Claro que com o passar dos anos e nesses fatos novos ou mudanças de Idade ou prioridades, podem existir rompimentos desses tais pactos.
Mas vamos voltar no tempo...
Início dos anos 80, eu jovem de 22 anos acabo me mudando para Porto Alegre junto com meu grande amigo/irmão de amizade de 40 anos, Luiz, Chavero, e naquela loucura toda de juventude e mentes inquietas em busca de descobertas de um mundo novo, vem como sempre uma trilha sonora de determinada época ou momento...Focus e sua inconfundível música diferente aos então padrões de meus conhecimentos musicais.
De imediato essa banda passa a fazer parte de nossos encontros naquele velho disco de vinil e toda aquela magia de aparelhos analógicos e de luzes nada parecidas com os leds coloridos de hoje.
Os acordes da banda eram ouvidos na junção de um toca discos Gradiente (Garrrad), um amplificador igualmente Gradiente e caixas de som inigualáveis até hoje as também Gradiente.
Ouvimos depois o mesmo som em aparelhos Sony, Polivox, Phillips...
Focus foi por muitos anos uma espécie de "hino" em nossos encontros, churrascos, passeios, além de motivo de muitas risadas quando tentávamos imitar o solo do vocalista, Thijs Van Leer, na clássica Hoccus Poccus.
Ai tive um filho e esse sempre comigo, nas músicas rodadas no pendrive, vez que outra se deparou com a banda e a música acima, e foi "amor" dele a primeira ouvida assim como eu.
Ano passado ele me disse que gostaria de ir num show da banda e eu lhe disse que tínhamos que ficar de olho pois vêem seguidamente a Porto Alegre, e não deu outra. Em julho soube que estariam aqui e aqui estão. Logo mais a noite meu filho e eu teremos a oportunidade de ver essas feras de perto e ao vivo.
Assim como Paul Simon, Roger Waters, Roger Houdgson, Peter Cetera, Ian Anderson, Rick Wakeman 3 vezes, Buddy Guy, Elton John, América, Focus entra para as músicas que fazem parte da trilha sonora da minha vida, as que terei a oportunidade de ter visto e ouvido ao vivo.
Estou muito feliz e emocionado, pois como locutor de rádio, rodei esses caras inúmeras vezes em meus programas, e sempre tentava imaginar se um dia poderia ter a oportunidade de ver assim tão de pertinho, ao vivo e ter a certeza de que não eram apenas sonhos ou frutos da minha imaginação.
Hoje a noite, logo mais, meu filho e eu vamos ouvir a música que muitas vezes aumentamos juntos o volume para simplesmente viajar na loucura toda que é.
Um dia laaaaaaaaa no futuro, quem sabe meu filhote encontre um velho CD, coloque para rodar e seu filho, meu neto pergunte que som é esse e assim como tenho muitas lembranças do meu pai e de coisas que fizemos juntos, possa ele se lembrar que o velho aqui o apresentou a esses caras.
Creio que a vida é também mais ou menos por aí...
Até depois.
Amanhã conto como foi.
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