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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Não foi um dia qualquer.



O dia estava perfeito.
Era um dia de sol, de outono, com aquela temperatura e luminosidade que marcavam as características tardes da melhor estação do ano.
Pelo caminho, folhas secas amareladas davam o detalhe colorido da paisagem que em todos os anos esperava poder curtir.
Curtia na estrada, nas calçadas, lugares com muito ou pouco movimento.
Pausa para um café.
Senta se a mesa, olha para o lado e sente se só.
A solidão, antiga e velha companheira, hoje não tem mais graça e não o completa mais, mesmo que seja um paradoxo estar sozinho tenha sido o que o completou por muitos anos.
Estamos em novos tempos, onde a tecnologia dizem afastar as pessoas, tornando as frias e menos face to face, heart to heart.
Ainda sentado à mesa, com ou sem tecnologia, encontra se igualmente só.
São tantas coisas para conversar, mostrar, viver e conviver...
Percebe que cada minuto dali para frente é um enorme desperdício de bem querer, de compartilhar, de cumplicidade de momentos, histórias, risadas, preenchimento de espaço vazio e um simples pegar na mão.
Sobre a mesa o telefone da um sinal.
Do outro lado da linha, ela está online.
A mesma tecnologia que dizem afastar, agora aproxima...
Arrisca sem pensar duas vezes em dizer um oi.
Não teve tempo para medir o tamanho do medo que insiste em atrapalhar sua verdadeira vontade.
Plim...
Uma resposta.
Um novo
Início de conversa.
Parece que ambos tem muitas coisas em comum e nessas a mesma vontade de conversar, ouvir, dizer, conviver.
Se despedem.
O último gole do café quase frio.
É hora de voltar.
Continua só, mas permitiu mesmo que como um sonho, completar seu coração.
Bom Dia.
Ótima Semana!
(Contos imaginários de um homem sem vesícula).

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