Ela estava ali, na minha frente, linda como sempre...
Seus cabelos exalavam aquele cheirinho que sempre me remetia
a momentos íntimos entre nos dóis...
Seus olhos, lindos como sempre, faziam meu coração disparar,
amava me ver refletido neles a cada novo encontro...
Então me aproximei, com uma única rosa nas mãos, sem
espinhos, sabia ser essa sua flor preferida, ainda mais, foi uma flor como essa
que dei em nosso primeiro encontro...
- Oi, Júlia, tudo bem? Estás simplesmente linda, divina,
como uma pintura feita pelo mais talentoso dos artistas.
Ela simplesmente não me respondeu...permaneceu imóvel, como
se estivesse diante de um estranho...
- Júlia meu amor, o que aconteceu? Por favor, me conte, não
me deixe assim, sabes que podes sempre contar comigo, sabes que sou teu amor...
Ela continuava imóvel, não havia dito até então uma única
palavra, vi que o brilho do seus olhos iam aos poucos diminuindo e já não me
via refletido neles a cada novo piscar, eles estavam com pequenas lágrimas
começando a vertes de cada um deles...
Aquilo acabava comigo...
- Meu amor, minha Júlia querida, existe alguma coisa que
posso fazer? Por favor, sabes que pode e poderás sempre contar comigo...
Ela permaneceu ali, na minha frente, sem ao menos os braços
estender a que pudesse lhe oferecer meu abraço e assim quem sabe, confortá-la
de alguma maneira...
Insisti mais um pouco, e tudo parecia não fazer sentido,
afinal, quando a liguei, minutos antes de que estaria logo ali para aquele
passeio, ela estava animada, feliz, e nosso jantar estava de pé, afinal, era
nosso sexto mês de namoro...
Ela, com um olhar de despedida, foi fechando a porta ne
minha cara, sentia uma tristeza enorme nela, e mais confuso estava eu sem ao
menos entender o que se passava.
- Tchau Ronaldo, adeus...
- Tchau Ronaldo? Como assim Júlia???
- Tchau...
Sai dali sem entender absolutamente nada, entrei no carro e
fui até um bar, beber alguma coisa, sem entender nada e quem sabem com isso,
cada vez menos as mulheres...
Não convencido, mandei uma mensagem via celular, dizendo que
a entenderia se estivesse passando por um momento de dificuldade ou quem sabe
alguma coisa mais íntima a estivesse incomodando.
Não demorou muito, “plim”, recebi uma mensagem em meu
celular:
“ Menos mal que terminamos assim, seria bem pior se fosse
daqui mais um tempo, melhor sofrer agora do que depois, mais intimidades,
coisas vivenciadas juntos e porque não, sem envolver mais pessoas amigas e
familiares. Achei que tu fosse diferente, mas...vi que quase todos os homens
são de verdade iguais. Não me queira mal e me deixe em paz. Amanda”
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