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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Não, não foi minha ultima viagem de moto...


Antes de ir pro Uruguai com meu irmão Paulo, de moto, viagem que fomos até Colônia de Sacramento, quando fui me despedir do meu filho Pedro Filipe, ele me deu um abraço muito estranho, sabe, muito amoroso, como sempre, mas sei lá, naquele dia parecia que ele ou me veria pela ultima vez ou como se tivesse acordado de um sonho em que eu, si lá, estivesse morrido, pronto...por ai...

Mesmo antes de ir, tinha colocado na minha cabeça que não seria a ultima, mas já estaria me condicionando a parar de andar de moto, pelos perigos das estradas e coisas do tipo...

Montei na moto, liguei o motor...aquele ronco é algo indescritível, existe uma espécie de magia aquilo, sobe-se o pezinho engata se a marcha e não demora muito a sentir o vendo batendo no teu rosto, uma espécie de liberdade, uma estrada inteirinha a ser percorrida pela companheira de estrada...

Logo as lacas de sinalização vai passando pela gente, mostrando o caminho, o quanto ainda falta ao nosso destino...

O sol refletindo no óculos de sol, as nuvens por vezes, dão uma folga e nos brindam com sua sombra a amenizar o forte calor...a viagem está apenas começando...

Ai que começa vir a mística de um motociclista, as paradas...

Nos postos de gasolina de beira de estrada, sempre a pergunta de alguém, um desconhecido, mas vê no motociclista alguém conhecido: Pra onde vão amigos?

Na saída, deixamos nossa marca (nosso adesivo) mostrando que os Hoeper Brothers, tiveram ali...

Volta se a estrada carros fazem sinais de luz, pessoas anônimas abanam, como se abençoassem, os motoqueiros em mais essa jornada...não tem explicação a mística que existe em viagens de moto...nunca senti isso quando viajava de carro...nem oi, muito menos um tchau, se não fosse dado a minha iniciativa para tal despedida...

Senti que não é ainda a hora de parar, tenho ainda muitos lugares a conhecer de moto, amigos a fazer na estrada, fotografas esses momentos, ver mais um por do sol em cima de duas rodas, ouvindo o ronco do motor pedindo mais velocidade, cruzar rodovias e ver as marcas brancas de sinalização cruzando por baixo da motocicleta...

Tenho ainda que apertar a mão de muita gente, desejar bons ventos e quem sabe um dia a gente passa novamente por aqui...

Não queridos amigos, não existe comparação entre motos e carro, essa mística, misturada com essa magia, quem sabe nas historias que o cinema contou sobre o assunto com Peter Fonda, Dennis Hopper, Jack Nicholson, em Easy Rider, Sem Destino, tenha de certa forma transmitido essa magia e mística até hoje....

É ainda não...não estou pronto a deixar de viver e sentir tudo isso ao som de um motor e sobre duas rodas....ainda não...

2 comentários:

  1. eu quero!!!!! saudades da moto, hoje com esse calorzinho então...

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  2. Parabéns pelo texto! Conseguiu colocar teus sentimentos através das palavras!

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