Total de visualizações de página

sábado, 12 de agosto de 2017

Pai, nosso Herói e espelho na profissão. 2017



Pois então, dia dos pais mais uma vez. Vou falar hoje como filho e não como pai, que sou,quem sabe mais tarde ou amanhã.
Para nós, filhos homens e claro em muitos cados nas filhas mulheres, vemos nosso pai, como um herói, sem pretensão de ser psicólogo,mas acredito que esse heróis, seja pelo lado da masculinidade, da força que nos traz uma espécie de "proteção" maior que a figura feminina da mãe.
Então em muitas coisas tentava me espelhar no meu pai, tentar fazer igual, as que sabia filtrar, não como desaprovação, mas como percepção de "erro de avaliação", tipo isso, exemplo, cigarro.
Nunca senti vontade de fumar, mesmo que ele sempre me oferecesse um cigarro ao ascender o dele, não que incentivasse eu a fumar, mas para eu ter a tranquilidade de que não seria castigado, só aconselhado de que não faz bem e de não "procurar na rua" o que em casa receberia de forma lícita e legal, com o conhecimento dele.
Então aos 15 anos ele foi trabalhar na Rádio Cinderela de Campo Bom. Lá passei minhas férias de verão, e em duas noites tive a oportunidade e "trabalhar" na rádio, e pasmem, como locutor.
Recebi essa oportunidade de um locutor que trabalhava lá e esteve disposto a me dar essa colher e recebi muito carinho de outro profissional que lá trabalhava, meu querido amigo até hoje, Delmar.
Nas duas noites que então trabalhei como locutor e apresentei o programa na primeira com o colega e na segunda sozinho, saí de lá e disse ao meu pai:
- Quero ser locutor, quero seguir teus passos, quero isso para minha vida.
Ele, disse que teríamos que conversar.
E foi, conversamos.
Nunca em hipótese nenhuma, jogou balde de água fria, mas me disse das dificuldades de profissão, entre as quais o baixo salário para quais fossem minhas pretensões futuras.
Deu como conselho, fazer rádio como hobby, como hora extra, lazer, como até terapia e foi o que fiz e segui,
Trabalhei sempre em rádio com outra atividade profissional junto, e para terem uma ideia, trabalhei por DOIS anos de graça, sem receber um único centavo numa rádio aqui da região, e mais, PAGUEI para trabalhar, porque nem dinheiro para passagem de ônibus recebia.
Mas foi uma escola e tanto, fazia pelo prazer, tesão, amor de verdade a essa profissão que tenho muito orgulho em dizer que foi do meu pai.
Meus últimos trabalhos no meio, estava com os bois na sobra por assim dizer, trabalhava em repartição publica, fiz concurso e passei, e quando mais tinha, nesses que consegui receber salário, sou grato ao meu querido amigo Fritz da Germânia Fm em que nas três passagens por lé devo ter somado uns 6 anos de rádio.
Sim, meu pai era um heróis, sempre fui seu maior fã em sua profissão, e me orgulho mesmo ter "puxado" a minha mãe, kkkkkk na voz, foram anos maravilhosos na produção e apresentação de vários tipos de programa.
Se desisti aos 52 de voltar a trabalhar em rádio?
Nunca, rádio é no dito da profissão, uma cachaça e além de viciar, não podemos dar o primeiro gole.
Ah sim, e sobre meus dois primeiros programas de rádio em 1980 na Cinderela, SIM, tenho eles gravados e as vezes crio coragem de ouvi-los no carro em minhas viagens por ai...
São ruins demais da conta...
Feliz Dia dos Pais, a todos vivos em corpo ou eternos em nossos corações.
Na fotografia, ele em sua primeira rádio em que trabalhou, Alto Taquari de Estrela, logo depois que saiu do serviço militar da Base Aérea de Canoas, rádio essa que trabalhei também nos anos 90, por dois anos. Orgulho antes de tudo em poder ter tido a oportunidade de pronunciar o mesmo prefixo que ele um dia já havia feito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário