqui, hoje busco saber tudo dele, coisas que não sei, procuro achar gravações dele, já que foi um locutor de rádio, e dos bons, busco a tentar encontrar materiais dele por ai. Busco a saber com seus amigos, coisas que ele tenha vivido, dito ou compartilhado nos anos em que estivemos mais afastados. Sim, alem de uma enorme saudade que sinto dele, tenho a necessidade de saber mais dele e como eu gosto de saber coisas que não sabia a respeito do meu pai. Beijo onde estiveres e que a saudade é grande. Acho sim que vamos nos reencontrar, afinal não sou assim muito diferente de ti hahaha.

Mas agora eu como pai. Houve uma época, isso a muito tempo em que até imaginava vez por outra de ser pai, ter uma esposa, e com ela filhos para juntos sermos uma única família, com as coisas boas e também, não poderia ser diferente, com aqueles tradicionais rolos familiares, esposa, filhos, escola, trabalho etc...coisa normal.

Mas os anos se passaram, não casei, não tive a minha família e por isso, filhos foram saindo de meus sonhos assim como tantos outros que faziam parte do coração e corpo deste cara aqui. A cada ano que passava, muitos iam se perdendo, e poucos continuava a invadir minhas noites e madrugadas em casa ou em bares da vida.

Mas fiquei sabendo que seria pai. Sabe aquele ditado “Uma enxadada uma minhoca”? Pois é, meu filho veio nessa única vez. Vim saber tempos depois do motivo dele ter vindo a este mundo e como meu filho, mas ai que quero chagar.

Não estava nos meus planos ser pai, não tenho esta vocação, não sei dar exemplos que um pai deve dar aos seus filhos. Não sou exemplo a ser seguido, não tenho certas responsabilidade de uma pessoa adulta, ainda mais ser responsável a um ser tão querido e merecedor dos melhores exemplos afim de moldar seu caráter e sai personalidade.
Sim, não me vejo como pai dele. Mas ai tinha que resolver tal situação. Foi ai que mais uma vez me lembrei das varias conversas que tive com meu pai. Ele sempre me dizia que não era meu pai e sim meu amigo. Perguntava o porque disso, e ele respondia que amigos quando verdadeiros, se dão melhor, podem falar sobre mais assuntos e que são escolhidos e não de certa forma impostos por uma circunstancia.
Demorei um pouco a entender e hoje nesta situação, vejo ou quem sabe entendo o que ele quis me dizer e assim hoje encaro a minha relação com o Pedro Filipe.
Sim, não tenho o dom de ser Pai, não tenho condições de ter tamanha responsabilidade, não posso ser o que não tenha aptidão de ser. Por isso querido Pedro, tenhas em mim sempre seu melhor e quem sabe mais verdadeiro amigo que terás na vida. Amigos escolhemos por infinitas afinidades, amigos quando verdadeiros dão o que não tem por este sentimento. Amigos brigam, amigos perdoam. Amigos meu querido Pedro, são eleitos para este sentimento, esta relação.
Aqui meu querido amigo Pedro, saberás que tive tão poucos amigos de verdade, que não encho quem sabe uma mão. Mas aos que tirei e os chamo de amigos, tenhas a certeza de que nunca os abandonei ou abandono. Que são e serão de fé até o fim das minhas forças ou da minha vida.
Quando tiro alguém pra amigo, tiro movido quem sabe pelo maior e mais poderoso de todos meus sentimentos de amor, carinho, dedicação, fidelidade, verdade, sem nunca jamais esquecer tudo que vivemos em nossa amizade seja de bom ou ruim.

Aceite minha amizade querido Pedro Filipe, é o que estou te oferecendo com o meu mais poderoso e verdadeiro sentimento.

Beijo

Ao meu Pai no dia dos pais.

Pai.
Não tenho lá assim tantas coisas a te dizer que não tenha dito enquanto estivemos juntos. Claro, se fosse possível, gostaria ter ter tido mais tempo pra bater aqueles papos até altas madrugadas, nem sempre a gente concordando, mas sempre que possivel, junto de otimas gargalhadas, alias, me fazer rir daquele jeito, só tu mesmo.
Mas seria injusto de minha parte de eu, por mim, quisesse ter a tua companhia por mais tempo, uma vez que tua saúde, super debilitada, te dava mai
s dor do que prazer e alegria de viver.
Sim, claro, que gostaria de ter te dado a oportunidade de conhecer teu neto, sim, tive um filho kkkk, Hoeper legítimo, kkk, mas tenho certeza mais que absoluta de que onde estiver, sabes e conheces muito bem teu neto.
Não, acho que não deixamos assuntos pendentes não. Sempre que a gente se encontrava, colocávamos todos em dia e ainda sobrava pra deixar muitos outros alinhavados para uma próxima.
Foi legal, curto demais talvez, poderia ter ficado mais um tempinho, afinal foi muito jovem para os dias de hoje...e não é que aquele cigarro fez mal mesmo??? kkk
Meu amigo, meu velho, meu confidente, meu pai, um grande e forte abraço, espiritual, coisas que adorava me dizer e tentar fazer entender o "além", então estas sim abraçado em mais este dia dos Pais que não estevas de corpo por aqui.
Saudades sim, tristeza, nenhum pouco, só tu pra conseguir transmitir este sentimento na gente e ainda nos fazer rir de coisas tuas até hoje entre nós irmãos.
Tu foi o cara, é o cara, e que bom que sendo tudo isso, foi meu Pai!
beijo carinhoso, como sempre te dei e recebi até teus ultimos dias...
te amo, sempre.
Até logo mais.

Lombadas eletrônicas eu eu.

Vou contar mais uma, antes que não exista mais e de certa forma o que fiz, de certo ou errado, seja perdido por ai...
Quando locutor de rádio, fui o ÚNICO, locutor da região, que como nunca tive esquema, opinião comprada, e sempre tive liberdade total, sempre ou era assim ou estava fora, de ter minha opinião e liberdade na programação musical, então quando Lajeado, infestou a cidade de Lombadas Eletrônicas, todos os dias em meus programas levava adiante uma campanha solitári
a que era mais ou menos a seguinte:
"Você meu querido ouvinte, que esteja por Lajeado, deve ter notado que nossa cidade ta a cada dia com mais lombadas eletrônicas, que nascem e se proliferam como bichinho de iogurte, e saiba que existe uma parceria entre a prefeitura e a empresa dona das lombadas. Muitas delas, poderíamos até discutir sua importância ou não, mas outras, todos nós sabemos que foram instaladas com o único propósito de arrecadar, faturar, e ganhar as nossas custas. Vamos então, todos juntos, "sacanear" eles, sem muito stress... Vamos EVITAR, ser multados, vamos observar as lombadas nos locais tal tal e tal, e vamos imaginar a cara de palhaços deles em ir todo fim do mês, buscarem o chip e contatarem que NÃO tem multa, que NÃO vão faturar as nossas custas, já imaginou a cara de otários deles??? Isso, avise seus amigos, vamos todos juntos nessa campanha solitária aqui: ' EU NÃO VOU SER MULTADO!!! NÃO VÃO FATURAR E MULTA ZERO!!! Não sei se seguiam ou não, mas eu estava sempre de paz, comigo mesmo e minhas convicções... Não e nunca quis ser melhor que meus colegas, mas simplesmente único e que evitava e odiava imitações.

Feliz aniversário Mãe.

Hoje seria mais um dia de comemorar o aniversário da minha mãe Leila. Na verdade foi muito antes do prazo combinado, apenas 59 anos, vitima do cigarro, ela e meu pai, diga se de passagem. Mas o que posso dizer dela hoje? Quando acordo e lembro desta data?
Poderia dizer muitas coisas a respeito da minha mãe, que foi querida, atenciosa, amiga, companheira aos domingos de assistirmos juntos sem perder um domingo, Silvio Santos, J. Silvestre, Flávio Cavalcanti, Encontro com os Ar
tistas, Bolinha, Praça da Alegria e por ai vai, adorava cinema e televisão, e quem sabe meu gosto por programas de auditório, tenha pegado este gosto com ela, uma vez que em programas de auditório ela conheceu meu pai, que tinha o dele na Rádio Farroupilha.
Podeira dizer que era de certa forma uma sonhadora, mas não daqueles sonhos mais de consumo, e sim, de ser artista, adorava colecionar fotos de atores e atrizes norte americanas, essas fotos muitas autografadas em seus álbuns, temos até hoje.
Mas o que quero aqui hoje falar dela, era mesmo sendo uma pessoa fechada, tímida e na sua, pelo fato de ter perdido duas filhas em seus braços, é que mesmo assim, tinha uma enorme capacidade e cativar as pessoas, das mais humildes e simples, como os lixeiros (aqui nenhuma denotação pejorativa por favor, mas não sei como se chamam hoje esses trabalhadores que recolhem o lixo nas nossas casas), ela tinha a capacidade de tirar um sorriso dessas pessoas e sempre, trocava com eles algumas palavras, isso era quase que diariamente. Um pedreiro na construção de uma obra ao lado de nossa casa, uma caixa de supermercado, um pedinte na rua. Sim, ela sempre mais contida, atraia essas pessoas a umas trocas de palavras, gentilezas e sempre acabavam falando de como estava seus dias respectivamente. Assim era ao ser atendida numa mesa de restaurante, o garçom parecia que já a conhecia de muito tempo, o padeiro, o verdureiro e até o médico, o grande comerciante e assim por diante.
Sempre tinha essa coisa de atrair as pessoas e eles se sentiam bem com minha mãe.
Um dia, muito tempo depois que ela faleceu, fui a Ibirubá, cidade em que ela morou por muito tempo e estava eu tirando algumas fotografias da cidade, tinha um desfile dos 50 anos de emancipação, daí uma senhora se aproximou de mim e perguntou:
Tu não és daqui né? Respondi que infelizmente não, amaria ser nascido nesta terra, mas que tinha laços de amor profundos pro esta cidade. Perguntou então de quem era filho, e respondi de Leila Thomé e Ricardo Hoeper, da rádio. Ele me disse com um sorriso no rosto:
Sério? És filho da Leila? Como ela está? Infelizmente faleceu...
Olha, fui colega de colégio dela, e nunca esqueci, era uma mulher muito bonita, sempre admirava a beleza dela, sem falar na simpatia com as pessoas...que pena...Leila... saudades dela...
Fiquei feliz, mais uma vez minha mãe marcou por onde passou e que pessoas ainda que muitos anos depois lembravam dela...
Beijo Mammys, feliz aniversário e te vejo mais tarde.

Pobre rádio...

Bom Dia!
As coisas parecem que tem o poder de me atrair e assim, ver coisas que me fariam ficar me perguntando: Como pode?
Acabei de ouvir, como faço sempre, meu programa de rádio ao meio dia, na Band am 640, Apito Final, que termina as 14 h e resolvi, pra minha infelicidade, sintonizar numa outra rádio qualquer, dar uma olhadinha no que andam fazendo pela região. Ai numa rádio tem um "programa de humor" que é pra ser engraçado, nunca vi tanta bobagem dita num microfone só, fa
ltando pelo menos o minimo de inteligencia e bom gosto, mas foi então que a maior imbecilidade estava reservada pra eu ouvir no final do tal programa...
Tem uma parte, que o cara aqui sem modéstia nenhuma já fazia nos anos 80, e na época não se tinha os recursos da internet que facilitam hoje tudo isso, no meu tempo era pesquisa de campo mesmo, indo a sebos, antiquários, na busca de material, que era, trazer novamente ao rádio, propagandas, institucionais e jingles antigos. Pois bem, nesta programa encerraram com esta pérola:
Vamos agora matar a saudade de um jingle, aqui quero dizer que de jingles, propagandas antigas, institucionais, alem de sem modéstia nenhuma conhecer como poucos e ter um acervo de centenas desses em maus arquivos, desde a minha época de guardar e arquivar essas coisas, mas voltando, o cara diz o seguinte:
"Vamos matar a saudade de um jingle famoso dos anos 70, que era a Fanta Limão. Infeliz dele, pq como disse, conheço jingles, e esse igualmente tenho em meus arquivos que nada mais é que um jingle feito pela Famecos Puc/Rs como trabalho de audiovisual...
Vide vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=H4WQ0gaoHWY

E ai? É mole ou querem mais?????

Repito, rádio dos anos 70. dá de relho no rádio paupérrimo de hoje em dia, Breno Caldas deve estar se revirando no caixão...

Semana da Pátria.


Bom Dia!
Estamos na semana da pátria, mas não sentimos mais esta semana como antigamente, infelizmente...
Lembro de quando criança, esta era uma semana especial em todos os sentidos, se respirava patriotismo em casa, cidade, escola...enfim, por tudo.
As cores verde amarelo, estavam presentes nos automóveis, através de fitar verdes amarelas que a grande maioria dos automóveis colocavam em suas antenas, lembro em especial que os postos Shell, tinha isso numa espécie de tradição
 em brindas com este mimo seus consumidores, tu vê, tinha que ser uma multinacional a nos proporcionar isso...mas não vem ao caso.
Ai nas escolas, era aquela festa, horas cívicas, com apresentações culturais das mais variadas, e lembro das grandes produções do Castelinho, escola pública aqui de Lajeado, que simplesmente faziam apresentações que eram verdadeiras super produções, desde o figurino, cenário etc, que faziam três apresentações aberta ao publico que faltava lugar pra todo mundo assistir.
Cantávamos o Hino Nacional, que não gosto, acho horrível, mas tudo bem, e junto Hino a Bandeira, meu preferido, lindo, Hino a Independência, que aposto que 95% da população de hoje, entre 0 e 25 anos não sabem nem a primeira linha, que dirá sua melodia...o que é uma pena...
As lojas pelas ruas das cidades, quase que em sua maioria, bandeiras do Brasil em suas fachadas, lembro em particular que meu avô, pedia a eu hastear todas as 4 bandeiras na empresa dele que eram: Brasil RS, Lajeado e da empresa...hasteava com certo orgulho...era legal...afinal, antes eram hasteadas apenas nos finais de semana...
Enfim, o ponto máximo da semana da pátria: o apagar dos Fogo Simbólico, este aceso no dia primeiro, e com revesamento durante o dia de alunos de todas as escolas, tinha ele dois alunos a guardarem o fogo, a noite era vigiado por policiais da BM e no dia 7 de setembro, o grande desfile cívico.
Uniformes caprichosamente alinhado, ruas lotadas de gente com bandeiras e cores em verde amarelo e cada escola com sua "banda marcial". Cada uma tinha suas características, seus toques, as vezes até inovavam de um ano para o outro, cada banda com sua "força" diferenciada, seja nos instrumentos de sopro, tarol, bumbo...era sem duvida um acontecimento...
Mas como tudo na vida passa e o que era bom fica na saudade, hoje, quando acordo e me dou conta de que estamos mais uma vez na semana da independência do Brasil, só me resta lembrar desde tempo, da sorte em que tive de poder viver isso, e buscar entender pq o mundo está indo em direção contrária das coisas boas.
Hoje, hahaha, aos jovens com certeza, esta seria uma semana pra lá de engraçada, sem graça e cômica...faz parte...

Semana na Pátria no rádio.

Vou contar mais uma historia, vai que um dia meu filho leia isso, de que o que eu fazia no rádio nesta semana.
Como tenho um acervo grande de jingles, institucionais, e material sobre semana da pátria, fruto de pesquisa e garimpagem nos mais variados lugares de coisas antigas, sebos, não abria mão de nesta semana, em meus programas, trazer estas coisas de volta ao ar, afinal, aprendi que rádio alem de entretenimento, deve trazer alguma coisa de útil, que se possa aprender que
m sabe...
Então trazia essas coisas todos os anos na semana da pátria. Tinha lá meu ouvintes que ligavam e diziam estarem emocionados com essas lembranças, que lembravam de como tínhamos mais amor ao nosso país, orgulho de ser brasileiro etc. Igualmente, assim como eu, lamentavam o fato de tudo isso ser e estar esquecido.
Colocava no ar, o Hino Nacional, nas gravações dos anos 70, lembram? Aqueles compactos, vinil, que eram distribuídos pelo MEC ou que as rádios recebiam no Governo Federal, isso mesmo, aqueles versões, bem como Hino a Bandeira, Independência, Soldado, Marinha, Aeronáutica...
Mas então um dia tive a minha maios satisfação profissional e pessoal.
Recebi, uma carta de uma Loja Maçônica, em que elogiavam minha iniciativa, o material que apresentava e que era uma coisa única que estava sendo apresentado em rádio...
Me emocionei, afinal, não é todo dia que se recebe um elogio e se é capaz de chamar atenção de uma entidade, não sei se posso chama los assim, mas não é assim uma coisa que se recebe todos dia.
Junto com esta homenagem recebida, fiquei e fico todos os dias quando sintonizo uma emissora de rádio AM, FM nem levo em conta, pq é só bobagem e besteirol, não sei como ainda alguém ouve FM, uma vez que no meu pendrive, coloco 800 musicas, só as que eu gosto e esqueço, sem comercial e papo furado, de onde raramente se tira alguma coisa de útil... Mas em AM??? Puxa vida, custa UM, apenas UM profissional se dar ao trabalho de tentar produzir alguma coisa que valha a pena???
Bom, não adianta, sou e era assim. Aprendi com meu pai que rádio tem que ser feito alem do amor e dedicação, inteligência, dar ao ouvinte o respeito que ele merece, dar a uma comunidade a informação com responsabilidade, e sempre que possível passar uma mensagem que possamos mostrar alguma coisa de bom de útil, ensinar alguma coisa, deixar um gostinho de quero mais...
Bons tempos...
Rádio é uma paixão inexplicável, assim como andar de moto ou ter depressão kkkk, só que está lá que é capaz de entender o que tudo isso significa...
Para dinossauros do rádio como eu e meu amigo Delmar Flesch, só nos resta sentar numa mesa de bar, ou comer um churrasco e lembrar dos bons tempos e dos grande e antigos profissionais que nos ensinaram e faziam rádio como jamais serão capazes de fazer com tanta qualidade e profissionalismo...