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sábado, 31 de maio de 2014

JELB, Juventude Evangélica Luterana do Brasil, 89 anos.


Para minha surpresa, das boas, hoje no culto, sim, vou semanalmente tentar limpar minha barra com o Todo Poderoso, afinal, muitas foras minhas inquietudes em relação as coisas vividas aqui na terra, muitas foram as noites em que tivemos nossos “pegas”, e uma única, que já contei aqui no dia em que me atrevi a desafia-Lo, sempre que posso, vou a Igreja afim de ouvir a Sua palavra, tentar receber o perdão de minha inúmeras e incontáveis falhas, bem como, sim e sempre, agradecer por tantas coisas boas que recebi, recebo quase que diariamente e agradeço sim, pelas coisas ruins, provações que passei, momentos esses em que acreditava que Ele tinha me abandonado e largado de mão. Pois hoje, vejo que justamente ao contrário, que em todos esses momentos difíceis e pra lá de complicado, Ele sempre esteva do meu lado, e por ser um homem de pouca fé, admito, era mais confortável justificar que as coisas ruins eram pura e simplesmente merecimento meu e que sim Ele me abandonara.
Mas foi então que hoje, no culto, nossa Igreja, homenageia e lembra de que a “Juventude”, JELB, completa neste, 31 de maio, 89 anos.
Nesta oportunidade, pude então buscar na minha memória e no melhor lugar de meu coração, as lembranças vividas em quase 15 anos em que participei, ativamente, semanalmente, sem perder e falta a um único sábado, nossos encontros de jovens, junto de nosso Pastor Lotário Sander,  que hoje com certeza viva na Glória do Senhor, lembrar de que ali, vivi, sem dúvida nenhuma, os melhores e mais felizes anos da minha vida!
Sim, ali, éramos uma verdadeira família, vivíamos numa harmonia que aliviava meu coração jovem, cheios das mais variadas dúvidas e incertezas sobre tudo, futuro, certo e errado, relacionamentos, fé, vícios e saber caminhar pelo melhor e menos dolorosa caminho da vida.
Nosso Pastor Lotário, foi quem sabe meu melhor amigo que tive até hoje, foi quem muitas e muitas noites e madrugadas a dentro, mostrava me o caminho, de quem em sempre seria fácil, tentações se fariam presentes nesta caminhada, tinha nele a entrega de minha vida, minhas aflições, segredos, duvidas, amarguras, tristeza, e sim, alegrias com ele igualmente eram compartilhadas.
Vi dois de seus três filhos, nascerem  e acreditem, eu, sim eu, por muitos anos fui babá de seus filhos, quando ela e sua esposa Claudia tinham compromissos em que as crianças não poderiam ir, eu estava lá, de babá, e além de sempre confiarem essa importante tarefa, hoje como pai sei de como é essa responsabilidade, lembro me do primeiro dia, em que fiz esse papel de babá, cheguei com uma “vara” que tinha quadras antes, arrancado de uma árvore, e que ele e sua esposa caíram na risada e tive o sinal “verde” de poder usar. Sei que poderia mesmo usa-la e teria o respaldo dele, mas nunca precisei usar mais nada além de uma palavra um pouco mais “forte” se o assunto era o “hora” de ir dormir.
Fui igualmente Papai Noel por muitos anos desta querida família e Papai Noel na Igreja também.
Mas desviei um pouco do assunto, porque era necessário, destacar a importância, do meu Pastor nesta minha caminhada e aceitação como jovem, na Juventude Luterana.
Voltando a Juventude então, sim, foram meus melhores e mais queridos anos de minha vida, fiz amizades duradouras e que se mantém até hoje, pessoas queridas que guardo em meu coração, as tenho como mais que simples amigos, e os tenho como irmão que pude e tive o privilégio de poder escolher ou adotar.
Na mesma época, pude me apaixonar pela primeira, vez, sentir a grandiosidade deste forte e importante sentimento de amor. Pude depois de muitos anos em que deixei a Juventude, ver na prática os “perigos” e armadilhas da vida, que foram me ensinadas e compartilhadas neste maravilhoso tempo. Podem acreditar que foram de fundamental importância quando por um período de minha vida, me afastei da Igreja, de Deus, e acreditava que tudo era conversa pra boi dormir. Neste mesmo período, veio comentos com drogas, com a banalização da vida, de princípios, do corpo, de sentimentos.
Tive então depois deste longo período, mais uma vez a oportunidade de poder voltar a Igreja, um Pastor, agora me referindo ao Pastor Paulo Jung, que de braços abertos em acolheu.
Mas tudo na vida tem um princípio, e no que se refere a isso, se hoje estou na Igreja, se comemoro os 89 anos da uma “Juventude”, é porque meus avós, Victor e Sylvia me trouxeram e guaram a Igreja, do contrário, sei lá por onde hoje estaria. Esse sempre digo em todas as oportunidades que tenho e posso, que foi  com absoluta certeza o maior e melhor presente que pude receber de meus saudosos avós.
Mas o culto ainda reservava uma grata e emocionante surpresa, que foi ao final deste, todos juntos, podermos cantar o “Hino da Juventude Luterana”, hino este que cantava numa mistura de alegria e tristeza, já que o cantávamos no encerramento de nossos  encontros de todos os sábados. 
Hoje ao final, pude cantar, ainda lembrava-me de cor o saudoso e emblemático hino, que era foi e sempre será, o hino de quem sabe a minha salvação e que isso, esta vivencia toda, possa deixar de legado ao meu filho.
Ha alguns anos, fui chamado pela Juventude atual, para passar uma sábado na companhia deles e tentar transmitir, fazer quem sabe um paralelo, do ontem e o do hoje, foi bem legal.
Juventude Luterana, forte em santa união...
Sim, foi sem dúvida os melhores e mais felizes anos de minha vida. Me emocionei, embaixo deste cara carrancudo, existe sim, um cara que até chora quando lembro das cosias boas e daquilo, daquele que um dia fui, cheio de planos e sonhos de poder viver ainda tudo o planejado, neste mundão de Deus.

Bom sábado a todos, luterano ou não, jovens ou não tão jovens...todos amigos, virtuais ou não, mas que tiraram um tempinho pra ler esse momento tão especial vivido por este que vos fala...(escreve) kkkk

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