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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Histórias do Rádio I.




Vou, na medida que me der na telha, compartilhar, para quem quiser ler ou saber, das histórias que vivi, como locutor, ou simplesmente tendo acompanhado meu pai, que igualmente foi locutor de rádio, e dos bons.
Rádio, é simplesmente apaixonante, todo o meio que envolve a coisa.
Pena e infelizmente o “rádio romântico”, não existe mais, bem como seus grandes nomes, locutores e comunicadores.
Hoje então, sem querer ser prolixo, como tudo começou.
Começou com meu pai, Ricardo Hoeper, que assim que saiu do serviço militar na Base Aérea de Canoas, acabou vindo parar na Rádio Alto Taquari de Estrela, sendo essa sua primeira estação de rádio em que trabalhou.
Nela, muitos e muitos anos mais tarde, vim, para minha grande alegria e satisfação, vindo a trabalhar também, conhecendo, aprendendo com grandes profissionais que até hoje, alguns, vale a pena manter a amizade, e com certeza ser eternamente grato por tudo, pelo tempo em que fiquei neste prefixo.
Depois da Alto Taquari, meu pai então, foi direto e sem escalas para a Rádio Farroupilha em Porto Alegre, que era o que tinha de melhor em rádio, nada a ver, com esse lixo que hoje ela se transformou e é.
Na época, os que hoje trabalham da Farroupilha, não ganhariam emprego nem de porteiros, que dirá, falar em seu microfone consagrado.
Muito bem, na Farroupilha, ele teve um programa de calouros, e nesse, uma de suas “calouras” foi ninguém menos que Elis Regina. Sim, essa mesmo. Foi caloura de seu programa, e ela, depois de seguir a carreira, incentivada e muito pelo meu pai, voltou a Porto Alegre e na Farroupilha, deu uma fotografia, dela, Elis, autografada ao meu velho, com além da dedicatória, um agradecimento por tudo que ele fez por ela. (Sim, tenho até hoje esta foto, foto essa que ele sempre tinha na carteira).
Minha mãe, “conhecia” meu pai, pelo “rádio”. Se mandou de Ibirubá, e com minha bisavó, Olga, acabaram indo juntas até um dia em que el apresentava seu programa de calouros.
Depois deste, ele em seu camarim, sim, eram os “artistas” da época, recebeu a informação, de que uma moça, estava lá fora e queria conhece-lo. Ele, que tinha várias fotos suas, tipo padrão, a assinou, e mandou entregar a jovem moça e fã.
O cara voltou dizendo que ela, insistia para conhece-lo pessoalmente, já que tinha vindo de tão longe.
Ele acabou então a recebendo em seu camarim, e assim conheceu minha mãe.
Namoraram, e em meia dúzia de dias estavam casados...
Assim começa a “Histórias do Rádio” que antes de partir quero deixar registrado a todos os amigos, e aos que passarem por este perfil ou em meu blog.

(Não sou nem de perto tenho vocação pra escritor e nem é esse meu intuito, a não ser e tão simplesmente, como numa mesa de bar, contar o que sei, vivi e penso sobre a minha maior paixão nesta existência que é e sempre será o Rádio).

Na foto, meu pai, na frente dos Estúdios da Rádio Alto Taquari de Estrela.

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