Total de visualizações de página
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Recomeçar.
Nunca sabemos ao certo de quando temos que recomeçar, uns jamais recomeçam, sorte deles, afinal, pode ser que sempre percorreram pelos caminhos certos, isso é maravilhoso, sempre observar mais atentamente aos sinais...
Na verdade, falando de mim, creio ser a minha vida um eterno recomeçar...mas sabe, pode até parecer legal, mas é um saco.
E, todo recomeço, existem os prós e os contras. Vamos falar do lado bom. Um recomeço, pode ser a oportunidade de novos caminhos, conhecimentos, vivencias, experiências, alegrias, paz...em resumo, novo animo e tesão, novas expectativas...
O lado ruim da coisa, é quando esses “recomeços”, deve ser ou vem, quando não temos mais todo aquele tesão, aquele gás, onde nossas perspectivas não nos permitem um olhar a um horizonte mais distante. Estar de frente a um novo recomeço, a essa determinada altura do campeonato, não é, tão simples assim...
Várias são as possibilidades desse recomeço ser uma verdadeira m..., principalmente e nessa quero me fixar, quando olhamos para trás...
Isso, quando paramos diante de um novo rumo, e ao olharmos para trás, vemos quantos e quantos foram os caminhos errados que tomamos. Quantos erros, quantos desvios, quanta perda de tempo, energia, sentimentos, amores...
Ai, voltando a olhar para frente, me pergunto:
- Ta e agora? Saberei tomar o caminho certo? Sim, sim, sim, sei, sei, sei, que a “vida é um eternos aprendizado”, mas sabe, tomar outra direção, num retrovisor cheio de erros, seria maravilhoso se a vida viesse com GPS, vocês nem fazem ideia, um caminho novo, a essa altura do campeonato, o que pode ser melhor do que simplesmente, ligar o pisca e parar, sim, apenas parar, no acostamento, procurar um bom lugar pra ficar e dizer um basta, chega, daqui não saio daqui ninguém me tira.
Ah, poderiam dizer alguns, não podes abrir mão da felicidade, do amor, da paz... Sim, é verdade, tem um fundo de razão, mas e quando todas essas coisas, essas possibilidades já não aguçam mais o nosso verdadeiro, intimo, nosso verdadeiro ser?
E se ficar onde estiver, e ali decidir viver pelos anos que ainda tenha eu pela frente?
Chega num ponto, e cada um de forma muito individual e particular tem o seu, cada um de nós temos um limite, uma carga de energia, uma predisposição, para novos desafios, seja o tempo que for, cada um e aqui não cabe nenhum tipo de julgamento, sabe até onde tem capacidade para seguir em frente, seja no caminho certo ou errado, mas seguir em frente.
Ficar parado, sim, também é uma opção, que deve ser igualmente entendida por quem decide seguir em frente, não sabemos o que cada um já tenha caminhado e passado até chegar aqui.
Feliz de quem acredita e tem forças para seus “recomeços”, feliz de quem tenha os feito no menor numero possível de vezes...e que a escolha de ficar onde está, seja igualmente agraciada com a paz que no fundo todo nós queremos, e dizem alguns até merecemos...
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
O Jogo da Vida.
Era dezembro de 1982...
Passei pela frente de um enorme Cassino, onde no letreiro da
frente dizia: “O Jogo da Vida”, resolvi entrar.
Tinha eu 18 anos completados no último mês de agosto, já na
minha “maior idade”, acreditava ser sabedor de tudo, das coisas do mundo, ser
um experiente nato, onde nada poderia dar errado, afinal, era um adulto, homem,
e que viver dali pra frente, seria uma barbada.
Dentro desse Cassino, uma enorme mesa de cartas, de feltro
verde, linda, como o mais verde dos gramados.
Não conhecia nenhum dos outros jogadores, todos
desconhecidos, cara de poucos amigos, mas muito, acreditava, pela verdadeira “tensão”
do lugar.
Nas mesas, apostas com todos os tipos de valores, altas,
baixas, de fichas das mais variadas cores.
Aquele lugar era encantador, apaixonante, a cada nova
jogada, destinos e sonhos eram ali ou não “ganhos”, dependendo sempre é claro,
do que cada jogador estivesse disposto a apostar.
Não demorou muito, um croupier, em uma enorme mesa, me
convidou a fazer um jogo, uma aposta.
Perguntei de que valor, respondendo-me de que na verdade eu
estivesse disposto a ganhar e quais os riscos a correr.
Olhei para o meu bolso, e estava com tudo que eu tinha,
todas as minhas fichas em relação a minha vida estavam ali. O jogo a princípio
me parecia fácil, não tinha como errar, era acreditar na “sorte”, nas
probabilidades, nas possibilidades, e em quais cartas eu teria na mão.
Lembro assim que sentei a mesa, que meu Pai sempre me dizia
para ter cuidado com as coisas, desconfiar de tudo e de todos.
Levantei-me da mesa e fui conversar com ele, sobre o jogo
que estava disposto a jogar.
Nunca esqueço do que ele me disse naquele dia:
- “Não aposte jamais tudo o que tens, o que possuis, não se
arrisque nunca ao máximo, tens que contar com a possibilidade de “perder”, o
que não é de todo impossível, afinal, o que nos reservará os demais dias de
nossas vidas? Quais outros “jogos” poderemos ter no decorrer dela?”
Ouvi, sim, lembro-me perfeitamente de ter ouvido estas
palavras dele, as quais nunca até hoje esqueci.
Voltei a mesa, peguei minhas cartas...
Tinha na mão um “Straight Flush” uma ótima mão, afinal são
apenas 36 combinações possíveis...
Deixei de lado, tudo que meu Pai me disse, e confiante de
ser sabedor de tudo já aos 18 anos, coloquei minha mão mo bolso, juntando todas
as minhas fichas, todas elas, de todas as cores, a apostei...colocando sobre a
mesa do Cassino da Vida, a minha própria...
Não blefei, confiei, apostei...
Indo em direção das fichas da mesa de apostas, certo de que tivesse ganho, o Croupier,
abre as suas cartas...nada mais que um Royal Straifht Flush...de apenas 4
probabilidades...
Minhas fichas, toda minha aposta, minha vida é retirada de sobre a mesa.
Não me restou uma única ficha, apostei alto, perdi alto.
Não me culpo por este jogo, teria se fosse hoje, na mesma
mesa, no mesmo Cassino, feito a mesma aposta, para o mesmo jogo. Não culpo nem
o Croupier, não fui enganado, tive quem sabe ali uma lição, mas nem essa,
aprendi até hoje.
Sem mais fichas para jogar, restou-me apenas, a ver o mundo
de uma forma bem diferente, daqueles meus 18 anos, daquele mês de dezembro.
Restou me a ver o mundo com outros olhos, olhos de quem ali, tinha a certeza de
ter mudando sua vida para sempre.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Histórias do Rádio II.
Meu começo.
Meu começo no rádio, foi em 1980, eu então com 15 anos de
idade.
Meu pai, acabou sendo convidado a gerenciar a Rádio Cinderela
de Campo Bom, e nas minhas férias de verão, acabei indo passar minhas férias
por lá, como sempre fazia em anos anteriores.
Era uma rádio AM, na bela e próspera Campo Bom.
Lá conheci todos os locutores e demais funcionários que
faziam parte daquele time. Era uma ótima equipe de comunicadores, pessoas do
mais alto gabarito, cada um no seu estilo e característica, uma vez que a
programação era com jornalismo e entretenimento.
Conheci ali, Hélio Silva, Enon Cardoso, Nérico Munhoz,
Jonathan Munhoz e hoje, meu grande amigo, Delmar Flesch., além de outros que
hoje minha memória me trai.
Então, como meu pai ali estava trabalhando e eu de férias,
passava o dia todo lá com ele em suas tarefas profissionais, e fui aprendendo
coisas sobre o ramo, principalmente com meu amigo Delmar.
Esse era e é, um grande entendedor de gravação, montagem de
vinhetas, comerciais, lembrem-se de que estou no ano de 1980, onde a “coisa”
tais produções, eram feitas a “mão” de forma artesanal e bem longe das
facilidades de computadores e seus infinitos recursos.
Então meu primeiro contato como locutor, foi com o Delmar.
Nas horas de folga, ele, com a produção de comerciais prontos, a espera do meu
pai para grava-los, me permitia enquanto
isso, me incentivava, já sabendo de minha paixão pelo rádio, a faze-lo, usando
a minha voz. Sim, Delmar, produzia o comercial, com minha voz, com o mesmo
gabarito, competência e profissionalismo como se eu fosse um locutor de
verdade. Nós gravávamos o comercial, ele o produzia e colocava no estúdio, e
assim podíamos juntos ouvir o resultado final. Neste, ele me dizia: Olha aqui
ficou legal, aqui a gente poderia mudar, sabe, me transmitindo seu
conhecimento, compartilhando de sua sabedoria a um simples moleque de 15 anos
que era movido a sonhos...tão e simplesmente.
Lembro que um que ficou sensacional, e não por mim, mas pela
excelente produção do Delmar, foi um do “Moto consórcio Sinosserra”, no qual você
ganhava um capacete na adesão do mesmo e era para motos Yamaha RD 125 ou RD
130.
Foi um momento maravilhoso, em poder ouvir minha voz, numa
produção competente e talentosa, tendo ali, nas mãos dele, um cuidado todo
especial em produzir e tratar aquela “brincadeira” como uma coisa séria.
Mas, passados mais uns dias, meu interesse ia aumentando e
as experiências, mesmo que pequenas, se acumulando.
Foi então que na noite, Nérico Munhoz, tinha um programa de
muita audiência, intitulado “A Noite é Sua”. Programa de músicas românticas, em
que além das cartas enviadas pelas ouvintes, na maioria mulheres, que eram
lidas com sua voz “aveludada”, tinha as leituras de poesias e abraços de
ouvintes a ouvintes. Repito, lembrem se, estamos em 1980, tempos bons
infinitamente diferentes aos dias atuais.
Numa certa noite, fiz com o Nérico, a locução de seu
programa, imaginem, eu, 15 anos, com um jovem, ele deveria ter uns 20, 22 anos,
num programa de extraordinária audiência, tento a chance de ler cartas,
anunciar músicas... Nossa, era e foi um “grande momento”. E assim aconteceu,
naquela noite, junto com ele, dividimos o microfone, as falas, as leituras,
lembro que nem dormi direito tamanha minha emoção.
No outro dia, adivinhem? Ele ligou pra rádio, dizendo que não
poderia ir a noite, e que eu, poderia tomar o seu lugar.
Resumindo, durante a tarde toda me preparei, meu pai, claro,
era o gerente da rádio e tinha suas responsabilidades com os proprietários, anunciantes
etc, mas acabou dando esta confiança para eu apresentar.
E assim se fez...assim aconteceu...
Naquela noite esta eu ali, num dos programas de maior audiência
da rádio, apresentando o “A Noite é Sua”, lendo cartas, poesias, colocando músicas
no ar...
Tremi, suei, engasguei...
Mas não estava sozinho, o operador da noite, Jonatan Munhoz,
o Delmar e meu pai, não me deixaram sozinho e me deram força e muito me
incentivaram.
Foi uma noite especial, o primeiro passo. Dali adiante, vim
a trabalhar de verdade em rádio, 4 anos depois, com 20 anos, na Rádio Tropical
FM de Lajeado, essa minha primeira rádio como profissional.
Outro dia, conto como entrei, de como foi meu teste e de
como fui locutor mesmo “gago”, sim, sou gago, mas ai é que está o interessante
da coisa...
Foi assim meus amigos, minha primeira, e dizem que a
primeira a gente nunca esquece, experiência e participação como locutor de rádio.
Até a próxima.
(Ah sim, tenho até hoje a gravação deste programa, sim, está
guardado em meus arquivos, e confesso...ouvindo hoje é simplesmente um
HORROR)!!!
(Na foto eu uns meses depois, treinando, treinando e
treinando, como meu pai sempre dizia, ler, ler, ler e ler, e assim eram minhas
noites na garagem da nossa casa, ler, gravar e depois ouvir...).
Histórias do Rádio I.
Vou, na medida que me der na telha, compartilhar, para quem
quiser ler ou saber, das histórias que vivi, como locutor, ou simplesmente
tendo acompanhado meu pai, que igualmente foi locutor de rádio, e dos bons.
Rádio, é simplesmente apaixonante, todo o meio que envolve a
coisa.
Pena e infelizmente o “rádio romântico”, não existe mais,
bem como seus grandes nomes, locutores e comunicadores.
Hoje então, sem querer ser prolixo, como tudo começou.
Começou com meu pai, Ricardo Hoeper, que assim que saiu do
serviço militar na Base Aérea de Canoas, acabou vindo parar na Rádio Alto
Taquari de Estrela, sendo essa sua primeira estação de rádio em que trabalhou.
Nela, muitos e muitos anos mais tarde, vim, para minha
grande alegria e satisfação, vindo a trabalhar também, conhecendo, aprendendo
com grandes profissionais que até hoje, alguns, vale a pena manter a amizade, e
com certeza ser eternamente grato por tudo, pelo tempo em que fiquei neste
prefixo.
Depois da Alto Taquari, meu pai então, foi direto e sem
escalas para a Rádio Farroupilha em Porto Alegre , que era o que tinha de melhor em rádio,
nada a ver, com esse lixo que hoje ela se transformou e é.
Na época, os que hoje trabalham da Farroupilha, não
ganhariam emprego nem de porteiros, que dirá, falar em seu microfone
consagrado.
Muito bem, na Farroupilha, ele teve um programa de calouros,
e nesse, uma de suas “calouras” foi ninguém menos que Elis Regina. Sim, essa
mesmo. Foi caloura de seu programa, e ela, depois de seguir a carreira,
incentivada e muito pelo meu pai, voltou a Porto Alegre e na Farroupilha, deu
uma fotografia, dela, Elis, autografada ao meu velho, com além da dedicatória,
um agradecimento por tudo que ele fez por ela. (Sim, tenho até hoje esta foto,
foto essa que ele sempre tinha na carteira).
Minha mãe, “conhecia” meu pai, pelo “rádio”. Se mandou de
Ibirubá, e com minha bisavó, Olga, acabaram indo juntas até um dia em que el
apresentava seu programa de calouros.
Depois deste, ele em seu camarim, sim, eram os “artistas” da
época, recebeu a informação, de que uma moça, estava lá fora e queria
conhece-lo. Ele, que tinha várias fotos suas, tipo padrão, a assinou, e mandou
entregar a jovem moça e fã.
O cara voltou dizendo que ela, insistia para conhece-lo
pessoalmente, já que tinha vindo de tão longe.
Ele acabou então a recebendo em seu camarim, e assim conheceu
minha mãe.
Namoraram, e em meia dúzia de dias estavam casados...
Assim começa a “Histórias do Rádio” que antes de partir
quero deixar registrado a todos os amigos, e aos que passarem por este perfil
ou em meu blog.
(Não sou nem de perto tenho vocação pra escritor e nem é
esse meu intuito, a não ser e tão simplesmente, como numa mesa de bar, contar o
que sei, vivi e penso sobre a minha maior paixão nesta existência que é e
sempre será o Rádio).
Na foto, meu pai, na frente dos Estúdios da Rádio Alto Taquari de Estrela.
Câncer.
Não vou descobrir a América, até porque, se assim o fizesse,
colonizaria o, de maneira bem diferente, mas te pergunto: Já tomou tua dose de “câncer”
diária?
Sim, creio que tomamos nossa dose diária de câncer, claro
que nem sempre e nem todos, mas parei um dia pra pensar e “me” uso como cobaia
das coisas que digo ou escrevo, então vamos lá, falarei por mim.
Acredito sim, de forma muito convicta, que o câncer, nada
mais é, que doses homeopáticas que tomamos dele todos os dias.
Vamos pensar que estamos vivendo com alguém, esposa, marido,
que não amamos, e vivemos, continuamos essa relação pelos mais variados
motivos...ai temos uma dose de câncer...
Moramos onde odiamos voltar, abrir a porta e entrar.
Trabalhamos onde igualmente não queremos, mas nos obrigamos
pelas mais variadas razões...
Sim, como conta gotas, de forma homeopática, vamos
produzindo nosso “câncer particular”, cada um criando o seu, e como cada um de
nós temos uma resistência diferente em nossos corpos, a doença se manifesta de
forma, intensidade e momento diferente.
Pense nisso, pense na maneira em que vives, coloque na
balança o que é bom, te faz bem e o que é ruim. Na maioria, creio que mais pesa
o lado da balança das coisas que não nos fazem tão bem assim.
Porque então não mudamos?
Bom, ai, vendo por mim, não sei ao certo, não tenho tais
respostas. Já li por ai, e muitas vezes já me foi dito, de que viver não é fácil,
mas nada assim tão difícil e que na grande maioria, complicamos o fácil,
dificultamos o não tão difícil.
Então...
Então?
Ai depende da nossa vontade de viver, do que ainda queremos,
sonhamos, amamos ou simplesmente queremos chegar.
Se o Câncer vai ou não se manifestar?
Depende igualmente da sua dose diária...
Não abuse do conta gotas, ao persistirem os sintomas, você mesmo
deve ser consultado!
Assinar:
Postagens (Atom)