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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Quando o Natal era bom.

É chagado o Natal, festa maior da cristandade, nascimento de Jesus, alguém por acaso lembrava-se deste detalhe?
Sempre curti demais o natal, este clima todo de fim de ano, tudo ia se encaixando de forma perfeita, fim de ano no colégio, férias a vista, vitrines e lojas decoradas, bem como as ruas, falo do tempo que Lajeado até tinha uma decoração contagiante, que eram os famosos sinos feitos na carpintaria da escola João Batista de Mello.
As arvores, nas ruas, exalavam um cheirinho inconfundível de natal, com aquelas florezinhas, amarelinhas bem pequenininhas. O cheio adocicado e inconfundível do Jasmim, a temperatura, o clima, as músicas e claro, a “esperança” de um presente que sonhado ou não, poderia estar logo ali debaixo da arvore de natal da casa dos meus avós.
Assim foram se seguiram os belos e mágicos natais, com todos os ingredientes que a cada dia somavam se a outros, a fim de termos a certeza de que estávamos no caminho certo da melhor noite do mundo.
Não me esqueço, da mesa grande da cozinha da casa da minha avó Sylvia, que junto com outras tias, ou sempre uma empregada querida, começar a confeccionar as “bolachinhas” de natal, com aquelas bolinhas coloridas por cima, aquele cheirinho de massa, aquele imenso amor colocado como um ingrediente a mais a cada nova bolachinha terminada e levada ao forno.
Ao fundo, caso uma tv estivesse ligada, a trolha sonora era ou os comerciais de natal da Varig, Lojas Manlec, Caixa Econômica Estadual, Banco Nacional, Lojas Masson e tantas outras lojas e seus jingles esperados por um ano todo a junto podermos cantarola-los tamanha magia que eles nos proporcionavam.
Mais uns dias, era chagada a hora de arrumar o pinheirinho, esse sempre comprado, junto com meu avô Victor, numa esquina da Av. Presidente Roosevelt, aquele pinheiro alemão, de espinhos, o clássico, único. A briga sempre era para coloca-lo de pé na lata de óleo, com tijolos pra não cair. Começava então a se abrir as caixas de sapato, onde lá estavam as bolinhas, umas já pra lá de conhecidas pela idade de cada uma delas, outras, a tristeza de terem quebrado de um ano para outro, mas a montagem começava mesmo assim, desfalcado ou não haha.
A “briga” começava com a tal da iluminação. Não pensem os mais jovens que as lâmpadas eram baratas e simples como hoje. Não, UMA não estivesse funcionando, queimada, NENHUMA funcionava. Começava então a “procura pela lâmpada queimada” que nada mais nada menos era pegar uma nova, que tínhamos a certeza de estar boa, e rosqueando um soquete de cada vez, até achar a que estivesse queimada. Era divertido no fim das contas.
Pronto, cheirinho de natal nas ruas, férias do colégio, lojas e vitrines enfeitadas, bolachinhas prontas, árvore a espera dos presentes entregues pelo Papai Noel...era só esperar a noite de natal.

Na tão esperada noite, nada neste mundo existia de mais importante, bonito, perfeito e se me fosse dada oportunidade de um pedido ao Papai Noel, que ela durasse para sempre.
Estávamos todos lá, juntos, felizes, reunidos, sem distâncias, indiferenças, todos estavam exatamente onde cada um deveria estar. Íamos até a igreja, para participar da noite de celebração do nascimento de Jesus, que era quase sempre, na forma de um teatro, apresentação, nestas quase que em 100% participei, porque tínhamos isso muito forte dentro da gente, a noite de natal, só poderia ser completa se antes tivéssemos es bênçãos de Deus, e abraçar aos amigos queridos membros da nossa igreja.
A volta pra casa parecia uma eternidade, parecendo que as ruas tinham aumentado de distância, porque não aguentava mais esperar pra saber, ver, abrir os presentes isso se o bom velhinho, teria ou não deixado pra gente. E não é que ele sempre lembrava de todos nós? Que coisa maravilhosa isso...estavam lá, caixas, de diferente cores e tamanhos, e em cada uma delas um nome escrito, qual dessas seria a minha?
Começava então a entrega dos presentes, meu nome parecia sempre que era o mais difícil de ser lido, nossa que demora e aflição, mas valia sempre a espera, na grande maioria das vezes, Papai Noel foi muito generoso comigo.
Abertos os pacotes, estar alegres com os presentes recebidos, não tinha mais nada a não ser sentar a mesa, junto com todas as pessoas queridas e que amo, e jantar, ter uma maravilhosa ceia de natal, abraçar, beijar e se permitir ser alegre e sim cantar o Noite Feliz.

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