Pode parecer uma frase simples, boba e corriqueira, mas esta frase, ou melhor este convite, várias vezes quando criança, via, ou vindo do meu pai convidando meu tio Eraldo, irmão dele ou vice e versa.
Achava isso simplesmente maravilhoso, pela magia da coisa, sabe, um cafezinho, simples, em pequenas xícaras, passado, adoçado com açucareiros daqueles com a boca quase entupida de açúcar no bocal muitas vezes molhando pelos pingos de cafés anteriores. Nada de cafés metidos a besta, expressos, cheio de cremes dos mais variados tipos, um café, um cafezinho, simples, pequeno, mas acompanhado de todo um ritual, seja um cigarro, um bate papo informal, um bar cheio daqueles barulhos característicos, que quem viveu e conhece sabe do que to falando. Agora, soma se isso a Novo Hamburgo, no mais tradicional Café que já conheci, o Café Avenida, patrimônio de uma cidade que deixaram terminar.
Um cafezinho, sem mais nenhum tipo de acompanhamento, nada de bolachinhas, água, ou qq coisa pra comer...um cafezinho, apenas ele.
Acompanhei várias vezes meu pai e tio neste cafezinho, e ficava imaginado e sonhando de quando um dia fosse grande, teria um amigo de fé pra convidar a tomar o mesmo café, eu pago!
Mas o tempo passou, eu cresci, e hoje além deste tipo de "bar cafeteria" ser raros, não tenho, quando olho ao lado a quem convidar para este cafezinho...
Aqui no FB, sim, teria amigos que convidaria para este cafezinho, quem sabe num novo encontro com eles, como meus queridos amigos Delmar Flesch, J Ricardo T Varela, Walter Ricardo Wommer, entre outros...
Não cheguei a viver este cafezinho ainda, mas quero acreditar de verdade que existia com certeza algo muito mais além do que o simples sabor, açucarado ou não de um café passado preto, degustado num balcão de granito, com fumaça de cigarro e um tempo a ser maravilhosamente aproveitado numa conversa jogada fora...
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