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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Verdadeiramente NÃO somos todos iguais.

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Sempre fui um saudosista, vivendo muitas vezes mais no passado, do que no presente e sem prestar muita atenção no futuro que se aproxima, seja ele a médio ou longo prazo.
Mas dias desses, busquei na lembrança os meus bons tempos de escola, sabe, daquela turma mais querida, da turma em que juntos, aprendemos a ler, escrever, a aprender as primeiras regras básicas da vida, ver de que o mundo não seria apenas dentro das quatro paredes de nossas casas.
Era o início de um novo mundo, com novas pessoas, conhecimentos, aprendizados, e com isso, novas e muitas “primeiras” amizades.
Lembro com carinho da primeira vez em que meu coração bateu de forma mais rápida, diferente, na troca de olhares com aquela colega linda no lado oposto da sala de aula.
Lembro, e sinto o cheio até hoje, das “merendas” que minha querida mãe mandava dentro daquela merendeira do “Super Pateta” azul que eu tinha.
Lembro-me do dia do “Bar” que era onde a gente vez que outra, tínhamos 1 Cruzeiro, para poder gastar no Bar da escola e poder comer aquele sonho com Pepsi.
Pois então, movido por esta saudade, saudosismo, e uma vontade enorme de saber de como estariam todos aqueles colegas de escola, fui atrás de seus nomes, indo a duas escolas em que estudei e que me traziam os melhores e mais saudosos momentos de minha infância e vida escolar.
Me apresentei na secretaria da escola, explicando a responsável, esse meu interesse de reencontrar meus antigos e queridos colegas, usando como ferramentas as facilidades hoje da internet, Facebook, Google etc...
Como sempre,  me pediram alguns dias para procurar nos arquivos da escola a lista de chamada com o nome da galera.
No dia combinado, lá estava eu, eufórico, feliz, cheio de esperanças e quase não me continha de tanta vontade de começar logo a minha busca por cada um deles, meninos e meninas.
Sentei-me diante de meu computador e comecei primeiro pelos mais “amigos”, não que a vontade de ver e saber de todos não estivesse ali comigo, mas todos nós temos pessoas que mais combinam com a gente, que quem sabe tivemos vividos coisas mais especiais e compartilhado de momentos de maior afinidade.
As meninas, sabia de que teria dificuldade, uma vez que muitas delas, poderiam hoje estarem casadas e com isso, o nome não bateria com a da chamada que possuía em mãos, mas mesmo assim, dava um “tempero” a mais na busca, afinal, gosto de certos desafios.
Acreditem, achei um montão de colegas, uns mudaram quase nada, muito pouco, outros, meninos principalmente, a calvície, hahaha, se fez presente e pegou de vez.
Estava já, com um texto no word, escrito, afinal, seria muita gente para escrever, na medida em que os ia encontrando...aquilo estava sendo maravilhoso demais, principalmente os que não tinham suas fotos “bloqueadas”.  Podia ver e ter uma temperatura de como estavam vivendo, de como poderia ser suas vidas, rotina, em que trabalhavam, onde moravam, casados? Filhos? Gremistas ou Colorados...
Então era chegada a hora, pra mim mais esperada, o de enviar as mensagens carinhosamente escritas e adaptadas, sim a cada um deles, tentando buscar na lembrança, fatos ou mementos vividos e divididos com cada um deles.
Click...a todos que encontrei, a mensagem foi enviada...
Restava-me então, tão somente aguardar o retorno delas e assim poder, mesmo que num primeiro momentos e de forma virtual, poder dar aquele abraço cheio de saudades e de alegria...
Queridos amigos, acreditem, isso fazem quase 6 meses que fiz e enviei...
Sabem quantos me responderam?
NENHUM!!!
Sim, simplesmente NENHUMA dessas pessoas me respondeu, homens, mulheres, ninguém...
Ai, trouxe pra mim uma reflexão...
De que realmente NÃO somos iguais , de que nem sempre sentimos ou temos os mesmos sentimentos pelas coisas, sejam essas as mais comuns ou as mais complexas e variadas. De que por mais que insista em querer resgatar coisas ou momentos passados, esses não existem mais, ficaram lá, na memória, essa guardada de forma diferente dentro de cada um de nós.

Se eu fiquei triste ou chateado? Sim, mas juro que com NENHUMA dessas pessoas, e sim apenas comigo mesmo, porque assim, mais uma vez tive a certeza de que estou cada vez mais só.

Um comentário:

  1. Para não perder o costume de ser uma leitora tua assídua... Primeiro, acho incrível que nenhum tenha respondido a tua mensagem, e muito triste também... Segundo, penso que sentir-se ou estar sozinho tem muito a ver com a maneira que interpretamos, aceitamos e reagimos a situações que infelizmente fazem parte da vida como esta... Novos grupos de formam ao longo de nossas vidas e aceitá-los e fazer parte deles é uma escolha nossa... e por último, não é maravilhoso que a tua professora tenha lembrado de ti? Acho isso incrível, depois de tantos anos e rostinhos diferentes que passam pela nossa vida, temos essa capacidade de reconhecer nossos ex-alunos pelo brilho no olhar... e como esquecer de um tão bonito e querido como esse? beijos

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