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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Semana nova..


Boa semana.
Que mesmo longe de quem se ama, distante de muitos de nossos sonhos, com infinita saudades de quem já partiu e não temos mais como abraçar, que mesmo que possamos cobrar que a vida poderia ser um pouco diferente da que vivemos, tenhamos uma boa semana.
Que essa nos renove muitas coisas que nos dêem força para continuar.
Que não percamos a vontade de continuar tentando acertar, realizar, fazer e se possível, mudar.
Já ouvi muitas vezes que nunca é ou seria tarde para as mais variadas mudanças... será?
Aprendi certos truques para em dias como o de hoje, onde a depressão insiste em me assombrar, que sempre que posso coloco em prática, é simples e ainda não cobram... sonhar...
Sonho... sonho acordado, dormindo, sonho sonhos fáceis, um pouco mais complicados e outros até impossíveis...mas nunca me privo de sonhar cada um desses, meus sonhos me motivam a continuar, a não desistir, a não sucumbir.
Sonho com o que acredito, que possa me fazer viver a minha verdade de tudo que sou e sinto aqui na terra, na minha existência, para antes de tudo, de qualquer coisa ser pelo menos nesses sonhar, o mais verdadeiro possível consigo mesmo.
Bom dia, ótima semana.

Ao querido Gastão Lauxen


Lajeado amanhece triste...
Meus amigos e eu, tínhamos por muitos anos um só endereço para ficarmos atualizados sobre música e aparelhos de som e imagem, acompanhados de um sempre carinhoso e atencioso atendimento de seu proprietário.
Tínhamos ali sempre as melhores informações sobre produtos e serviços da consagrada marca Sony.
Vale lembrar que estamos no início dos anos 80, e esses produtos não eram assim de fácil acesso e muito menos no que se refere a CDs, esses por sinal engatinhavam nas lojas que se arriscavam em abandonar os velhos discos de vinil.
Sábados pela manhã por anos a fio, nosso ponto de encontro para trocar assuntos ligados a música e logo em seguida, filmes em formato Betamax.
Pois é... ontem seu proprietário nos deixou, nosso querido e amado Gastão Lauxen, fiquei sabendo de sua morte no início da noite.
Senti como se parte de mim ou alguém muito próximo, quase da família tivesse nos deixado.
Fico imensamente triste quando pessoas da minha convivência ou que fazem, fizeram, parte da minha vida sobem para outro plano. Sinto um vazio muito grande e aos poucos vou me dando conta de que tudo que vivi e vivo, passam rápido demais, num verdadeiro piscar de olhos, como nesse caso do Tio Gastão, muito antes do combinado.
Pelo que sei, sua saúde estava fragilizada, mas foi jovem demais para nossos tempos atuais.
Depois de um tempo tive na sua loja, a Tecnisom, uma parceira para ajudar em meus programas de rádio na Germânia FM de Teutônia, com o empréstimo de muitos CDs, já que como disse, tudo ainda era novidade e eu como sempre adorava trazer novidades aos meus ouvintes.
Seu Gastão era um amor de pessoa, com sua voz suave de paizão, fazia de seus clientes muito mais do que isso, do que uma relação comercial, fazia a gente de verdade nos sentir parte da família, sua loja contava sempre com o atendimento da esposa e filhas.
Minha mãe, adorava dar uma passadinha lá e olha que a veia não era muito de sair de casa. Meu cunhado Wilson, vinha de Porto Alegre para comprar aqui pelo atendimento diferenciado e pela qualidade da loja e seus ambientes.
Pois é...
Hoje uma parte muito bonita dessa cidade encerra esse capítulo, e vai como há muito tempo já nos dava uma saudades danada desde o encerramento das suas atividades comerciais.
Gastão Lauxen leva com ele em sua partida, um carisma ímpar, que me deixa profundamente triste, pois não posso lembrar de como entrei na era digital sem ter sido pelo seu conhecimento e sua Tecnisom.
Estou verdadeiramente triste, e só posso desejar que ele esteja num lugar muito especial e melhor do que esse que ainda temos que encarar até nosso último dia. Tenho certeza absoluta de que onde ele estiver, com certeza ontem mesmo, com seu carisma e simpatia já tem um montão de gente que já o chama como "Tio Gastão"!.

Focus em Porto Alegre 2017


Sempre fui um cara apaixonado pelas coisas que me "proponho a gostar" e dessas como num pacto de sangue, tão em moda desde a semana passada, sigo fiel aos meus gostos e escolhas. 
Claro que com o passar dos anos e nesses fatos novos ou mudanças de Idade ou prioridades, podem existir rompimentos desses tais pactos.
Mas vamos voltar no tempo...
Início dos anos 80, eu jovem de 22 anos acabo me mudando para Porto Alegre junto com meu grande amigo/irmão de amizade de 40 anos, Luiz, Chavero, e naquela loucura toda de juventude e mentes inquietas em busca de descobertas de um mundo novo, vem como sempre uma trilha sonora de determinada época ou momento...Focus e sua inconfundível música diferente aos então padrões de meus conhecimentos musicais.
De imediato essa banda passa a fazer parte de nossos encontros naquele velho disco de vinil e toda aquela magia de aparelhos analógicos e de luzes nada parecidas com os leds coloridos de hoje.
Os acordes da banda eram ouvidos na junção de um toca discos Gradiente (Garrrad), um amplificador igualmente Gradiente e caixas de som inigualáveis até hoje as também Gradiente.
Ouvimos depois o mesmo som em aparelhos Sony, Polivox, Phillips...
Focus foi por muitos anos uma espécie de "hino" em nossos encontros, churrascos, passeios, além de motivo de muitas risadas quando tentávamos imitar o solo do vocalista, Thijs Van Leer, na clássica Hoccus Poccus.
Ai tive um filho e esse sempre comigo, nas músicas rodadas no pendrive, vez que outra se deparou com a banda e a música acima, e foi "amor" dele a primeira ouvida assim como eu.
Ano passado ele me disse que gostaria de ir num show da banda e eu lhe disse que tínhamos que ficar de olho pois vêem seguidamente a Porto Alegre, e não deu outra. Em julho soube que estariam aqui e aqui estão. Logo mais a noite meu filho e eu teremos a oportunidade de ver essas feras de perto e ao vivo.
Assim como Paul Simon, Roger Waters, Roger Houdgson, Peter Cetera, Ian Anderson, Rick Wakeman 3 vezes, Buddy Guy, Elton John, América, Focus entra para as músicas que fazem parte da trilha sonora da minha vida, as que terei a oportunidade de ter visto e ouvido ao vivo.
Estou muito feliz e emocionado, pois como locutor de rádio, rodei esses caras inúmeras vezes em meus programas, e sempre tentava imaginar se um dia poderia ter a oportunidade de ver assim tão de pertinho, ao vivo e ter a certeza de que não eram apenas sonhos ou frutos da minha imaginação.
Hoje a noite, logo mais, meu filho e eu vamos ouvir a música que muitas vezes aumentamos juntos o volume para simplesmente viajar na loucura toda que é.
Um dia laaaaaaaaa no futuro, quem sabe meu filhote encontre um velho CD, coloque para rodar e seu filho, meu neto pergunte que som é esse e assim como tenho muitas lembranças do meu pai e de coisas que fizemos juntos, possa ele se lembrar que o velho aqui o apresentou a esses caras.
Creio que a vida é também mais ou menos por aí...
Até depois.
Amanhã conto como foi.

Quando a música transcende os acordes e as mais variadas melodias...




Quando a música transcende os acordes e as mais variadas melodias...
Sempre fui um apaixonado por musica, tá certo que nem todo estilo, gênero, me agradam, existem alguns que não ouço nem por decreto, mas hoje quero dividir com os amigos o que a música faz? ou transmite?! além das sete notas musicas e suas variáveis...
Estou com isso, essa "coisa" na cabeça, me martelando desde ontem, o início ao fim do show da Banda Focus.
Esse é o ponto!
Um teatro que sobrou muitos lugares, pois é um estilo musical um tato diferente daqueles acordes que "combinam" como numa regrinha de três para que se "bem feita" não tem erro, o resultado é esse e não pode dar erro.
Mas o que é essa coisa que música e melodia?
O que para uns mexe tanto e outros nem sempre fazem questão de ouvir?
Foi então que procurei depois de chorar as bicas em três momentos específicos do show, que deveria existir alguma coisa a mais...
Cheguei, minha conclusão, de que a música independe de qualidade, cantor, banda, estilo, de Alvarenga e Ranchinho, passando por Teixeirinha, Odair José, Roberto Carlos, Zezé di Camargo e Luciano, Queen, Stone, Dylan Clapton, até Handel, de que nada disso importa no verdadeiro significado de cada uma dessas músicas e seus compositores e estilos senão, o "porque, ou o que" cada uma dessas combinações de notas a ti, somente a ti representa.
Senão vejamos...
Porque assim que o vocalista e flautista da banda entrou no palco, Thijs van Leer, me desatei a chorar?
Bom, até ai poderia ser apenas uma "tietagem meia que boiola" da minha parte, estar perto, e bota perto nisso, terceira fila, de quem ouço há quase 40 anos...
Tá, mas porque em outras 3 músicas as lágrimas correram sem pudores por esse rostinho já nem tão mais lindo como de outrora?
Aí que vem a minha resposta aos meus insistentes e inquietantes questionamentos da vida e seus segredos ou entrelinhas... A música vai além de nos dar prazer ao sentido simples da audição...vai além, muito além...
Nas músicas que me fizeram chorar, vem como uma flecha certeira estilo Guilherme Tell, um mundo de lembranças, situações, fatos, saudades, momentos, beijos, amores, desamores, família e familiares, minha juventude deixada tão distante para trás, pessoas que estão comigo, como meu filho, naquele exato momento e tantas, tantas outras que já se foram e hoje não se restringem apenas a saudades, mas uma dor incurável de imaginar tamanha distância que nos separa...
Quantos choram pela musica que tocou quando entraram na igreja em seus casamentos...hahahaha tá certo que mutas dessas hoje sequer podem ser ouvidas novamente sem dar aquele revertério estomacal, mas falo sempre em "tese".
Quantas músicas nos fazem lembrar de um beijo, um abraço, um passeio, uma viagem, um verão de praia, um pai, uma mãe um avô uma avó...ou, tão simplesmente uma amizade?
Sim, a música me faz acreditar que o "teletransporte" de Star Trek, é mais que possível e verdadeiro, pois quando ouvimos as músicas que nos marcaram, não só com os ouvidos mais aguçados, mas com o coração, somos capazes de nos teletransportar aos mais diferentes lugares, situações ou momentos de nossas vidas e esses se fazem de forma instantânea como num click, nos filmes de ficção científica.
Ontem me foi possível realizar um sonho, ver de perto o cara "responsável" por tantas coisas boas e bonitas da minha juventude, minha adolescência, de um mundo em que eu ainda com muita coisa inocente, acreditava em tantas coisas e contos de fada e acima de tudo, acreditava que o mundo seria um mundo muto mais feliz e bonito.
As musicas de ontem, fazem parte da trilha sonora do filme da minha vida, naquela parte desse enredo, em que o "mocinho" era um cara bom, acreditava nas pessoas, e acreditava que tudo no fim daria certo, e que nada poderia dar errado...
Chorei porque voltei no tempo, reencontrei na imagem refletida no espelho na hora do xixi, um rosto marcado por tatas coisas que nada tem de parecido ao antigo ouvinte daquela banda, mas que como consolo, olhando no fundo daqueles mesmos olhos refletidos, percebi que ainda lá no fundo existe aquele "velho jovem" sonhador e terrivelmente apaixonado pela vida e pelas mais variadas pessoas.
A música é e sempre será minha maior e melhor companhia...