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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
É hora de partir, e deixar o coração falar...
51 anos...quando paro pra pensar que lá se vão mais de meio século, não encontro dificuldades em logo de cara, ver, rever, constatar e admitir a mim mesmo, uma quantidade enorme de erros, erros esses nas mais variadas situações, momentos, sozinhos ou em relação a outras pessoas.
Alguns, ainda pude me redimir, tentar corrigir...arrumar...outros não...
Em outros erros cometidos, não pude mais, nada mais pode ser feito, o tempo passou, e de forma muito cruel me cobra e até de certa forma me joga na cara esses todos, como que tendo um lado sarcástico de me machucar por cada um deles.
Confesso que nem sempre, em quase sua totalidade, sempre pensei nos outros antes de mim, sabem, pensei em não magoar as outras pessoas que poderiam estar envolvidas seja de forma direta um indireta.
Sempre considerei que sim, eu poderia suportar esses erros e suas consequências, sozinho, estou, me acostumei cedo a suportar a dor, a solidão, o continuar apenas a respirar.
Me privei de viver sonhos, e sim, privei quem sabe tantas outras de viverem os seus.
Deixei de dizer um "eu te amo" com toda sua verdade, de emoções e sentimentos, usando essas três pequenas palavras no lugar de um muito mais sincero, Bom Dia, Boa Tarde ou Boa Noite...
Com o tempo, esqueci do que poderia sentir esse tal de amor, confundindo com outros milhares de sentimentos, bons até, é verdade, mas nem perto do que ele verdadeiramente significa...
O corpo, o espirito hoje cobram de forma cruel minhas escolhas, minhas erradas decisões e mais ainda, erradas avaliações sobre o que vivenciava por anos e anos, e anos e anos e anos...
Meu corpo, pesa, mas nada pesa mais que minha consciência, e de como me cobra poder ter vivido muitas coisas e momentos de forma totalmente oposta a tantas vividas, que se limitaram a sobrarem em pequenas e nem tão doces lembranças.
Não sei, desconfio, de quantos serão quem sabe os anos que terei pela frente, mas uma amiga me disse uma frase besta, e que tocou fundo...
- Ricardo, aos 50 anos, onde estou, não tenho mais nada a perder, mais nada a esconder e muito menos mais nada a me privar...
Aquilo bateu e martelou em mim por noites e moites a fio...
Caminhando com o que acabara de ouvir, senti o peso de tantas coisas que carrego comigo, e muitas, mas muitas não são minhas, não são mais minhas, quem sabe um dia foram, mas hoje não me pertencem mais...
Carrego coisas que deveriam terem sido deixadas lá trás...foram vividas, foi bom ou ruim, não importa mais isso hoje, foi...e não é e existem mais...foi...passado...ficam a lembrança...mas um peso que não posso mais carregar...
Nestas coisas que carrego, que me privo, que deixo de viver e principalmente SER, outra pessoa me disse, que arrasto correntes, que puxo comigo pessoas, sonhos, desejos que sim, eram possíveis de serem realizados, mas não os foram...ou que se realizaram, ok, mas mais uma vez, foi...passado...não se encaixam mais em nenhum lugar de um futuro.
O futuro li sei lá onde, é uma folha em branco, em que podemos então escrever uma nova historia, e se possível e porque não, um novo fim.
Não é fácil, sim, sempre carreguei tudo isso...sei que não é e nem será fácil, mas preciso ter amor não só por mim, mas para se por ventura, outras pessoas de alguma forma esteja, presas a mim nessas correntes...
É preciso seguir em frente, eu e elas, deixarem livres, seguirem seus caminhos e sim, desejar toda a felicidade do mundo, a mesma que pretendo buscar onde e com quem seja.
Fiz verdadeiramente o que pude, certo ou errado, fez, tentei fazer, da melhor maneira que pensei em estar fazendo. mas coisas boas e certas não podem nesse determinado momento da minha vida serem peso, serem pesadas...não pode, coisas boas não pesam...pelo menos não deveriam...
Sim, um novo começo...depois de quem sabe 30, sim 30 anos...deixar tudo aqui...agora...me despir de culpas, se as tive, já as paguei, e acreditem, com um preço caríssimo.
Errei, mas quem sabe não tenha errado sozinho, e quem sabe erramos juntos, por motivos que hoje, sim hoje pouco importam.
O que não quero é errar mais, viver onde não pertenço mais...deixar de viver onde quem sabe possam estar me esperando, depois dessa longa caminhada e jornada de mais de 30 anos...
Vou, é chegada a hora de viver sem medos, sem desculpas, sem mentiras a mim mesmo e aos outros.
Nesta nova jornada, desejos que cada um encontre a sua paz, seu amor, reencontrem seus destinos...
Pra onde eu vou...tenho uma ideia...se serei feliz?, não sei, ninguém sabe o futuro, ninguém sabe sem viver.
Mas preciso e é chegada a hora de dar um primeiro passo...e esse, acreditem, já foi dado...
Medo do novo, sim, tenho...mas, a dor de não ser eu mesmo dói muito mais...
Um triste, mas eterno e feliz apaixonado...
De tentar imaginar de como poderia ser minha vida ao teu lado,
Que assim sendo, seria, nossas vidas...
Conheço tua voz, mas não me diriges nunca a palavra...
Passou por mim, mas não tive a oportunidade de sentir teu cheiro.
Vi e sempre admirei teu sorriso...mas nunca sorriu por nada que te disse, e olha que poderia te fazer sorrir...
Em meus sonhos, a busca inquieta de tentar sentir o gosto de teu beijo, me alimentar de amor a cada um que trocássemos seja em que hora do dia fosse...
Vou viver sem nunca termos feito amor, em poder me entregar por completo, despido de roupas, de passado,o antes nada importa, nada mais faz parte desde que contigo...
Vou viver sem tua entrega para o que mais desejei na vida...te sentir mulher, minha mulher, para o resto de nossos dias...
Viveu isso com outra pessoa eu sei, ele teve e sempre terá tudo o que nunca vou ter contigo...mas mesmo que a distância, em meu mais seguro segredo, sempre quis pra mim...
Nunca deixei de pensar em ti...nunca deixarei, porque nunca mesmo que a distância posso viver sem ti.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Amor e Sexo.
Amor é sexo?
Existe sexo sem amor?
Existe amor sem sexo?
Num relacionamento, o sexo vale quanto?
Num relacionamento, o amor vale quanto?
Dura um relacionamento sem sexo?
Dura um relacionamento sem amor?
Sabem, essas perguntas volte e meia me vem a mente, seja porque observo as coisas, as pessoas, os casais...
Outras vezes fico sabendo de casais que terminaram pelo sexo fora do casamento, pela falta de sexo dentro, por sexo demais, por sexo de menos...
Vou contar duas historinhas pra vocês...
Estava eu morando em Porto Alegre, tinha lá meus 34, 35 anos, estava muito bem empregado, ganhando muito, mas muito mesmo, um ótimo salário, que me proporcionava andar sempre bem vestido, impecavelmente com as roupas da moda, grifes que "bombavam" na época para um jovem dos 30tinha...
Sempre muito perfumado, barba feita, cabelos compridos, magro, e sem nenhum, ou raríssimos fios de cabelo branco...
Vivia em todos os shoppings de Porto, uma vez que morava sozinho, não conhecia ninguém fora de meu trabalho e para não voltar logo pra casa, curtia um jantar num shopping ou bons restaurantes da Capital...
Numa dessas, conheci uma menina, sim, 19 aninhos, linda, olhos azuis, cabelos não loiros, e sim castanhos claros e notei que ela me observava sempre que passava em frente da loja em que trabalhava...
Não demorou muito, um primeiro contato, depois um café uma amizade, um jantar e altos bate papos...
Depois de um tempo, ouvindo as minhas histórias, modéstia a parte tenho muitas pra contar e sei contar, nos dias em que minha "gagueira" deixa, e não me atrapalha, recebi um telefonema que ela gostaria de jantar comigo porque precisava falar comigo.
Jantar combinado, sai do trabalho e nos encontramos,
Jantamos num restaurante legal, conversamos, rimos e lá pelas tantas perguntei o motivo daquele jantar.
Resumindo, me disse que não me queria mais como amigo, que sentia algo mais que uma amizade e que contrariando as "regras" ela queria namorar comigo.
Tomei mais um gole da minha Coca-Cola, e por um minuto, que foi maravilhoso, meu ego foi muito além de de mim, "onde nenhum homem jamais esteve",
Degustei aquele pedido, não foi bem um pedido, mas degustei aquele momento, aquilo que acabara de ouvir, como alguém que aprecia vinhos, degusta aquele raro, caríssimo de safra única e especial.
Eu, como homem, já nos 35, ter ali na minha frente uma menina linda dizendo coisas bonitas ao que até então tínhamos vivido, mesmo que sem nada além do horário de shopping, uns cafés em seu horário de trabalho, era um sonho, daqueles que costumava ver apenas na grande tela do cinema, em dezenas de filmes com o mesmo tema.
Foi maravilhoso, lindo, me senti vivo, me senti UM entre tantos, mas esse UM em especial.
Mesmo que naquele minuto ter sentindo tantas coisas maravilhosas, era hora de voltar, e assim o fiz, voltei.
Respirei, peguei na sua mão, e minha resposta não poderia ser outra do que um não.
Ela não aceitou, me pediu explicações, acreditava que poderíamos viver uma vida legal, nos dávamos bem, ríamos das mesmas coisas, e assim como ela, eu já sabia coisas pessoais e da vida dela.
Respondi, que poderia dar a ela, ene, razões, mas a principal é e não poderia ser diferente, nossa diferença de idade.
Ela me xingou, me chamou de atrasado, antiquado, e que estava sendo injusto pelo que ela sentia por mim.
Então expliquei essa diferença na seguinte "progressão geométrica".
Hote tenho 30, tu 20, em números redondos...depois eu 40 e tu 30, depois eu 50 e tu 40, depois eu 60 e tu quarenta...
Sim e daí ela me questionou...
Bom depois vou estar em AM e tu em FM...
E dai?
Daí, respondi, que a idade começará a pesar, nossa diferença de corpo, de libido e outras coisas começará a pesar...estará ainda na sua sensualidade, no tesão e poderei pela nossa diferença, estar com menos potencia, resistência, performance, e ai...
Antes que completasse ela me cortou e disse:
- Ah ok, e amor onde fica? O amor que sinto não conta nada, não vale nada, não servirá pra nada?
Pensei, pensei...e sim, respondi que sim, nesta fase da vida, onde os filhos seguem seus rumos, onde deixam o ninho, é que o casal se dá conta de quem tem somente um ao outro e não poderia ser diferente, afinal, os filhos não são nossos, são do mundo e seguem seus caminhos, assim é a natureza, assim é a vida.
Sim, respondi, é nisso que acredito, que creio de verdade, mas não sei até onde o sexo conta, ou pesa nestas alturas do campeonato.
Ainda conversamos muito sobre o assunto...sobre o que ela e eu e de como pensávamos diferentes naquele momento.
Passados umas semanas, claro que não quis tentar o namoro, nunca namorei por namorar, sem em qualquer um dos relacionamentos que tive, acreditar verdadeiramente que poderia constituir família, casar, e poder sim viver juntos não só o agora, mas com muitas perspectivas de futuro juntos e pra sempre...
Não preciso dizer que nossa amizade terminou ali, ela não quis continuar minha amiga, respeitei e me afastei....
Mas porque escrevi tido isso?
Porque conheço homens que foram abandonados porque casaram com mulheres mais novas, e que o avançado da idade e sua diferença para com a esposa, "pesou".
O medo que tive há 16, 17 anos atrás, vejo hoje homens passando por isso.
Mulheres que dão a "desculpa" de os filhos estarem criados e seguindo seus rumos, creem em si, que "merecem" novamente sentir o amor, o tesão...sentirem seus corpos ainda com certa sensualidade, sentindo os prazeres do sexo, e do tesão, se sentirem "amadas" como se o "amar" fosse só e tão somente uma penetração e um prazer.
Sim, conheço mulheres assim, conheço homens igualmente assim, que pela diferença de idade, sentem-se no direito de buscarem novas fêmeas para sentirem o sexo tão "idolatrado" por muita gente, revistas, filmes, sonhos e desejos...
Hoje pensando nisso, que mais uma vez me questionei.
Afinal o que é sexo? O que é amor? Sexo é amor? Amor é sexo? Existe sexo sem amor? Existe amor sem sexo? Sexo sem amor é sexo? Sexo por sexo é o que?
Então, busco no facebook e encontro, ela, dos 19 anos que um dia quis namorar...
Esta e continua linda como sempre foi, com filhos lindos, um casal, e com fotos que transmitem uma família linda e feliz...
Vasculho mais pelo facebook, vejo elas, que querem se separar, que sei que trem os maridos... raríssimas fotos do marido, e passa a mim uma única certeza.
Assim como a gravidade, falta só um empurrão, para mais um entra tatos outros homens, e mulheres, serem abandonados, como se o "sim" do altar, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, fosse tão insignificante, como se anos e anos fossem e tivessem bem menos valor que um prazer....carnal...
Boa noite.,...
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