Na verdade, quando a encontrava, mesmo sem entender absolutamente nada, buscava sabe-se lá onde em minha cabeça, qualquer tipo de informação afim de não perder a oportunidade de continuar atraente a conversa e que assim, por consequência, ela quisesse outro dia quem sabe, a continuação do assunto não acabado.
Se ela me contasse que gostava "disso", ah, tenham certeza que igualmente gostava, se ela detestasse "aquilo" tinha em mim outra pessoa que igualmente detestasse...
Era uma época muito legal, nossos desejos se restringiam ao ser notado, o saber que de alguma forma em algum momento do dia, quem sabe, ela pudesse se pegar pensando em mim.
Outras formas de contatos, que sempre gostei demais de fazer, era sem ela ver, na hora do "recreio" ou deixar um bilhetinho dentro de seus cadernos ou livros, ou deixar alguma coisinha escrita numa página qualquer dos mesmos.
Não foram poucas as vezes em que abri meus cadernos na esperança de uma resposta, mas confesso que nem sempre essas respostas vieram.
Até entendo, afinal, os tempos eram outros, as meninas mais recatadas e nós ainda meninos, quem sabe muitas vezes para elas, ainda infantis demais e poderiam pensar que corriam o risco de estarem nas conversas entre os demais meninos da turma...
Foram bons tempos...
Hoje ai está o Fecebook. Parei ontem na beira da praia, entre admirar uma onda e outra de um mar lindo que me presenteava com sua beleza e cor, do que e de como seria aquela época nos dias de hoje e cheguei a algumas conclusões definitivas...
A primeira claro, seria o "aceitar" minha solicitação de amizade. Claro que não significa nada, como recentemente li um posto sobre o "manual de instruções" do FB.
Mas já seria um grande passo dado...
Depois acordar pela manhã e ver que ela tinha "curtido" um post meu postado tarde da noite antes de dormir...nossa...começar o dia assim, se arrumar e ir pra escola seria o combustível e inspiração ideal de querer logo chegar a sala de aula...
Poder admirar uma fotografia sua, seria outra oportunidade única desse amor ou admiração platônica... Poder saber dela o que pudesse estar fazendo nos finais de semana longe do dia a dia escolar, nossa, que maravilha... ah sim, neste caso, poderia correr o risco de ver que pudesse estar feliz com outra pessoa... ahhh sim, alias, verdade, e se ela curtisse mais as coisas, post, fotos daquele outro menino da mesma sala de aula, ou pior, de outra turma, e pior ainda!!! da turma da séria a frente da nossa? Sabe? Aquele cara um pouco mais velho???!!! Ahhh não, seria cruel demais pra mim....kkk
Pois é, mas vamos voltar a pensar de forma um pouquinho mais positiva... tive curtidas de comentários e fotos, nesses comentários observações dela a respeito do assunto em questão...
Mas quero crer, de verdade que o que seria o supra sumo da felicidade, é estar conectado,ou abrir meu FB e ver que recebi uma mensagem "in box" e adivinha de quem seria?
Sim, os tempos podem ser outros, as pessoas também, as maneiras de nos comunicarmos igualmente...mas uma coisa quem sabe jamais tenha mudado:
A emoção de cada novo momento de quem nos faça, tremer, sonhar, e mesmo que a distância, amar.
Amor dizem não ter idade, que bom, pois aos 51, por muitas vezes me penso ou fora de moda ou que o expresso, o trem, para viajar viver e sentir esse sentimento tenha passado e perdi o embarque...
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