Quem já não tá cheio de ouvir frases do tipo: “Não deixe pra amanhã o que poder fazer hoje”, “O importante é o agora”, “Viva o hoje, o agora”, e por ai vai...
Pois é, frases ditas, em tempos de facebook postadas a rodo, na simplicidade do copiar e colar. Mas o que será que na verdade, frases como essas querem verdadeiramente dizer?
Uma das respostas, senti, sinto e li hoje. Hoje estaria comemorando mais um aniversário, se estivesse vivo, Guenther Manfred Heinrich Kolbe, casado com a prima Carmen e que bem antes, mas bota muito antes mesmo do combinado, 67 anos, bota cedo nisso, acabou nos deixando.
Mas ai parei um pouco pra pensar e buscar na memória quem foi esse cara. Cheguei a conclusão, triste conclusão, que não convivi com ele o tempo que a vida me proporcionou a ter vivido. Na memória, vem sempre aquele sorriso no rosto a cada nova oportunidade de nossos encontros. Confesso, que nunca vi o Guenther de mau humor, ou melhor, sem aquele sorriso no rosto, como que fosse assim sua marca registrada. Junto deste sorriso, vinha uma mão forte estendida a minha e ao toque de ambas, o convite para um abraço, sempre foi assim, esse era o Guenther.
Veio nossa mudança a Lajeado, e com isso nossa mania de achar que “grandes” são essas distâncias. Nos conformamos em saber que o Guenther está lá, bem, feliz, vivendo sua vida em Porto Alegre e isso nos basta.
Pois então hoje, quando lembramos de seu aniversário, lembramos que acomodado eu fui, e de como não seria e teria grandes dificuldades em pegar o carro e dar om olá até ele. De quantas não foram as oportunidades de bater grandes e bons papos, de ter aprendido, sabido de coisas, das mais variadas, minhas como criança, que ele poderia ter me contato a sua versão.
Dizem que sabia fazer um galeto como ninguém, pois é...nem isso tive a felicidade e oportunidade de conhecer e hoje recordar com imensa saudade.
Deve ser mais ou menos por ai, quando nos damos conta, a vida passa num piscar de olhos, tonando um simples aperto de mão e um abraço, como coisas hoje já impossíveis de serem realizadas e sentidas.
Meu querido primo Guenther, hoje é teu aniversário, me veio recordações carinhosas ao teu respeito, entre elas que torcias fervorosamente pelo teu, meu, nosso Internacional.
Pude ter me despedido de ti quando partiu, mas como seria bom, poder ter tido tantos outros abraços, apertos de mãos, e junto com aquele sonoro e inconfundível “óhhhh”.
Feliz de quem deixa saudades, deixa exemplos, deixa lembranças. Feliz de quem que com menos preguiça do que eu, pode conviver mais tempo contigo, e ter aproveitado bem mais o grande cara que fostes. Quem sabe hoje, no teu aniversário, tenhas, mesmo que distante mais uma vez, me ensinado um senão o, significado do aqui e agora.
Feliz aniversário meu amigo, num lugar bem melhor do que estamos, isso eu tenho certeza.
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