No primeiro dia de aula, na primeira série, busquei o amor da menina mais pura, de cabelo bonito, arrumadinho, quase sempre segurado por uma tiara bonita, com detalhes em pequenas flores, onde sua aparência, não era assim a maior prioridade, para que combine com a pureza que trazia dentro de mim, com sonhos de uma família como manda o figurino, casinha de cerca branca, jardim florido, árvores que dariam a sombra de nossa casa, para que no gramado pudéssemos sentar e conversar, ver nossos filhos brincarem, e juntos esperamos a noite que viria em forma de uma meia lua e estrelas dos mais variados tamanhos e brilhos.
O anos se passaram e esse amor não veio...
Depois veio a adolescência, mudou meu corpo, apareceram outros desejos e igualmente olhares em busca da mulher amada.
A aparência nessa época, começava a contar de uma maneira totalmente diferente da época infantil. A mulher que o coração buscava, e claro que com outros sentidos e sentimentos, tinha quer ser sim bonita, de curvas que seduzem, que provocavam nossos mais diversos sentidos, emocionais e carnais.
A mulher amada, deveria ser conquistada como que no reino animal, onde além de chamar atenção da mulher amada, teríamos que nos superar e nos fazer mais fortes e viris entre os demais homens do grupo escolar.
Os anos mais uma vez se passaram, ela veio, mas não ficou. Entre diferentes objetivos de cada um de nós, veio a falta de um caminhar junto, na mesma direção, aquela lá do início, de juntos construirmos a casinha de cerquinha branca, de árvores e gramado verde.
Veio então a vida profissional, com ela a independência financeira, facilidades que antes não tínhamos, como carro, casa individual, o que sempre fazia falta na época anterior.
Igualmente com tamanha mudança, a mulher que busquei era diferente.
Teria que ser bonita, claro, mas que seu charme fosse o suficiente, sua capacidade de sedução, fazer me seduzir pelos objetivos de onde gostaria de chegar na vida profissional e pessoal.
A aparência dessa busca, mais uma vez mudou. Suas curvas não precisariam ser assim tão sensuais e sedutoras, afinal, igualmente eu não tinha mais a velha forma de um jovem de 20 anos.
Algumas tentativas, momentos legais, algumas afinidades.
Mas, mais uma vez a mulher dos sonhos lá de cima, da casinha de cerquinha branca, gramado e árvores verdes, não apareceu...
Hoje, 51 anos...sentado a beira da praia...
Me perguntei algumas vezes onde será que pudesse estar aquela menina, de alma pura, de inocência e pureza dentro do coração, de cabelos presos com uma tiara de pequenas flores pudesse estar...
No reflexo da água do mar, constatei que aquele menino que tanto procurou por alguém não existe mais.
Não traz mais dentro de ti tamanha pureza, não tem mais o brilho do olhar com olhos que veem em tudo o novo, que a cada novo dia, buscam traçar um futuro, um futuro não de muitas conquistas, e bens financeiros, mas pequenas e felizes como a casinha de cerquinha branca, árvores e gramado verde, filhos correndo entre a sombra, a todos juntos a espera do vir da lua e das estrelas para nos abençoar ao estarmos vivos todos juntos por mais um dia.
Mas, me permiti a imaginar de como ela, aquela menina pudesse ser hoje para que pudesse a reconhecê-la...
Fechei os olhos e a vi, ali, linda como sempre foi...
Não tem mais um rosto perfeito, pequenas rugas que traz mostram de como venceu cada desafio de sua vida, mostram de que os venceu um por um.
Traz filhos de outro casamento, quem sabe, viveu com alguém que a fez feliz e prematuramente a deixou, e que sim, merece recomeçar...
Ou quem sabe, cada um seguiu seu destino novos caminhos porque ele não seria o companheiro para viver embaixo da sombra da casinha de cerquinha branca...
Seu corpo não é mais o de uma menina, uma moça, uma jovem, e sim traz consigo um corpo de mulher, de forma simplesmente feminina, que assim como o meu, mostram que os anos passaram e que vale verdadeiramente o que somos. Nossa beleza se reflete neste momento em outras coisas, a sensualidade da experiência, da cabeça madura, de inversões de "prioridades", onde o de antes, hoje tanto faz ou melhor, nada mais tem assim de tão importante, porque a vida nos mostrou que tantas e infinitas outras coisas são muitos mais bonitas e significantes...
A mulher que hoje procuro quem sabe de tão diferente pode ser por incrível que pareça, a mesma, exatamente, a mesma do meu primeiro dia de aula...
Que traga dentro de si a pureza de um recomeçar, de uma parceria, de buscar no romantismo, no simples caminhar de mãos dadas o prazer do coração, da alma e do corpo...
Que olhe para mim e veja que não tenho mais a aparência que um dia tive, que igualmente minha potencia como homem já não é mais a que um dia foi.
Quem sabe a pequena tiara, segure seus cabelos curtos e que insistem em cair no rosto no caminhar a beira da praia.
Quem sabe a casinha de cerquinha branca, seja a casa que hoje, juntos, cada um com sua história, possamos construir juntos, longe de tantas coisas e correrias que a vida nos obrigaria a fazer e nessa loucura, quem sabe mesmo nos amando, poderíamos ter rompido não por falta de amor, mas pelas armadilhas do mundo consumista.
Sim, ao abrir os olhos, vi que hoje quem sabe, busque a mesma menina de 40 anos atrás...
Sei que és linda, mesmo que te olhes no espelho e não encontres mais a menina, mulher que fostes um dia.
És linda pelo que és, passou, viveu e superou.
A mulher da casinha de cerquinha branca, que hoje busco e sei que existe, quero que hoje caminhe comigo, viaje sem rumo, sem pressa de chegar ou voltar conhecendo juntos novos lugares, que tenhamos o mesmo gosto musical, que me surpreenda com um prato que seja sua especialidade, que eu possa te surpreender com o que ainda não conheces de mim, e que o que falte em ti eu possa te completar e o que ainda não tenhas vivido, posso te fazer viver...
O anos se passaram e esse amor não veio...
Depois veio a adolescência, mudou meu corpo, apareceram outros desejos e igualmente olhares em busca da mulher amada.
A aparência nessa época, começava a contar de uma maneira totalmente diferente da época infantil. A mulher que o coração buscava, e claro que com outros sentidos e sentimentos, tinha quer ser sim bonita, de curvas que seduzem, que provocavam nossos mais diversos sentidos, emocionais e carnais.
A mulher amada, deveria ser conquistada como que no reino animal, onde além de chamar atenção da mulher amada, teríamos que nos superar e nos fazer mais fortes e viris entre os demais homens do grupo escolar.
Os anos mais uma vez se passaram, ela veio, mas não ficou. Entre diferentes objetivos de cada um de nós, veio a falta de um caminhar junto, na mesma direção, aquela lá do início, de juntos construirmos a casinha de cerquinha branca, de árvores e gramado verde.
Veio então a vida profissional, com ela a independência financeira, facilidades que antes não tínhamos, como carro, casa individual, o que sempre fazia falta na época anterior.
Igualmente com tamanha mudança, a mulher que busquei era diferente.
Teria que ser bonita, claro, mas que seu charme fosse o suficiente, sua capacidade de sedução, fazer me seduzir pelos objetivos de onde gostaria de chegar na vida profissional e pessoal.
A aparência dessa busca, mais uma vez mudou. Suas curvas não precisariam ser assim tão sensuais e sedutoras, afinal, igualmente eu não tinha mais a velha forma de um jovem de 20 anos.
Algumas tentativas, momentos legais, algumas afinidades.
Mas, mais uma vez a mulher dos sonhos lá de cima, da casinha de cerquinha branca, gramado e árvores verdes, não apareceu...
Hoje, 51 anos...sentado a beira da praia...
Me perguntei algumas vezes onde será que pudesse estar aquela menina, de alma pura, de inocência e pureza dentro do coração, de cabelos presos com uma tiara de pequenas flores pudesse estar...
No reflexo da água do mar, constatei que aquele menino que tanto procurou por alguém não existe mais.
Não traz mais dentro de ti tamanha pureza, não tem mais o brilho do olhar com olhos que veem em tudo o novo, que a cada novo dia, buscam traçar um futuro, um futuro não de muitas conquistas, e bens financeiros, mas pequenas e felizes como a casinha de cerquinha branca, árvores e gramado verde, filhos correndo entre a sombra, a todos juntos a espera do vir da lua e das estrelas para nos abençoar ao estarmos vivos todos juntos por mais um dia.
Mas, me permiti a imaginar de como ela, aquela menina pudesse ser hoje para que pudesse a reconhecê-la...
Fechei os olhos e a vi, ali, linda como sempre foi...
Não tem mais um rosto perfeito, pequenas rugas que traz mostram de como venceu cada desafio de sua vida, mostram de que os venceu um por um.
Traz filhos de outro casamento, quem sabe, viveu com alguém que a fez feliz e prematuramente a deixou, e que sim, merece recomeçar...
Ou quem sabe, cada um seguiu seu destino novos caminhos porque ele não seria o companheiro para viver embaixo da sombra da casinha de cerquinha branca...
Seu corpo não é mais o de uma menina, uma moça, uma jovem, e sim traz consigo um corpo de mulher, de forma simplesmente feminina, que assim como o meu, mostram que os anos passaram e que vale verdadeiramente o que somos. Nossa beleza se reflete neste momento em outras coisas, a sensualidade da experiência, da cabeça madura, de inversões de "prioridades", onde o de antes, hoje tanto faz ou melhor, nada mais tem assim de tão importante, porque a vida nos mostrou que tantas e infinitas outras coisas são muitos mais bonitas e significantes...
A mulher que hoje procuro quem sabe de tão diferente pode ser por incrível que pareça, a mesma, exatamente, a mesma do meu primeiro dia de aula...
Que traga dentro de si a pureza de um recomeçar, de uma parceria, de buscar no romantismo, no simples caminhar de mãos dadas o prazer do coração, da alma e do corpo...
Que olhe para mim e veja que não tenho mais a aparência que um dia tive, que igualmente minha potencia como homem já não é mais a que um dia foi.
Quem sabe a pequena tiara, segure seus cabelos curtos e que insistem em cair no rosto no caminhar a beira da praia.
Quem sabe a casinha de cerquinha branca, seja a casa que hoje, juntos, cada um com sua história, possamos construir juntos, longe de tantas coisas e correrias que a vida nos obrigaria a fazer e nessa loucura, quem sabe mesmo nos amando, poderíamos ter rompido não por falta de amor, mas pelas armadilhas do mundo consumista.
Sim, ao abrir os olhos, vi que hoje quem sabe, busque a mesma menina de 40 anos atrás...
Sei que és linda, mesmo que te olhes no espelho e não encontres mais a menina, mulher que fostes um dia.
És linda pelo que és, passou, viveu e superou.
A mulher da casinha de cerquinha branca, que hoje busco e sei que existe, quero que hoje caminhe comigo, viaje sem rumo, sem pressa de chegar ou voltar conhecendo juntos novos lugares, que tenhamos o mesmo gosto musical, que me surpreenda com um prato que seja sua especialidade, que eu possa te surpreender com o que ainda não conheces de mim, e que o que falte em ti eu possa te completar e o que ainda não tenhas vivido, posso te fazer viver...
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