Lembro das pessoas que passaram pela minha vida, as que deixaram coisas boas, outras nem tanto, as que já se foram as que ficaram...
Me pego em meus sonhos, nesses os que vivi, outros que ficaram pelo caminho e tantos outros sequer tentados pelos mais diferentes motivos e entre esses o medo de suas respostas as minhas expectativas...
Muitos desses pensamentos foram vividos nas mais diferentes rodoviárias da vida, por onde anos e anos andei de ônibus e teria assuntos e experiências para um bom livro...
Rodoviárias pra mim é um lugar muito triste, sempre fui de observar as pessoas, e na maioria, eram solitários, triste, se distanciando de laços e lugares que poderiam se sentir em paz ou felizes...
Sim, eu sei que o "inverso" pode se encaixar perfeitamente nesta minha observação, poderiam estarem indo ao encontro de seus entes queridos, seus familiares, seus amigos ou porque não, de encontro ao seu amor...
Mas não era esta a fisionomia no rosto da maioria das pessoas que cruzei pelas mais diversas rodoviárias que andei... repito, olha que foram anos e anos a fio...
Na mesma forma que observava as pessoas nos bancos, via também as mesmas nos desembarque e embarque dos mais diversos ônibus e seus destinos...
Destinos próximos, longos, muito longos...
Ônibus chiques e outros nem tanto...
Malas maneiras e outros apenas uma pequena sacola de loja na mão...
Na noite, essa observação era gritante...
Nos bares, de pastéis e cafés de gostos e aspectos duvidosos, atendentes já incorporados a rotina triste desse ambiente por muitos desconhecido...
No velho alto falante, uma voz com sotaque regional, o anúncio da próxima partida...
Estava eu ali ontem...com um café, um pastel, buscando entender onde deixei que meus sonhos foram deixados para trás...
Sempre ouvi dizerem e digo também centenas de vezes, que daria tudo para na juventude ter a experiência e sabedoria de hoje para ter as respostas e tomar as atitudes que quem sabe seriam ou fossem diferentes das que decidi na época tomar ou decidir...
Mas vi que de nada adiantaria ter o tal conhecimento ou maturidade de hoje aos meus 18, 20 anos...se mais uma vez numa rodoviária, estava eu ali mais uma vez com medos e incertezas de seguir verdadeiramente o que ouço gritar meu coração...
Ele me aponta numa direção, mas insisto em ser mais esperto e inteligente do meu verdadeiro ser e quem sabe verdadeiro destino...
Na rodoviária, escolher o nosso destino nas placas indicativas de horários e destinos é sem dúvida muito mais fácil, nessas temos quem sabe sempre a oportunidade de pegar o próximo ônibus e ou voltar ou porque não, corrigir nosso rumo, nosso destino...
Nenhum comentário:
Postar um comentário