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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Quando a música transcende os acordes e as mais variadas melodias...




Quando a música transcende os acordes e as mais variadas melodias...
Sempre fui um apaixonado por musica, tá certo que nem todo estilo, gênero, me agradam, existem alguns que não ouço nem por decreto, mas hoje quero dividir com os amigos o que a música faz? ou transmite?! além das sete notas musicas e suas variáveis...
Estou com isso, essa "coisa" na cabeça, me martelando desde ontem, o início ao fim do show da Banda Focus.
Esse é o ponto!
Um teatro que sobrou muitos lugares, pois é um estilo musical um tato diferente daqueles acordes que "combinam" como numa regrinha de três para que se "bem feita" não tem erro, o resultado é esse e não pode dar erro.
Mas o que é essa coisa que música e melodia?
O que para uns mexe tanto e outros nem sempre fazem questão de ouvir?
Foi então que procurei depois de chorar as bicas em três momentos específicos do show, que deveria existir alguma coisa a mais...
Cheguei, minha conclusão, de que a música independe de qualidade, cantor, banda, estilo, de Alvarenga e Ranchinho, passando por Teixeirinha, Odair José, Roberto Carlos, Zezé di Camargo e Luciano, Queen, Stone, Dylan Clapton, até Handel, de que nada disso importa no verdadeiro significado de cada uma dessas músicas e seus compositores e estilos senão, o "porque, ou o que" cada uma dessas combinações de notas a ti, somente a ti representa.
Senão vejamos...
Porque assim que o vocalista e flautista da banda entrou no palco, Thijs van Leer, me desatei a chorar?
Bom, até ai poderia ser apenas uma "tietagem meia que boiola" da minha parte, estar perto, e bota perto nisso, terceira fila, de quem ouço há quase 40 anos...
Tá, mas porque em outras 3 músicas as lágrimas correram sem pudores por esse rostinho já nem tão mais lindo como de outrora?
Aí que vem a minha resposta aos meus insistentes e inquietantes questionamentos da vida e seus segredos ou entrelinhas... A música vai além de nos dar prazer ao sentido simples da audição...vai além, muito além...
Nas músicas que me fizeram chorar, vem como uma flecha certeira estilo Guilherme Tell, um mundo de lembranças, situações, fatos, saudades, momentos, beijos, amores, desamores, família e familiares, minha juventude deixada tão distante para trás, pessoas que estão comigo, como meu filho, naquele exato momento e tantas, tantas outras que já se foram e hoje não se restringem apenas a saudades, mas uma dor incurável de imaginar tamanha distância que nos separa...
Quantos choram pela musica que tocou quando entraram na igreja em seus casamentos...hahahaha tá certo que mutas dessas hoje sequer podem ser ouvidas novamente sem dar aquele revertério estomacal, mas falo sempre em "tese".
Quantas músicas nos fazem lembrar de um beijo, um abraço, um passeio, uma viagem, um verão de praia, um pai, uma mãe um avô uma avó...ou, tão simplesmente uma amizade?
Sim, a música me faz acreditar que o "teletransporte" de Star Trek, é mais que possível e verdadeiro, pois quando ouvimos as músicas que nos marcaram, não só com os ouvidos mais aguçados, mas com o coração, somos capazes de nos teletransportar aos mais diferentes lugares, situações ou momentos de nossas vidas e esses se fazem de forma instantânea como num click, nos filmes de ficção científica.
Ontem me foi possível realizar um sonho, ver de perto o cara "responsável" por tantas coisas boas e bonitas da minha juventude, minha adolescência, de um mundo em que eu ainda com muita coisa inocente, acreditava em tantas coisas e contos de fada e acima de tudo, acreditava que o mundo seria um mundo muto mais feliz e bonito.
As musicas de ontem, fazem parte da trilha sonora do filme da minha vida, naquela parte desse enredo, em que o "mocinho" era um cara bom, acreditava nas pessoas, e acreditava que tudo no fim daria certo, e que nada poderia dar errado...
Chorei porque voltei no tempo, reencontrei na imagem refletida no espelho na hora do xixi, um rosto marcado por tatas coisas que nada tem de parecido ao antigo ouvinte daquela banda, mas que como consolo, olhando no fundo daqueles mesmos olhos refletidos, percebi que ainda lá no fundo existe aquele "velho jovem" sonhador e terrivelmente apaixonado pela vida e pelas mais variadas pessoas.
A música é e sempre será minha maior e melhor companhia...

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